postado em 28/11/2013 16:51

Até agora, 11 carros (a maioria de luxo) como uma BMW, dois Jettas, um Bora, uma camioneta L200, além de uma moto Honda CBR Fireblade de 1000 cilindradas e duas Harley-Davidson foram apreendidos por determinação judicial. Os automóveis e as motocicletas teriam sido adquiridas mediante fraude nos cartões bancários. A modalidade de crime tem se tornado comum na capital federal. Cinco pessoas acabam presas nas operações intituladas Garoupa I e II. Hoje (28/11), Márcio Moura Xavier, 29 anos e Diego Ferreira Sales, 30 anos, foram detidos suspeitos de liderar uma das organizações criminosas que fraudou a conta de 10 correntistas. Outras duas pessoas estão foragidas.
Ao todo, os agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão. Com a dupla, os policiais encontraram documentos falsos, além de R$ 5,8 mil em espécie. Segundo os investigadores, o bando obtinha as informações referentes a dados bancários sigilosos de correntistas como o nome completo, data de nascimento e o número do cartão, assim como o código de segurança. Com base nas informações, solicitavam as centrais de relacionamento ao cliente a emissão de novos cartões de crédito e débito. Com os documentos fraudados, compareciam as agências e retiravam os cartões. Após alterarem as senhas, os estelionatários sacavam o dinheiro disponível na conta do cliente, além de utilizar os limites de crédito disponíveis.
Entre as vítimas, há uma servidora do Senado Federal da qual o bando conseguiu retirar R$ 230 mil da conta. As investigações demonstraram ainda que o grupo criminoso agia em todo o País. Outra mulher, moradora de Salvador (BA) teve um prejuízo de R$ 300 mil. Esse dinheiro era aplicado na compra de automóveis e motocicletas de alto valor, muitas vezes registrados em nome de pessoas fantasmas.
Segundo a polícia, esses veículos acabaram vendidos e o dinheiro aplicado na compra de um supermercado e algumas distribuidoras de bebida no Setor Habitacional Arniqueiras, Gama e Ceilândia. "Estamos falando dos maiores fraudadores do Distrito Federal", revelou o delegado-chefe da DRF, Fernando César da Costa. "A partir do momento que alguém compra com dinheiro ilícito um veículo no nome de uma terceira pessoa e se desvincula desses bens, essa pessoa se desembaraça da origem ilícita. Essa é uma das técnicas de lavagem de dinheiro utilizada por quase todas as organizações criminosas", explicou Costa.

Na semana ada, a DRF também deflagrou a operação Garoupa I. Três pessoas, entre elas o gerente e um fiscal de uma conveniência do BRB, na CSA 1 de Taguatinga, acabaram presos suspeitos de integrar a quadrilha especializada no esquema de fraude de dados de cartões de crédito de correntistas do banco para a compra de veículos de luxo. Em uma única operação, os criminosos causaram um rombo de cerca de R$ 2 milhões na instituição financeira.
Segundo a polícia, pelo menos 19 clientes do banco foram vítimas do crime. Com a quadrilha foram encontrados duas caminhonetes L200, duas motocicletas Harley-Davidson, uma picape S10 e um Peugeot conversível. A operação, intitulada Garoupa - uma menção ao animal símbolo da nota de cem reais -, foi realizada no Gama, em Ceilândia e em Taguatinga.
Segundo a polícia, o responsável da conveniência fornecia dados dos clientes para que fosse feita a fraude. Conforme a investigação, eram escolhidos clientes com grande saldo em conta. A partir dos dados do cartão, a quadrilha gerava boletos, que eram usados para a compra dos veículos.
Assista à reportagem da TV Brasília
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