postado em 09/04/2015 08:15

[SAIBAMAIS]"Livre do lirismo romântico e do formalismo, Baudelaire varreu os códigos que fizeram renomada as letras sas e abriu a porta de um modernismo que não acabaria mais. Sua obra reflete a industrialização galopante, intrinsecamente urbana e muito distante da estética romântica", escreveu o periódico Le Figaro, em homenagem ao autor.
A uma ante (Charles Baudelaire)
A rua, em torno, era ensurdecedora vaia.
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher ou, com sua mão vaidosa
Erguendo e balançando a barra alva da saia;
Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina.
Eu bebia, como um basbaque extravagante,
No tempestuoso céu do seu olhar distante,
A doçura que encanta e o prazer que assassina.
Brilho... e a noite depois! - Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez,
Não mais te hei de rever senão na eternidade?
Longe daqui! tarde demais! nunca talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste,
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste
"Meu encontro com Baudelaire me ensinou, portanto, que a poesia nem distrai do mundo nem o explica mas incita os sentidos para ver, ouvir, tocar não o que está por detrás; mas o que nele salta aos olhos, ao ouvido, à pele", afirma o professor de literatura sa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na apresentação do livro As flores do mal.
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