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A cantora <strong>Márcia Fellipe</strong> fez um álbum inteiro com 13 faixas de pisadinha, gravadas em parceria com nomes do estilo: Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro, Zeca Bota Bom, Victor Meira e Vitor Fernandes. “Gosto de trazer para meu público diversidade. Já gravei bregafunk, batidão, e por aí, o legal é poder apresentar ritmos diferentes para a galera”, afirma a artista.</div><div><br /></div><div>Apesar de esse ser o primeiro trabalho de Márcia inteiramente de piseiro, a cantora sempre teve relação com a vertente. “Aqui no Nordeste, o ritmo é muito forte. E, nós que estamos na estrada, todos os sons chegam com uma velocidade muito rápida devido aos shows. 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Piseiro ou pisadinha 532r5n vertente do forró que tem chamado atenção na música
Diversão e Arte

Piseiro ou pisadinha, vertente do forró que tem chamado atenção na música 366ha

Sucesso entre os nordestinos, o estilo começa a ganhar espaço pelo país, com o apoio de artistas conhecidos, como Xand Avião, Márcia Fellipe, Mano Walter e Safadão 4ko18

“Avisa no Brasil que o piseiro estourou. Respeita essa pegada que vem do interior”. O recado da cantora Márcia Fellipe na música O piseiro estourou, que abre o disco Piseiro, churrasco e paredão — disponível na plataforma Sua Música e com previsão de lançamento para ainda esse mês pela Universal Music — serve para explicar a ascensão de um novo ritmo dentro do forró para além das fronteiras nordestinas. É a disseminação da pisadinha — ou piseiro, como também é conhecido do estilo — pelo Brasil afora.

Criada no interior do Nordeste nos anos 2010, a vertente se caracteriza pela simplicidade da união do teclado eletrônico com a voz, em um tipo de forró mais suingado tocado nos paredões — aqueles mesmos usados nos bailes funks e de techno brega. “É um ritmo que surgiu no interior dos distritos, locais com populações pequenas, situações mais precárias. As pessoas faziam música como dava. Pegavam um tecladinho e começavam a tocar. Essa é a forma mais tradicional e raiz da pisadinha, só voz e teclado”, explica o cantor cearense Eric Land, um dos representantes do gênero.

A primeira canção a ser considerada uma pisadinha é Fazer beber de novo, de Nelson Nascimento, faixa que ganhou, dois anos depois, uma versão do cantor Gusttavo Lima. Apesar de ter feito sucesso na voz do sertanejo, naquela época, o ritmo não ganhou projeção para fora do Nordeste, mas lá, a vertente ou a ser cada vez mais tocada.

Célula do forró t2l6v


Dez anos depois, a pisadinha evoluiu, ou a ter influência do funk e do bregafunk e chamou atenção de grandes nomes da música, como Wesley Safadão. O artista é um dos apoiadores do piseiro, incluindo algumas canções do ritmo nos shows e agenciando o cantor Eric Land, nome que tem ajudado a espalhar o estilo. “A cultura que predomina no Nordeste é o forró. A pisadinha é uma célula do forró, como o pé de serra, o romântico, o eletrônico, o baião... Mas vejo que esse é o momento do piseiro. O Safadão toca, o Xand Avião... É muito forte aqui na região do Nordeste e tem dominado no Brasil inteiro. O mercado está lá em cima e sentimos que o público está consumindo cada vez mais”, avalia Eric Land.

O cearense, inclusive, faz parte das boas estatísticas da pisadinha. É dele o sucesso O povo gosta é do piseiro, gravado em parceria com Zé Vaqueiro (outro nome do estilo). O videoclipe da faixa conta com mais de 20 milhões de visualizações no YouTube desde o lançamento em outubro. Em novembro, Land divulgou outra música que tem ido bem, Cidade inteira, que tem mais de 1 milhão de views no serviço


Tendência 1g6j2q


Artistas do forró eletrônico, do sertanejo e até da axé music perceberam a ascensão do piseiro e aram a fazer versões da vertente. A cantora Márcia Fellipe fez um álbum inteiro com 13 faixas de pisadinha, gravadas em parceria com nomes do estilo: Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro, Zeca Bota Bom, Victor Meira e Vitor Fernandes. “Gosto de trazer para meu público diversidade. Já gravei bregafunk, batidão, e por aí, o legal é poder apresentar ritmos diferentes para a galera”, afirma a artista.

Apesar de esse ser o primeiro trabalho de Márcia inteiramente de piseiro, a cantora sempre teve relação com a vertente. “Aqui no Nordeste, o ritmo é muito forte. E, nós que estamos na estrada, todos os sons chegam com uma velocidade muito rápida devido aos shows. Às vezes, um gênero explode primeiro em uma região, e depois se espalha para o resto do país, e é isso que estamos vendo acontecer com o piseiro”, avalia Márcia Fellipe.

Clique aqui e ouça playlist de piseiro

Foi a inserção do piseiro nas músicas que colocou Raí Saia Rodada em destaque para o Brasil, com canções como Filho do mato, Eu acho que não e Bebe e vem me procurar, lançadas pela Som Livre. Até então, a banda comandada pelo artista tinha projeção restrita ao cenário nordestino. “O ritmo pisadinha já existe há um tempo, daí unimos com o nosso forró, principalmente, no refrão. amos a usar também a caixa eletrônica, que é um dos instrumentos utilizados por eles, e deu nesse sucesso todo que está sendo hoje”, revela o cantor.



A primeira aposta de Raí no ritmo foi o lançamento da versão piseiro de Bebe e vem me procurar, faixa lançada em 2017 como sertanejo e que, como pisadinha, tem 113 milhões de views na internet. “Foi onde decidimos incluir no nosso repertório. Achamos que nossos fãs e seguidores iam gostar muito, já que no nosso show tem uma brincadeira com a mistura de todos os ritmos, então esse também agregaria”, conta. O forrozeiro também participa de outra faixa do estilo gravada pelos sertanejos Diego & Victor Hugo, a romântica Pisadinha, com mais de nove milhões de visualizações no YouTube.



Conhecido como “rei do forró no YouTube”, Mano Walter é outro artista que tem incorporado a pisadinha. “A gente está sempre atento às tendências e a pisadinha está estourada no Nordeste há algum tempo, e agora está se espalhando pelo Brasil. É um ritmo que tem diversas referências, deriva do forró, mas é mais suingado, tem um pouco do eletrônico do teclado também. Gosto bastante dessa mistura e achei que daria supercerto”, comenta.

A canção do artista no ritmo é Monta logo vai, que já acumula mais de 19 milhões de execuções no YouTube. “A gente traz bastante do piseiro, tem a batida marcante, a pegada do teclado eletrônico. No clipe, trazemos a referência ao paredão, que geralmente estão nas festas onde toca o piseiro”, explica Mano Walter. Sobre mais piseiros no repertório, ele diz: “O piseiro é uma derivação do forró, então está incluído, claro (no meu repertório). Nas minhas músicas, falo sobre a vida do vaqueiro, sobre o campo. Mas ouço diferentes estilos e ritmos, tudo acaba influenciando no meu trabalho”.


Na trilha do sucesso 375o2y


Filhos de Bell Marques e mais conhecidos como integrantes do axé, Rafa & Pipo Marques estão entre os artistas de outras vertentes que apostaram no piseiro. A pisadinha da dupla é Bum bum no chão. “Acho que nossa geração é bem eclética, curte ouvir o que está bombando e foi assim que começamos a ouvir muito essa batida do piseiro, que é muito massa. Aí, recebemos a música e decidimos gravar. Ficou muito legal”, diz Rafa Marques.



Mas o que tem feito a pisadinha virar o ritmo do momento? Os artistas que investem no estilo apontam alguns. “É uma mistura de ritmos que o povo gosta né?! É animado e dançante. No Nordeste o pessoal já escuta muito forró e como o piseiro é até mais animado, deu bastante certo. E muito do que explode no Nordeste acaba se espalhando pelo Brasil depois, a gente acaba conquistando todo mundo (risos)”, destaca Mano Walter.

Raí Saia Rodada concorda: “Porque é um ritmo diferente, envolvente, dançante, tudo aquilo que queremos no nosso show. Então, apertamos o start no forró para o piseiro e graças a Deus deu certo, tanto que muitas bandas colocaram nossas músicas nos seus repertórios”.
Luan Promoções/Divulgação - Márcia Fellipe
Patrick Gomes/Divulgação - Raí Saia Rodada