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A censura ao livro O avesso da pele
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Professor defende livro censurado: "Conexão profunda com a verdade da vida"
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A suspensão ocorreu após a reclamação de um grupo isolado de pais de alunos.</div> <div><span style="color: #262626; font-family: 'CNN Sans Display', helveticaneue, Helvetica, Arial, Utkal, sans-serif;">O livro deixou de ser usado nas escolas e uma circular da prefeitura proibiu o uso durante as aulas nas instituições de educação básica da cidade. Em nota, a Secretaria de Educação do município chegou a negar que tivesse imposto censura a obra que trata sobre racismo.</span></div> <div>“A Secretaria Municipal repudia qualquer declaração de censura e esclarece que preza pela liberdade de expressão, pluralidade e respeito a todos, ressaltando que em nenhum momento foi cogitada qualquer ação que não fosse manter a obra em seu rol de livros e promover um debate mais amplo sobre as importantes questões nela abordadas”, declarou a pasta.</div> <ul> <li> <p class="texto"><a href="/opiniao/2024/03/6816460-a-censura-ao-livro-o-avesso-da-pele.html">A censura ao livro O avesso da pele</a></p> </li> <li> <p class="texto"><a href="/euestudante/educacao-basica/2024/03/6813940-professor-defende-livro-censurado-conexao-profunda-com-a-verdade-da-vida.html">Professor defende livro censurado: "Conexão profunda com a verdade da vida"</a></p> </li> </ul> <div><span style="color: #262626; font-family: 'CNN Sans Display', helveticaneue, Helvetica, Arial, Utkal, sans-serif;">Em um dos trechos do livro, o autor relata que o menino marrom, em referência a pessoas pardas e negras, tenta ajudar uma idosa a atravessar a rua, mas ela se recusa. Então, na história fictícia, o menino reage, desejando que a idosa seja atropelada.</span></div> <div><em>"E lá apareceu a velhinha, de novo, indo para a missa. Os dois não diziam nada. Só ficaram olhando a velhinha atravessar a rua que levava à praça e depois à igreja. A velhinha sumiu no meio da vegetação da pracinha e os dois voltaram para casa. No dia seguinte, olha os dois lá, de novo, sentadinhos na calçada, esperando a velhinha ar. No final de algumas manhãs, já que o menino marrom não dizia nada, o menino cor-de-rosa resolveu perguntar: ‘Por que você vem todo dia ver a velhinha atravessar a rua?’ E o menino marrom respondeu: ‘Eu quero ver ela ser atropelada’. Como pode durar este jogo de deus e de diabo em peito de menino?", destaca um dos trechos.</em></div> <div><span style="font-family: 'CNN Sans Display', helveticaneue, Helvetica, Arial, Utkal, sans-serif;"><span style="color: #4d4d4d;"><strong>O juiz Espagner Wallyssen<em>, da </em></strong></span></span>1ª Vara Cível da Comarca de Conselheiro Lafaiete, entende que houve censura à obra e que a mera manifestação de um pequeno grupo de pais de alunos não pode ser usada para justificar a medida. Ele acatou ação movida pela professora Érica Araujo Castro, que pediu o fim da restrição aplicada ao livro. "É necessário preceituar que a mera pressão exercida por supostos pais de alunos em relação a conteúdos educacionais veiculados para os estudantes, não deve ser motivação idônea para que a istração Pública, em detrimento do direito da educação, e em contrariedade a especialistas da área, censure, em contrariedade ao texto constitucional", escreveu o magistrado.</div> <div>Ele determinou o fim da suspensão aplicada ao livro, sob multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento. Para o magistrado, basta que seja aplicada a classificação indicativa por idade do livro. "Consigno que a única “censura” ível de ser aplicada a materiais como livros, é a classificação indicativa, que decorre da “previsão constitucional regulamentada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e é disciplinada por portarias do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A classificação indicativa se encontra consolidada como política pública de Estado e seus símbolos são reconhecidos pela maioria das famílias", completa a decisão.</div> <div>O advogado da parte autora, Eduardo Gravina, comemorou a decisão. "Como destacado na Ação Popular ajuizada, o ato da Secretaria de Educação de Conselheiro Lafaiete é medieval. Em uma democracia, obras literárias não devem ser alvo de censura, especialmente obras insuspeitas como "O Menino Marrom", do saudoso Ziraldo. A decisão proferida pelo Juiz Espagner Wallysen, da 1ª Vara de Conselheiro Lafaiete, nesse sentido, reforça o respeito à autoridade suprema da Constituição da República e restaura a liberdade de ensino garantida aos professores, bem como a liberdade de aprender dos estudantes, assegurando o sagrado direito constitucional à educação e à liberdade", afirmou o defensor.</div>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F06%2F27%2F1200x801%2F1_2234_38483881-38484490.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F06%2F27%2F1000x1000%2F1_2234_38483881-38484490.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F06%2F27%2F800x600%2F1_2234_38483881-38484490.jpg" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Renato Souza", "url": "/autor?termo=renato-souza" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 436a3x
A censura ao livro O avesso da pele
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