{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/brasil/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/brasil/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/brasil/", "name": "Brasil", "description": "Acompanhe o que ocorre no país em tempo real: notícias e análises ", "url": "/brasil/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/brasil/2024/07/6895202-alexandre-garcia-dengue-e-covid.html", "name": "Alexandre Garcia: Dengue e covid", "headline": "Alexandre Garcia: Dengue e covid", "description": "", "alternateName": "Análise", "alternativeHeadline": "Análise", "datePublished": "2024-07-10T03:55:00Z", "articleBody": "<p class="texto">Por que a dengue não tem o ibope da covid? Em dezembro de 2021, 172 milhões de brasileiros, segundo o <a href="/brasil/2024/03/6817119-ministerio-da-saude-debate-criacao-de-memorial-da-covid.html">Ministério da Saúde</a>, já haviam recebido duas doses da vacina experimental — 80% da população. Agora temos a dengue, uma dolorosa doença que já matou 4 mil brasileiros, no mínimo, e fez sofrer 6 milhões. Ainda podem ser atribuídas à dengue mais 3 mil mortes, elevando a perda a 7 mil vidas.</p> <p class="texto">Os números atuais são recordistas na história da dengue no Brasil. No entanto, ao que se sabe, importamos apenas 6 milhões de doses, o que dá para 3 milhões de brasileiros, ou menos de 1,5% da população. Enquanto a dengue é nossa velha conhecida, a covid chegou envolta em mistério e foi fácil gerar pânico. A dengue, de prevenção relativamente óbvia, e com vacina testada e pronta, parece não receber a atenção daqueles que já usaram de todos os meios para apavorar a população contra o vírus que seria proveniente de morcego.</p> <p class="texto">O morcego assustou mais que o mosquito. O bom e velho fumacê expulsa o mosquito da dengue, mas se evaporou. As equipes de saúde que combatiam a febre amarela de casa em casa sumiram. Campanhas sobre água parada em lixo, nos quintais e vasos de apartamento foram esquecidas. E a vacina foi comprada em quantidade insuficiente.</p> <p class="texto">A cada ano fica pior. Basta olhar o gráfico de mortes, que vem subindo, inclusive no Distrito Federal, que é o campeão, vindo depois estados como Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. E diz o Índice de Progresso Social que Brasília é o melhor lugar do Brasil. Pelo jeito, também para o mosquito. Que progresso social é esse em que somos incapazes de impedir a perigosíssima <a href="/cidades-df/2024/04/6830320-no-cuidado-ao-agravamento-da-dengue.html">dengue hemorrágica</a>?</p> <h3>Sem procura</h3> <p class="texto">O pior é que a pouca vacina que está disponível não tem sido procurada, depois da frustração do experimento da Pfizer, que além de não ser eficaz na imunização e contágio, ainda vem com consequências que assustam. A vacina do Instituto Butantan contra a dengue, que está na última fase de teste, se mostra eficaz e segura, em dose única. Mas precisa completar neste mês os cinco anos de testes com 17 mil voluntários. Depois, esperar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela produção em massa. Só no ano que vem. Por enquanto, temos uma tetravalente aprovada na Indonésia, na União Europeia e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em duas doses.</p> <p class="texto">Então, cabe a pergunta: por que tratamos a dengue com obsequioso recato, depois de termos sido capazes de apavorar as pessoas com o vírus covid-19? Ao se comparar a campanha no governo Bolsonaro e a discrição dengosa no governo Lula, parece evidente que, também nas epidemias, aplicam-se as diferenças de tratamento que temos observado no Judiciário. Não se trata de uma enfermidade desimportante.</p> <p class="texto">Os que tiveram dengue, nos fazem relatos terríveis — a dengue hemorrágica é ainda pior. Mas não é justo para a população que ela seja usada. por motivos políticos, em campanhas e em omissão de campanhas, que dependem de quem está no governo.<div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/brasil/2024/07/6895004-ufmg-ve-denuncia-dos-organizadores-da-stock-car-como-cortina-de-fumaca.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/07/09/whatsapp_image_2024_07_09_at_17_31_37-38803444.jpeg?20240709183544" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>UFMG vê denúncia dos organizadores da Stock Car como 'cortina de fumaça'</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/07/6895003-stock-car-denuncia-ufmg-pelo-corte-ilegal-de-5-mil-arvores.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/07/09/entorno_da_ufmg_e_mineirao-38788583.jpg?20240709111754" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Stock Car denuncia UFMG pelo corte ilegal de 5 mil árvores</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/07/6894993-amigos-que-pagaram-rs-1-650-em-vinho-em-vez-de-rs-165-ganham-jantar.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/09/vinhocaro_thalytafigueiredo-38805112.jpg?20240709232742" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Amigos que pagaram R$ 1.650 em vinho em vez de R$ 165 ganham jantar</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/07/6894957-nisia-trindade-defende-combate-a-desinformacao-na-saude-e-uma-guerra.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/16/53657070322_08a0ba43cc_o-36257255.jpg?20240418185717" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Nísia Trindade defende combate à desinformação na saúde: "É uma guerra"</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://www.aqui.news/_midias/jpg/2024/07/02/1200x801/1_mosquitos_com_wolbachia4-38645125.jpg?20240702213006?20240702213006", "https://www.aqui.news/_midias/jpg/2024/07/02/640x853/1_mosquitos_com_wolbachia4-38645125.jpg?20240702213006?20240702213006", "https://www.aqui.news/_midias/jpg/2024/07/02/800x600/1_mosquitos_com_wolbachia4-38645125.jpg?20240702213006?20240702213006" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense", "url": "/autor?termo=correio-braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 1e5j2w

Alexandre Garcia 6t5y5r Dengue e covid
Análise

Alexandre Garcia: Dengue e covid 6kj6b

"Por que tratamos a dengue com obsequioso recato, depois de termos sido capazes de apavorar as pessoas com o vírus covid-19?", indaga o jornalista 34476q

Por que a dengue não tem o ibope da covid? Em dezembro de 2021, 172 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, já haviam recebido duas doses da vacina experimental — 80% da população. Agora temos a dengue, uma dolorosa doença que já matou 4 mil brasileiros, no mínimo, e fez sofrer 6 milhões. Ainda podem ser atribuídas à dengue mais 3 mil mortes, elevando a perda a 7 mil vidas.

Os números atuais são recordistas na história da dengue no Brasil. No entanto, ao que se sabe, importamos apenas 6 milhões de doses, o que dá para 3 milhões de brasileiros, ou menos de 1,5% da população. Enquanto a dengue é nossa velha conhecida, a covid chegou envolta em mistério e foi fácil gerar pânico. A dengue, de prevenção relativamente óbvia, e com vacina testada e pronta, parece não receber a atenção daqueles que já usaram de todos os meios para apavorar a população contra o vírus que seria proveniente de morcego.

O morcego assustou mais que o mosquito. O bom e velho fumacê expulsa o mosquito da dengue, mas se evaporou. As equipes de saúde que combatiam a febre amarela de casa em casa sumiram. Campanhas sobre água parada em lixo, nos quintais e vasos de apartamento foram esquecidas. E a vacina foi comprada em quantidade insuficiente.

A cada ano fica pior. Basta olhar o gráfico de mortes, que vem subindo, inclusive no Distrito Federal, que é o campeão, vindo depois estados como Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. E diz o Índice de Progresso Social que Brasília é o melhor lugar do Brasil. Pelo jeito, também para o mosquito. Que progresso social é esse em que somos incapazes de impedir a perigosíssima dengue hemorrágica?

Sem procura 444d2h

O pior é que a pouca vacina que está disponível não tem sido procurada, depois da frustração do experimento da Pfizer, que além de não ser eficaz na imunização e contágio, ainda vem com consequências que assustam. A vacina do Instituto Butantan contra a dengue, que está na última fase de teste, se mostra eficaz e segura, em dose única. Mas precisa completar neste mês os cinco anos de testes com 17 mil voluntários. Depois, esperar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela produção em massa. Só no ano que vem. Por enquanto, temos uma tetravalente aprovada na Indonésia, na União Europeia e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em duas doses.

Então, cabe a pergunta: por que tratamos a dengue com obsequioso recato, depois de termos sido capazes de apavorar as pessoas com o vírus covid-19? Ao se comparar a campanha no governo Bolsonaro e a discrição dengosa no governo Lula, parece evidente que, também nas epidemias, aplicam-se as diferenças de tratamento que temos observado no Judiciário. Não se trata de uma enfermidade desimportante.

Os que tiveram dengue, nos fazem relatos terríveis — a dengue hemorrágica é ainda pior. Mas não é justo para a população que ela seja usada. por motivos políticos, em campanhas e em omissão de campanhas, que dependem de quem está no governo.

 

Mais Lidas 72595f