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Galpão que produzia bebidas clandestinas é interditado pelo Ministério da Agricultura

Estabelecimento sem registro utilizava embalagens de marcas conhecidas no mercado nacional, bem como corantes, aromatizantes e rótulos falsos, para enganar consumidores 

Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife -  (crédito: Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária)
Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife - (crédito: Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária)

Uma ação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) identificou, na última quinta-feira (22/5), um estabelecimento sem registro que produzia bebidas alcoólicas de forma clandestina no município de Paulista, região metropolitana de Recife, em Pernambuco. Apelidada ‘Pagode Russo’, a Operação Ronda Agro LXXXVIII apreendeu cerca de 500 litros de bebida e outros itens estimados em R$ 100 mil.

Os fraudadores utilizavam de embalagens de marcas conhecidas no mercado nacional para produzir bebidas clandestinas rotuladas como vodka e aperitivo. De acordo com o órgão de fiscalização, que teve apoio da Polícia Civil do estado e de outras entidades competentes, “o objetivo da prática era induzir o consumidor ao erro quanto à origem e à autenticidade do produto”. 

Em um galpão, o Mapa encontrou aditivos como corantes, extratos e aromatizantes, “utilizados para mascarar a origem e alterar as características sensoriais das bebidas” — o que é proibido por lei. Contra normas de comercialização e segurança alimentar, as rotulagens dos produtos também traziam informações enganosas, que não correspondiam à composição real do conteúdo das embalagens.  

Além disso, as condições de higiene do estabelecimento foram consideradas inadequadas pelos órgãos para a manipulação de alimentos, inclusive devido à presença de fezes de pombos.  

Foram apreendidos na operação cerca de 500 litros de bebidas clandestinas e equipamentos utilizados na produção delas — entre eles compressor, caixa d’água, esteiras, rótulos falsos e mais de 3,5 mil garrafas vazias —, estimados, juntos, em R$ 100 mil. 

 

  • Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife
    Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária
  • Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife
    Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária
  • Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife
    Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária
  • Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife
    Operação Ronda Agro LXXXVIII, apelidada Pagode Russo, flagrou produção clandestina de bebidas em galpão do município de Paulista, em Recife Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária

“A ausência de controle sobre a matéria-prima, a manipulação em ambiente insalubre e o uso de substâncias não autorizadas representam riscos à saúde pública, incluindo possibilidade de reações adversas, intoxicações e contaminações diversas”, explica o ministério, em nota. 

“Além disso, a rotulagem enganosa compromete o direito à informação do consumidor e configura concorrência desleal com produtores regulares, além de configurar delitos contra a propriedade intelectual.” 

A Operação Ronda Agro LXXXVIII foi realizada pelo Mapa em conjunto com o Programa Vigifronteiras, o Serviço Regional de Operações Avançadas de Fiscalização e Combate a Fraudes (SERFIC/DIPOV), a Delegacia de Crimes contra o Consumidor (DECON) e a Polícia Civil de Pernambuco. O objetivo era reprimir fraudes, proteger a saúde da população e garantir que a cadeia produtiva de bebidas alcoólicas esteja em conformidade com a legislação sanitária. 

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postado em 27/05/2025 12:05
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