
Residente em Lisboa, a cientista brasileira Márcia Rodrigues acabou barrada do aeroporto de Paris sem explicação. Mesmo com toda a documentação necessária para entrar em território francês, Márcia não pôde curtir o momento de diversão antes de voltar ao Brasil. Ela denunciou o caso nas redes sociais.
A cientista mora em Portugal para cursar parte do doutorado em ciências do ambiente. O processo foi iniciado e teve boa parte do próprio desenvolvimento na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Tudo aconteceu quando a doutoranda decidiu visitar a capital sa.
Ao chegar no local, porém, teve o aporte retido. Em seguida, foi levada a uma sala, onde precisou dar explicações a um policial. "Sempre que tentava mostrar meus documentos ou usar o celular para explicar a situação, ele colocava a mão na arma, me intimidando", relatou, no Instagram.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Em seguida, conta que assinou um documento "sem qualquer explicação e sem receber uma cópia". Ouviu ainda das autoridades que não poderia frequentar nenhum país da União Europeia. Vale destacar, todavia, que Portugal faz parte do bloco econômico.
Márcia também relata que foi escoltada de volta ao avião "como se fosse uma criminosa". Depois de chegar novamente a Lisboa, a brasileira foi levada diretamente à polícia do aeroporto na capital lusitana. Por lá, relata ter ado 12 horas sem o a alimentação, água ou quaisquer informações sobre o motivo de estar ali. Disse, além disso, não ter tido o ao próprio aporte em nenhum momento.
No Consulado-geral do Brasil em Lisboa, foi informada de que todos os documentos estavam corretos e atualizados. "Eles também não entenderam o motivo do ocorrido”, escreveu. No post, Márcia também explicita que o visto de estudante dela foi aprovado pelo AIMA. O órgão é o responsável por autorizar a estada de estrangeiros em território português.
Com ele, a cientista tinha direito de frequentar o Espaço Schengen. O local diz respeito a uma área de livre circulação, sem controle de fronteiras internas. Ele inclui a maioria dos países da União Europeia, como a França, por exemplo.
Veja abaixo o post-denúncia:
"Sou doutoranda no Brasil e estou realizando parte do meu doutorado em Portugal, com toda a documentação regularizada. Meu visto de estudante foi aprovado pela AIMA, que é o órgão responsável por autorizar a permanência de estrangeiros em Portugal. Segundo as informações disponíveis, com esse visto, eu poderia circular pelo Espaço Schengen, que inclui a França.
Decidi visitar Paris antes de retornar ao Brasil. No entanto, ao chegar ao aeroporto francês, meu aporte foi retido, e fui levada para uma sala onde um policial gritava comigo. Sempre que tentava mostrar meus documentos ou usar o celular para explicar a situação, ele colocava a mão na arma, me intimidando.
Fui obrigada a um documento sem qualquer explicação e sem receber uma cópia. Disseram que eu estava proibida de entrar novamente na União Europeia, como se Portugal, onde resido legalmente, não fizesse parte desse espaço.
Fui escoltada de volta ao avião como se fosse uma criminosa. Ao chegar em Lisboa, fui levada diretamente à polícia do aeroporto. ei cerca de 12 horas sem comer, sem beber água e sem informações claras. Em nenhum momento tive o ao meu aporte.
No dia seguinte, procurei o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa. Lá, fui informada de que meus documentos estavam corretos e que, legalmente, eu poderia entrar na França. Eles também não entenderam o motivo do ocorrido".