O bullying é um tema que tem ganhado destaque em produções audiovisuais, especialmente em séries e filmes voltados para o público jovem. A minissérie britânica “Adolescência“, lançada em março de 2025 pela Netflix, é um exemplo recente que aborda essa questão de forma contundente. A série tem sido amplamente discutida por educadores, pais e profissionais de saúde mental, trazendo à tona a violência escolar e suas consequências.
Além de “Adolescência“, outras produções também exploram o bullying e suas implicações. Essas narrativas não apenas refletem a realidade enfrentada por muitos jovens, mas também servem como ferramentas para iniciar conversas sobre tópicos sensíveis. A seguir, serão apresentadas algumas dessas produções e como elas contribuem para o debate sobre o bullying.
Como as produções audiovisuais abordam o bullying?
Filmes e séries têm o poder de influenciar a percepção do público sobre temas complexos, como o bullying. “Depois de Lucía“, um filme de 2012 dirigido por Michel Franco, é um exemplo notável. A história segue Alejandra, uma adolescente que enfrenta intimidações e humilhações em sua nova escola, incluindo violência sexual. A narrativa destaca a vulnerabilidade dos jovens em ambientes escolares hostis.
Outro exemplo é “Escritores da Liberdade“, um filme de 2007 baseado em uma história real. A trama se a em uma escola marcada por bullying e preconceito racial, onde uma professora consegue transformar a vida de seus alunos através da literatura. Essas produções mostram como o bullying pode ser abordado de diferentes ângulos, destacando tanto o sofrimento das vítimas quanto as possibilidades de superação.

Quais séries recentes têm explorando o bullying?
A série “13 Reasons Why“, lançada em 2017 pela Netflix, gerou controvérsia ao retratar o suicídio de uma jovem vítima de bullying e violência sexual. Apesar das críticas, a série trouxe à tona discussões importantes sobre saúde mental e o impacto do bullying na vida dos adolescentes. Outro exemplo é “Sex Education“, que aborda temas como homofobia e educação sexual, além de mostrar o papel dos educadores na formação dos jovens.
“Euphoria“, lançada em 2019 pela HBO, também merece destaque. A série explora a masculinidade tóxica e suas consequências nas interações escolares, além de abordar questões como pressão estética e transtornos mentais. Essas séries, ao retratar o bullying de forma realista, ajudam a sensibilizar o público sobre a gravidade do problema.
O papel das narrativas de fantasia no enfrentamento do bullying
Algumas produções utilizam a fantasia como uma forma de abordar o bullying de maneira mais ível. “Sete Minutos Depois da Meia-noite”, um filme de 2016, segue a história de Conor, um garoto que lida com o bullying na escola enquanto cuida de sua mãe doente. Através de suas conversas com um monstro em forma de árvore, Conor encontra uma forma de escapar temporariamente de sua realidade dolorosa.
Por outro lado, “A Classe“, um filme estoniano de 2007, apresenta uma visão mais sombria do bullying, mostrando como a falta de apoio familiar e a apatia dos educadores podem levar a tragédias. Já “A Lição“, uma produção coreana de 2023, foca na vingança de uma professora que sofreu bullying na adolescência, destacando os danos psicológicos duradouros causados por essas experiências.
Reflexões finais sobre o bullying e a mídia
As produções audiovisuais desempenham um papel crucial na conscientização sobre o bullying e suas consequências. Ao retratar essas experiências de forma autêntica e sensível, filmes e séries não apenas refletem a realidade de muitos jovens, mas também incentivam o diálogo e a busca por soluções. É essencial que educadores, pais e profissionais de saúde mental utilizem essas narrativas como ferramentas para promover um ambiente escolar mais seguro e acolhedor.