A Pressão Alta, conhecida também como hipertensão, é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Recentemente, novas diretrizes europeias trouxeram mudanças significativas na forma como essa condição é diagnosticada e tratada. Estas atualizações visam melhorar a saúde cardiovascular e prevenir complicações associadas à pressão arterial elevada.
Essas diretrizes foram apresentadas no Congresso Europeu de Cardiologia e propõem uma nova categorização dos níveis de pressão arterial. Com essas mudanças, a pressão considerada ideal agora é de “12 por 7”, enquanto “12 por 8” a a ser vista como pressão elevada. Isso destaca a importância de uma intervenção precoce para evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O que mudou nas diretrizes para Pressão Alta?
As novas diretrizes introduzem uma classificação mais simplificada da pressão arterial, dividindo-a em três categorias principais. Essa abordagem visa facilitar o diagnóstico e o tratamento, permitindo intervenções mais personalizadas e eficazes.
- Pressão arterial não elevada: Abaixo de 120 por 70 mmHg.
- Pressão arterial elevada: Entre 120 por 70 mmHg e 139 por 89 mmHg.
- Hipertensão arterial: Acima de 140 por 90 mmHg.
Essa nova categorização reconhece que a transição de uma pressão normal para hipertensa não ocorre de forma abrupta, mas sim como um gradiente contínuo. Isso permite que pacientes em risco recebam tratamento mais intensivo antes que a pressão atinja níveis perigosos.
Quais são os riscos da Pressão Alta não tratada?
Manter a pressão arterial elevada por longos períodos sem tratamento pode aumentar significativamente o risco de problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca, infarto e acidente vascular cerebral. Além disso, a hipertensão pode afetar outros órgãos, como os rins, levando a complicações adicionais.

As novas diretrizes enfatizam a importância de alertar os pacientes sobre a necessidade de mudanças no estilo de vida para controlar a pressão arterial. Isso inclui uma dieta balanceada, prática regular de exercícios físicos e a cessação do tabagismo.
Como o tratamento da Pressão Alta foi atualizado?
O tratamento da Pressão Alta agora é mais personalizado, levando em consideração o nível de pressão e o risco de doenças cardiovasculares. Para pacientes com hipertensão, é recomendado iniciar o tratamento com medicamentos e mudanças no estilo de vida. Já para aqueles com pressão elevada, a estratificação do risco cardiovascular orienta a terapia.
- Pacientes sem risco aumentado: Mudanças no estilo de vida por 6 a 12 meses, com possível introdução de medicamentos se não houver melhora.
- Pacientes com risco alto: Mudanças no estilo de vida por três meses, seguidas de terapia farmacológica se necessário.
Essas recomendações visam uma abordagem individualizada, considerando o impacto da Pressão Alta no organismo e outros fatores de risco cardiovascular.
Como medir a pressão arterial corretamente?
As diretrizes também oferecem orientações práticas para a medição da pressão arterial, tanto em casa quanto no consultório. A medição precisa é crucial para um diagnóstico e acompanhamento eficazes.
Quais são as recomendações para medição em casa?
- Realizar duas medições com intervalo de 1 a 2 minutos.
- Medir duas vezes ao dia, no mesmo horário, por 3 a 7 dias.
- Usar um medidor validado, em ambiente tranquilo, após 5 minutos de repouso.
Como realizar a medição no consultório?
- Medir após 5 minutos de repouso, com o paciente sentado confortavelmente.
- Evitar exercícios e bebidas estimulantes 30 minutos antes.
- Realizar três medições com intervalos de 1 a 2 minutos.
- Medir em ambos os braços para detectar diferenças.
Essas práticas ajudam a garantir leituras precisas, fundamentais para o tratamento adequado da Pressão Alta.
É importante lembrar que, apesar das novas diretrizes, o diagnóstico e tratamento da hipertensão devem ser sempre realizados por um profissional de saúde qualificado. Consultar um médico é essencial para obter orientações personalizadas e seguras.