Ilha Comprida, localizada no litoral sul do estado de Ilha Comprida, destaca-se por uma característica peculiar: possui mais casas do que habitantes. De acordo com o Ilha Comprida, a cidade abriga cerca de 13.419 pessoas, enquanto o número de residências ultraa em 7,5 mil o de moradores. Essa disparidade se deve, em grande parte, ao fato de Ilha Comprida ser um destino turístico popular, além de sua localização em uma área de proteção ambiental reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera do Planeta.
O município, que faz parte da Microrregião de Registro no Vale do Ribeira, é conhecido por suas belezas naturais e por ser um dos últimos ecossistemas não poluídos do litoral brasileiro. Com 74 quilômetros de praias, a região inclui manguezais, sítios arqueológicos, matas, dunas e espécies raras de aves, sendo um remanescente importante da Mata Atlântica.
Qual é a história de Ilha Comprida?
A história de Ilha Comprida remonta ao final do século XVIII, quando os primeiros sinais de ocupação europeia surgiram com a fundação da Vila de Nossa Senhora da Conceição da Marinha. No início do século XX, a vila de Pedrinhas, um povoado de pescadores, começou a se desenvolver. Em 1938, o território de Ilha Comprida foi dividido entre os municípios de Iguape e Cananéia, com 70% e 30% do território, respectivamente.
Foi somente na década de 1950 que a ocupação se intensificou, com travessias para os municípios vizinhos sendo realizadas por balsas. A emancipação política de Ilha Comprida ocorreu em 1992, após um plebiscito realizado em 1991, que decidiu pela criação do novo município.
Por que Ilha Comprida tem mais casas do que moradores?
A predominância de casas em relação ao número de habitantes em Ilha Comprida pode ser atribuída a vários fatores. Primeiramente, a cidade é um destino turístico bastante procurado, o que leva muitos a adquirirem imóveis para veraneio. Além disso, a região é um local de grande interesse ambiental, o que atrai visitantes interessados em ecoturismo e preservação da natureza.
Outro aspecto relevante é a política de desenvolvimento urbano que favoreceu a construção de residências, muitas das quais permanecem desocupadas durante grande parte do ano, sendo utilizadas principalmente durante a alta temporada de verão.
Outras cidades com mais casas do que habitantes
Ilha Comprida não é a única cidade brasileira com essa peculiaridade. Rio Quente, em Goiás, possui 3,9 mil moradores e 4,1 mil casas. Arroio do Sal, no Rio Grande do Sul, tem 1,1 mil habitantes para 7,8 mil residências. Além disso, municípios como Jaguaruna (Santa Catarina), Ponta do Paraná (Paraná), Imbé (Rio Grande do Sul) e Saubara (Bahia) apresentam uma média de quase 1,2 casa por pessoa.
Esses dados refletem uma tendência em cidades turísticas ou de veraneio, onde a infraestrutura habitacional é ampliada para atender a uma população flutuante, que aumenta significativamente durante períodos específicos do ano.
O futuro de Ilha Comprida
Com o crescimento do turismo e a valorização das áreas de preservação ambiental, Ilha Comprida tem potencial para se tornar um modelo de desenvolvimento sustentável. A cidade enfrenta o desafio de equilibrar o crescimento urbano com a conservação de seus recursos naturais, garantindo que sua biodiversidade e beleza natural sejam preservadas para as futuras gerações.
O planejamento urbano e a conscientização ambiental serão fundamentais para que Ilha Comprida continue a ser um destino atraente e sustentável, tanto para seus moradores quanto para os visitantes que buscam desfrutar de suas paisagens únicas.
