A prática regular de musculação tem se mostrado uma aliada importante na preservação da saúde cerebral, especialmente em indivíduos idosos. Estudos recentes indicam que essa atividade física pode melhorar a memória episódica verbal e proteger áreas do cérebro associadas à doença de Alzheimer contra a atrofia. Esses achados ressaltam a importância de incorporar exercícios de força na rotina de pessoas mais velhas.
Uma característica comum em pessoas com comprometimento cognitivo leve é a redução do volume em certas regiões cerebrais, o que pode preceder o desenvolvimento do Alzheimer. No entanto, a musculação parece oferecer uma defesa contra essa deterioração, preservando áreas como o hipocampo e o pré-cúneo. Esses resultados sugerem que a musculação pode ser uma estratégia eficaz para manter a saúde cerebral em idosos.
Como a musculação pode proteger o cérebro?
A musculação pode proteger o cérebro de duas maneiras principais: estimulando a produção do fator de crescimento neural e promovendo a desinflamação do organismo. O fator de crescimento neural é uma proteína crucial para o crescimento e a sobrevivência dos neurônios. Além disso, a musculação pode aumentar os níveis de substâncias químicas que favorecem o crescimento das células cerebrais e mobilizar células T anti-inflamatórias.
Esses processos são fundamentais, pois a inflamação crônica está associada ao aumento do risco de demência e à aceleração do processo neurodegenerativo. Portanto, ao reduzir a inflamação, a musculação pode ajudar a prevenir a formação de proteínas disfuncionais que danificam os neurônios.

Quais substâncias estão envolvidas na proteção neural?
Durante a prática de musculação, são produzidas substâncias como a irisina e o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro). A irisina é um hormônio liberado durante a contração muscular, enquanto o BDNF é uma proteína que promove a plasticidade sináptica e a proteção neural. Ambos desempenham papéis essenciais na manutenção da saúde cerebral e na prevenção de doenças neurodegenerativas.
Os níveis dessas substâncias foram medidos em voluntários que participaram de estudos sobre os efeitos da musculação no cérebro. Os resultados preliminares indicam que a musculação pode aumentar a produção dessas substâncias, contribuindo para a proteção e a melhoria da função cerebral.
Musculação: uma estratégia promissora para o futuro
Os benefícios da musculação para a saúde cerebral são promissores, especialmente para indivíduos com comprometimento cognitivo leve. Em alguns casos, a prática regular de exercícios de força resultou em melhorias significativas na memória e na anatomia cerebral, com alguns participantes do estudo até mesmo revertendo o diagnóstico de comprometimento cognitivo leve.
Esses achados sugerem que períodos mais longos de treinamento podem potencialmente reverter ou atrasar a progressão de demências. Portanto, a musculação pode ser uma estratégia eficaz e ível para promover a saúde cerebral e melhorar a qualidade de vida dos idosos.