O hábito de consumir cafeína no meio da manhã é comum entre muitas pessoas que buscam combater a fadiga. No entanto, esse costume pode ter efeitos inesperados na saúde cardiovascular. Estudos indicam que o consumo de cafeína durante esse período pode intensificar a resposta do corpo ao estresse, especialmente quando ingerido em jejum.
O Dr. Marschall Runge, cardiologista e CEO da Universidade de Michigan, alerta que a ingestão de cafeína no meio da manhã pode elevar os níveis de cortisol, um hormônio relacionado ao estresse. Esse aumento pode colocar o corpo em um estado de alerta, elevando a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Por que a cafeína no meio da manhã pode ser prejudicial?
Consumir cafeína no meio da manhã, especialmente em jejum, pode acelerar a absorção do estimulante, potencializando seus efeitos. Isso pode resultar em aumento da ansiedade e sensação de nervosismo. Embora o consumo moderado de cafeína não esteja diretamente associado a riscos cardiovasculares, o hábito diário pode sobrecarregar o sistema ao longo do tempo.
Dr. Runge destaca que doses elevadas de cafeína, ou mesmo quantidades moderadas em indivíduos sensíveis, podem desencadear arritmias, aumento da pressão arterial e palpitações. Ele recomenda que a ingestão diária de cafeína seja mantida entre 200 e 400 mg, o equivalente a duas a quatro xícaras de café.

Quem está mais vulnerável aos efeitos da cafeína?
Certos grupos são mais suscetíveis aos efeitos da cafeína, especialmente quando consumida sem alimentos. Entre eles estão:
- Indivíduos com hipertensão ou riscos cardiovasculares conhecidos
- Mulheres durante a menstruação ou perimenopausa
- Pessoas com transtornos de ansiedade
- Indivíduos com pré-hipertensão
- Pessoas com variantes genéticas que afetam o metabolismo da cafeína
Para esses grupos, é aconselhável moderar o consumo de cafeína e consultar um médico em caso de dúvidas.
Quais são as alternativas saudáveis para o meio da manhã?
Antes de optar por uma segunda xícara de café, considere alternativas mais saudáveis. Dr. Runge sugere a substituição por chá verde descafeinado, que contém teanina e flavonoides calmantes. Outra opção é o chá de Rooibos, que é livre de cafeína e rico em antioxidantes.
Além disso, atividades físicas leves, como uma breve caminhada, podem aumentar a alerta de forma natural. Manter-se hidratado também é crucial, pois a desidratação pode ser confundida com fadiga.
Essas estratégias podem ajudar a manter a energia e o foco sem os efeitos colaterais associados ao consumo excessivo de cafeína.