
O debate sobre a igualdade de gênero foi tema do CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quarta-feira (26/7). Aos jornalistas Ana Maria Campos e Carlos Alexandre de Souza, juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres do Núcleo Bandeirante, Ben-Hur Viza, destacou a importância de realizar um trabalho preventivo de educação nas escolas sobre o tema da violência doméstica.
Para o juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), é preciso levar aos mais jovens o debate sobre a questão de gênero, a fim que a sociedade assuma uma postura mais igualitária na relação entre homem e mulher. “É preciso mostrar para as meninas que elas têm esse direito de proteção. Temos a lei Maria da Penha com várias medidas para a mulher que busca exatamente coibir essa violência doméstica e familiar”, ressalta.
O juiz diz ficar espantado com o elevado número de mulheres que permanecem em uma relação violenta. “O que faz um homem que um dia se declarou apaixonado, levou flores, convidou pra ir no cinema, o que faz esse homem de uma hora pra outra ar a agredir uma mulher?”, questiona. O especialista relata um caso de uma mulher que se casou e, após voltar da lua de mel, seu parceiro lhe pediu para trocar suas roupas. “O homem disse que as vestimentas de sua esposa eram de uma mulher solteira, decotadas, curtas, com as pernas de fora. E que após o casamento ela deveria se vestir como uma mulher casada”, expõe.
O juiz ressalta que muitos homens entendem a sua parceira como uma posse dele, o que na cabeça dos agressores pode justificar a violência doméstica. “Por exemplo, quando o homem se casa e acrescenta o sobrenome na certidão da parceira. Para ele é como se comprasse um carro, fosse no Detran e registrasse o veículo no nome dele e ele a a ser dono”, conta.
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