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Depois de 365 dias, a Justiça do Distrito Federal concluiu que apenas Alexandre Henriques Camelo, dono da companhia Viagens Íris, irá a julgamento. Contra o filho dele, Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, que chegou a conduzir o coletivo no dia do acidente e também era proprietário da empresa, o magistrado responsável pelo processo não encontrou indícios suficientes e, portanto, Felipe foi impronunciado e teve as medidas cautelares revogadas. Alexandre está em liberdade. </p> <p dir="ltr">O grave acidente ocorreu em 21 de outubro do ano ado. A empresa Íris atuava na capital havia mais de 30 anos e levava ageiros do DF para estados do Nordeste. No dia da tragédia, dezenas de pessoas vinham de diferentes cidades do Maranhão, quando, na BR-070, em Taguatinga, o ônibus foi abordado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 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Um ano depois de acidente com ônibus clandestino 3054a apenas dono de empresa será julgado
Justiça

Um ano depois de acidente com ônibus clandestino, apenas dono de empresa será julgado j6p61

Tragédia ocorreu em 21 de outubro do ano ado e deixou cinco mortos. Alexandre Henriques Camelo, dono da empresa de ônibus, vai responder pelos cinco homicídios e 22 tentativas. O filho dele, Felipe Alexandre, teve as medidas cautelares revogadas 73t71

Completa, nesta segunda-feira (21/10), um ano da tragédia que deixou cinco mortos em um acidente com um ônibus de transporte interestadual clandestino, em Taguatinga. Depois de 365 dias, a Justiça do Distrito Federal concluiu que apenas Alexandre Henriques Camelo, dono da companhia Viagens Íris, irá a julgamento. Contra o filho dele, Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, que chegou a conduzir o coletivo no dia do acidente e também era proprietário da empresa, o magistrado responsável pelo processo não encontrou indícios suficientes e, portanto, Felipe foi impronunciado e teve as medidas cautelares revogadas. Alexandre está em liberdade. 

O grave acidente ocorreu em 21 de outubro do ano ado. A empresa Íris atuava na capital havia mais de 30 anos e levava ageiros do DF para estados do Nordeste. No dia da tragédia, dezenas de pessoas vinham de diferentes cidades do Maranhão, quando, na BR-070, em Taguatinga, o ônibus foi abordado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A história foi contada detalhadamente pelo Correio na série "Piratas das Estradas". Confira aqui.  A série é finalista na categoria impresso do prêmio de jornalismo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Kayo Magalhães/CB/D.A Press -
Material obtido pelo Correio -
Kayo Magalhães/CB/D.A Press -
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CBMDF -
Minervino Júnior/CB/D.A.Press -
Viagens Iris/Divulgação -
Minervino Júnior/CB/D.A.Press -
Minervino Júnior/CB/D.A.Press -
CBMDF -

No momento da abordagem, quem conduzia o ônibus era Felipe Alexandre. Segundo consta nos autos do processo, os fiscais encontraram inúmeras irregularidades no coletivo e informaram a Felipe que o ônibus seria escoltado por uma viatura da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até a Rodoviária de Taguatinga para o transbordo dos ageiros. Felipe contou sobre a situação ao pai por telefone e, minutos depois, Alexandre chegou em um carro e interrompeu a escolta. Aos fiscais, ele disse que não levaria o ônibus a nenhum terminal, pois o veículo era dele. 

As investigações da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) mostram que Alexandre assumiu a direção do coletivo e acelerou em fuga, enquanto Felipe ficou no carro. As marcas de frenagem no asfalto indicam que o motorista estava a 110km/h quando perdeu o controle da direção e entrou em processo de derrapagem, colidindo contra uma Hilux e capotando em seguida. À polícia, o homem negou ter fugido e justificou o acidente por causa da batida contra a caminhonete. 


Decisão  a3n4c

Em entrevista ao Correio, o promotor do caso, Renato Ercolin, da 2ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Taguatinga, esclareceu que, após a oitiva de todas as vítimas e testemunhas, análise dos laudos periciais e outros documentos, confirmou-se que Alexandre foi o responsável por provocar as mortes, “priorizando o seu ônibus em detrimento das vidas dos ageiros”. 

“Em relação a Felipe, contudo, não foram produzidas provas que demonstrassem a sua contribuição. Dessa forma, o Ministério Público pediu em alegações finais que Alexandre fosse pronunciado, isto é, submetido ao julgamento perante os jurados, em sessão solene do Tribunal do Júri, e que Felipe fosse impronunciado”, detalhou o promotor. 

A decisão foi tomada na quinta-feira (17/10) pelo juiz Roberto da Silva Freitas. O magistrado concluiu que há elementos indicando que Alexandre pode ter assumido o risco de matar as vítimas. Contra Felipe, o juiz justificou que não constam indícios suficientes de que  ele tenha aderido à conduta do pai e tenha atrapalhado a fiscalização da ANTT a fim de possibilitar a possível fuga do ônibus. 

Alexandre e o filho chegaram a ser presos em flagrante, tiveram as prisões convertidas em preventivas e foram soltos em 27 de maio. De acordo com o promotor, a soltura foi tecnicamente correta, pois o processo não podia ser finalizado sem algumas diligências fundamentais, que estavam pendentes.

O promotor acrescentou ainda que o Ministério Público trabalha para que o caso permaneça perante o juízo de crimes contra a vida e que o motorista do ônibus seja condenado na forma descrita na denúncia. Alexandre responde por cinco homicídios e 22 tentativas de homicídio. O Correio entrou em contato com a defesa dele, que não respondeu até o fechamento desta reportagem. A advogada Ronnie Karlla, que representa Felipe, afirmou que a defesa demonstrou que não havia indícios suficientes da autoria e da participação dele no caso. Até o momento, ninguém foi indenizado por conta da tragédia.



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