Tragédia

Família compartilha uma das últimas imagens de Thalita Berquó viva; veja vídeo

Em um vídeo, Thalita mostra um momento de delicadeza e nostalgia ouvindo atentamente uma caixinha de música com uma bailarina giratória, presente da mãe quando ainda era pequena

O objeto tinha um valor sentimental profundo: foi um presente da mãe quando Thalita ainda era criança -  (crédito: Material cedido ao Correio)
O objeto tinha um valor sentimental profundo: foi um presente da mãe quando Thalita ainda era criança - (crédito: Material cedido ao Correio)

O Correio obteve, com exclusividade, um dos últimos vídeos de Thalita Marques Berquó Ramos, 36, vida. As imagens mostram um momento de delicadeza e nostalgia. No vídeo, ela aparece observando atentamente uma pequena caixa de música com uma bailarina giratória, enquanto a melodia suave toca ao fundo. O objeto tinha um valor sentimental profundo: foi um presente da mãe quando Thalita ainda era criança. Veja:

"A família está consternada. É uma dor imensurável perdê-la de uma forma tão brutal. O que queremos agora é justiça e acreditamos que a teremos", disse a mãe, emocionada. A família, que ainda busca forças para lidar com a perda, se apega às memórias e momentos especiais vividos ao lado de Thalita para seguir em frente.

O crime

Thalita Marques Berquó Ramos, de 36 anos, foi morta no dia 13 de janeiro, num caso envolto em mistério. Os criminosos esfaquearam Thalita e jogaram uma pedra sobre seu rosto. Em seguida, esquartejaram o corpo e o descartaram em diferentes pontos da cidade. A cabeça e uma perna foram encontradas em 14 de janeiro, na Estação de Tratamento de Esgoto da Companhia Ambiental de Saneamento do DF (Caesb), na Avenida das Nações. Já em 17 de março, o tronco e a outra perna foram localizados enterrados em uma área de mata no Parque Ezequias, no Guará 2. O crime chocou a capital pela violência e pela forma como o corpo da vítima foi descartado.

O crime permaneceu sem respostas concretas ao longo de três meses, tempo que a Polícia Civil (PCDF), por meio da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), levou para chegar aos assassinos: um homem de 36 anos e de dois adolescentes, de 15 e 17 anos, envolvidos no homicídio, ocorrido no Guará. Um dos menores foi apreendido em 28 de março, enquanto o outro segue foragido. O maior de idade já estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda por outro homicídio, cometido em dezembro, e teve um novo mandado de prisão expedido pelo assassinato de Thalita.

Segundo a investigação, o crime ocorreu, após um desentendimento com os suspeitos. No fim de semana anterior, ela participou de festividades com amigos no Guará e, na segunda-feira de manhã, pegou um transporte por aplicativo até um prédio no Guará 2. Segundo as investigações, a mulher foi até uma área de invasão para comprar drogas. Durante a transação, entregou o celular como forma de pagamento, mas, ao pedir o aparelho de volta, houve um desentendimento que culminou em sua morte.

As confissões dos envolvidos permitiram que os investigadores localizassem o restante do corpo da vítima. A PCDF acredita que Thalita foi brutalmente espancada antes de ser morta e esquartejada. A cabeça dela apresentava pelo menos seis facadas no rosto, além de hematomas e outras lesões.

 

postado em 01/04/2025 11:40
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