
A corrida é mais do que uma competição, é um sentimento que move muita gente, com superação, determinação e a força de vontade para enfrentar seus próprios limites. Para celebrar os 65 anos de Brasília e também do Correio Braziliense, corredores dos quatro cantos do país marcaram presença no quadradinho para participar da Maratona Brasília 2025, disputa que caiu nas graças de todo o Brasil.
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Por volta das 5h30, foi dada a largada para o maior desafio da maratona (42km). Logo em seguida, às 6h, deu-se início para o trajeto de 21km. Por fim, às 6h30, os percursos de 3km, 5km e 10km foram iniciados, em frente ao Museu Nacional. Entre os 6 mil atletas presentes na competição estava Cézar Augusto, 52 anos, natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ele cruzou a linha de chegada após 1h e 42 minutos de prova.
Segundo o atleta, essa foi uma de suas provas mais especiais até agora, sobretudo por estar em uma companhia para lá de agradável. "Minha filha mora em Brasília e decidiu correr este ano. Prontamente, vim à cidade para motivar ela a participar. Essa é, também, uma forma de me superar depois de tudo que eu ei nestes últimos anos, com quatro cirurgias de coluna", explicou. Satisfeito com o desempenho na prova dos 21km, Cézar ressalta que a experiência foi enriquecedora.
O engenheiro civil Vitor Hideyuki, 33, veio de São Paulo para participar da corrida em Brasília durante o feriado. "Minha mãe e meu irmão são daqui do quadradinho. Aproveitei a folga com eles e participei também desta competição", disse. Embora esteja somente no início de sua vida de corredor, o desafio imposto por ele mesmo é uma forma de começar, quem sabe, um novo hobby.
Com o objetivo de se jogar em uma nova fase da própria jornada, o engenheiro espera melhorar e evoluir daqui para frente. "Entrei recentemente em um grupo de corrida em São Paulo, mas, até o momento, fiz apenas três treinos, o tempo ainda não está dos melhores, mas a prova foi legal e divertida. Correr em Brasília é bom, mas foi ainda melhor participar ao lado dos meus familiares. Com certeza, estarei nas próximas edições", finalizou.
Força nacional
De acordo com a organização, o evento atraiu competidores de todos os estados. Isso representa a força da Maratona Brasília em nível nacional. De todos os cantos do país, atletas que aparecem para reafirmar seus laços com o esporte em um momento de celebração para a capital federal.
Na categoria de 3km, um momento em família protagonizou afeto e superação para a corrida. Raiza Kelly, 30, trouxe sua mãe, Maria Leda, 60, para participar da caminhada comemorativa do aniversário da capital. Vinda do Maranhão, Maria Leda foi convencida pela filha a celebrar a data de forma ativa e simbólica. "Minha mãe sempre dizia que gostaria de participar, então aproveitei o aniversário de Brasília para trazê-la", contou Raiza, com entusiasmo.
Para Maria Leda, a experiência é inesquecível. "Foi ótimo, com certeza faria de novo", repetiu ela com alegria. Encantada com a cidade que considera um sonho realizado, ela ressaltou o carinho que sente pelo quadradinho. "Eu amo Brasília, é tudo de bom para mim. A caminhada de 3km foi mais do que uma atividade física — foi uma demonstração de laços familiares e da importância de viver momentos simples e significativos juntas", completou.
Diretamente do Rio de Janeiro, José Carlos Rodrigues, 66, é mais uma dessas histórias que saem de sua própria casa para se entregar ao solo brasiliense. Corredor há mais de duas décadas, ele participou dos dois dias de corrida, tanto no domingo quanto ontem, nas disputas por 21km. Apesar de não ter ficado entre os primeiros, confessou estar feliz com o desempenho realizado na Maratona Brasília.
"Preparei-me bem, mas acho que sempre temos coisas a melhorar. Estive na capital federal durante esse feriado e, no próximo domingo, já estarei em Porto Alegre para participar de outra maratona. Estou feliz e espero alcançar melhores resultados. Posso dizer, com convicção, que ser atleta mudou a minha vida", complementou.
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Eduardo Fernandes
Repórter JrJornalista formado pela Universidade Paulista, estou no Correio Braziliense há dois anos. Antes, na Editoria de Cidades, agora, como Repórter da Revista do Correio.

Carlos Silva
RepórterFormado em Jornalismo na Universidade de Brasília (UnB). É repórter na editoria de Cidades do Correio Braziliense. Tem interesse em jornalismo de dados e temas ligados à segurança pública.