
Uma organização criminosa familiar que, segundo a Polícia Civil do DF, movimentou R$ 90,5 milhões por meio de agiotagem e lavagem de dinheiro nos últimos cinco anos, se tornou alvo da operação Gold Fly. Ao todo foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Brazlândia e Niquelândia (GO), além do bloqueio judicial de 38 imóveis. A ação foi realizada nesta quinta-feira (24/4).
A operação, coordenada pela 18ª Delegacia de Polícia, é considerada a maior já feita pela PCDF com bloqueio de imóveis em ações contra a agiotagem no DF. Entre os bens tornados indisponíveis estão apartamentos localizados na Asa Sul e Asa Norte, no Setor Hoteleiro Norte, em Águas Claras, em Taguatinga, em Samambaia, em Brazlândia e em Águas Lindas de Goiás. Duas propriedades rurais também foram alvo da decisão judicial.
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Segundo a PCDF, o esquema criminoso é comandado por um homem que atua como agiota há mais de 10 anos. Para esconder a origem dos recursos, ele utilizava contas bancárias, empresas de fachada e imóveis em nome de familiares. Os investigadores apontam que o líder da quadrilha cobrava juros de 6% a 10% ao mês e exigia como garantia procuração com plenos poderes sobre imóveis e veículos das vítimas.
A Operação Gold Fly é um desdobramento da Operação Old West, realizada em dezembro de 2023. Na época, foram cumpridos mandados relacionados à lavagem de dinheiro. Na casa do principal investigado, os policiais encontraram cheques de terceiros que somavam R$ 3,5 milhões, além de registros da cobrança de juros abusivos.