Violência

Mulheres quebram portas de hospital infantil após demora no atendimento

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que istra o Hospital Regional de Santa Maria, afirma que a equipe da unidade está completa, porém, o hospital encontra-se com superlotação

Por meio de nota, o Iges-DF afirmou que a unidade está enfrentando superlotação -  (crédito: PMDF)
Por meio de nota, o Iges-DF afirmou que a unidade está enfrentando superlotação - (crédito: PMDF)

Após a demora no atendimento no pronto-socorro infantil (PSI) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), algumas mulheres começaram a bater, com pedaços de madeira, na porta dos consultórios da unidade médica, chegando a danificar as estruturas. 

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A situação foi gravada em vídeo, que circulou nas redes sociais e dividiu opiniões, com alguns internautas defendendo o ato, enquanto outros condenavam e chamavam de vandalismo. 

Procurado pelo Correio, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que é responsável pelo hospital, afirmou ter conhecimento do ocorrido e ressaltou que a equipe está completa na unidade, porém que o serviço opera, neste momento, com lotação acima da capacidade. "O IgesDF reforça que atitudes como essa não contribuem para a solução dos problemas, geram tumulto e aumentam a pressão sobre os profissionais de saúde. A gestão do hospital segue empenhada em discutir e implementar melhorias para reduzir o tempo de espera e otimizar o atendimento aos pacientes", ponderou o órgão, que disse ter acionado a PMDF. 

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) confirmou ter atendido à ocorrência e contou que, ao chegar ao local, os militares orientaram os presentes a se acalmarem e que a situação foi contida. Porém, de acordo com o órgão, logo após a saída da equipe, teve início um episódio de depredação no hospital. "A PMDF foi novamente acionada, sendo informada de que três indivíduos estavam chutando portas, quebrando objetos e ameaçando vigilantes e servidores da unidade de saúde", afirmou a polícia, que relatou que, até o momento, os responsáveis pelos danos não foram identificados. 

Leia a nota do Iges-DF na íntegra: 

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) informa que no início da tarde desta sexta-feira (23), em virtude da superlotação, no pronto-socorro infantil (PSI) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o atendimento precisou ser . Os pacientes classificados com pulseiras laranja e vermelha estavam sendo atendidos. A decisão gerou insatisfação entre alguns acompanhantes. Duas mulheres invadiram a unidade portando galhos, depredaram parte da estrutura, deixando colaboradores e, principalmente, quem aguardava atendimento, apreensivos.

A Polícia Militar foi acionada e compareceu, auxiliando no controle da situação e no restabelecimento dos atendimentos. Esclarecemos que, embora a equipe assistencial, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipe multiprofissional, esteja completa na unidade, o serviço opera, neste momento, com lotação acima da capacidade.

Destacamos que, mesmo diante da situação, os vigilantes atuaram de forma correta e responsável, priorizando a segurança de todos e evitando qualquer confronto que pudesse colocar em risco as crianças e os demais acompanhantes presentes, que aguardavam atendimento de forma pacífica.
Ressaltamos que o HRSM é a única unidade de referência em pediatria na região sul do Distrito Federal e tem garantido assistência contínua às crianças, mesmo neste período de alta demanda ocasionada pela sazonalidade das doenças respiratórias.

O IgesDF reforça que atitudes como essa não contribuem para a solução dos problemas, geram tumulto e aumentam a pressão sobre os profissionais de saúde. A gestão do hospital segue empenhada em discutir e implementar melhorias para reduzir o tempo de espera e otimizar o atendimento aos pacientes.

postado em 23/05/2025 19:32 / atualizado em 23/05/2025 20:07
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