Educação

'Nossa greve só termina por decisão da categoria', afirma Sinpro

Após a decisão do TJDFT que determina a suspensão de greve de professores da rede pública de ensino, o Sinpro reafirmou a que o movimento só vai acabar por decisão em assembleia

Professores da rede pública decidem entrar em greve -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
Professores da rede pública decidem entrar em greve - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

Após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) declarar a greve dos professores da rede pública do DF como abusiva, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) reafirmou a continuidade do movimento, que está previsto para começar na próxima segunda-feira (2/6). “Nossa greve só termina por decisão da nossa categoria em assembleia!”, destacou o sindicato, em nota divulgada na noite de quinta-feira (29/5).

A decisão da 1ª Câmara Cível do TJDFT, proferida pela desembargadora Lucimeire Maria da Silva, determina que o sindicato adote providências para suspender a paralisação. Em caso de descumprimento, o Sinpro poderá ser multado em R$ 1 milhão por dia. A Justiça também autorizou o corte de ponto dos professores que aderirem à greve.

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O GDF alegou que a paralisação tem caráter exclusivamente financeiro e classificou o movimento como “desproporcional”, por ter sido deflagrado sem o esgotamento das negociações. Segundo o governo, já há reajuste salarial aprovado para a categoria, com aplicação prevista para 1º de julho de 2025, conforme estabelece a Lei Distrital nº 7.253/2023. Além disso, o Executivo distrital argumentou que os gastos do DF estão acima do teto fiscal, o que inviabilizaria novas concessões.

Na nota oficial, o Sinpro havia rebatido os argumentos do governo e da Justiça. A entidade sindical defendeu que a greve é um direito legítimo, utilizado como último recurso diante do que considera descaso do GDF com a educação pública. “A Educação está abandonada por esse governo!”, pontuou o sindicato, que cobra a reestruturação do plano de carreira, melhores condições de trabalho e a nomeação de todos os aprovados no concurso público vigente — com validade até o dia 27 de fevereiro de 2026.

A entidade também denuncia a ausência de rees regulares ao INSS para os profissionais contratados em regime temporário, o que, segundo o sindicato, impede cerca de 17 mil docentes de tirarem atestados médicos superiores a 15 dias. “Desde o início do ano aguardamos uma posição deste GDF. Foram realizadas assembleias com a categoria e inúmeras tentativas de negociação. Mas a resposta sempre foi ‘não’”, afirmou o sindicato.

 

postado em 30/05/2025 10:30
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