Chapéu, bota e calça jeans. Esses itens sempre estiveram no vestuário de Camilly Vitória, de 19 anos. "Desde pequena, gosto muito de fazenda. Meu avô trabalhou com isso, então, sempre foi do meu interesse. Por isso, esse estilo de roupas me faz sentir bem", conta Camilly, que compra suas peças em lojas especializadas da capital. Na AgroBrasília com amigos da faculdade de agronomia, a universitária estava com o traje perfeito para o local. A tradicional feira do Distrito Federal conta com um público que realmente vive e veste o campo seja porque vive a realidade seja porque aprecia o modo inconfundível de se vestir. O Correio esteve no evento para conferir.
A moda country une conforto e estilo. Para muitos, é mais do que roupas e órios, é uma expressão da paixão pelo que se faz. Mas também é uma forma de estar confortável e se sentir bem com um vestuário que pode ser usado na fazenda e no shopping — por que não?
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"Nossas peças são um estilo 'a roça venceu', com produtos 100% couro, que atende a cidade e o campo", conta Mariehly Machado, 45, que, com a irmã, Francihely, 37, criou a marca Maria Botina há seis anos. "Nosso diferencial são as botinas coloridas. Quando quis criar uma botina rosa, devem ter me achado maluca. Isso tudo foi antes do filme da Barbie. Hoje em dia, se não tenho essa peça, deixo de vender", comemorou a empresária country.
A marca nasceu quando o pai de Marihely e Francihely, que é fazendeiro em Unaí (MG), precisou de um calçado novo. "Meu pai tem 70 anos e é do agro, do campo. Eu e minha irmã fomos atrás de botinas novas para ele, de qualidade, e não encontramos. Falei 'já sei o que nós vamos vender!' Hoje nós temos quatro lojas, estamos chegando em Goiás e vamos alcançar o Brasil todo", frisou Francihely.
Cliente da Maria Botina desde o início, Gláucia Pereira, 36, trabalha como gerente de agronegócios e, por isso, costuma visitar muitas fazendas. Ao se render às botinas, aderiu ao estilo agro e, com as peças da loja, ou a usar dentro e fora do campo. "Com a Maria Botina, eu ei a usar esses sapatos no dia a dia, porque dá para estar em eventos e são de um material extremamente confortável. Eu me sinto bem vestida", disse a gerente. "As meninas trouxeram várias cores, com estampas diferentes e que se encaixam em qualquer ocasião. Não preciso trocar de sapato do trabalho no campo para outro evento, mais arrumado", completou.
Para todos os gêneros 6p723i
Ao caminhar pela AgroBrasília, o Correio encontrou outro espaço que chama a atenção de quem busca dar um up no visual. Rodolfo Sisto é gerente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) e cuida da loja da AgroBrasília desde o início da feira. "Aqui é muito movimentado, vendemos, em média, R$ 20 mil por dia, mas nos dias finais, a tendência é vender bem mais", conta. Segundo ele, entre os itens mais procurados estão as botas e chapéus, além dos canivetes, que são utilitários e estilosos nas calças dos fazendeiros.
"Tudo é 100% couro legítimo, um material que tem uma durabilidade incrível, além da beleza. O couro tem dois tipos, o nobuck e o couro tratado", contou. "Enquanto o couro nobuck é mais camursado e até mais umedecido, o tratado é pintado, permite que seja lustrado, por exemplo e é mais brilhoso", explicou.
Para Rodolfo, a moda agro é para todos os gêneros. "Temos hoje, aqui, homens e mulheres na mesma quantidade. Tem gente que prefere algo mais clássico e discreto, outros optam pelas peças com mais detalhes e mais enfeites. Mas o estilo das peças atrai a todos, independentemente de trabalhar ou não no meio", disse.
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