O Tribunal do Júri do Distrito Federal condenou Laryssa Yasmin Pires de Moraes a 28 anos, um mês e quinze dias de reclusão pelo homicídio qualificado da filha, Júlia Félix de Moraes, de apenas dois anos. Conforme o processo, a mulher desferiu diversos golpes de faca contra a criança enquanto ela dormia. Segundo a Justiça, a condenada utilizou-se de meio cruel e dificultou qualquer possibilidade de defesa da vítima.
O assassinato da pequena Júlia ocorreu na manhã de 13 de fevereiro de 2020, em Vicente Pires. A mãe da menina, então com 21 anos, confessou o homicídio.
Laryssa também foi sentenciada a três meses de detenção por lesão corporal contra seu ex-companheiro e pai da criança. A pena será cumprida em regime inicial fechado, e a prisão imediata da condenada foi decretada.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
O homicídio foi qualificado por motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio, visto que se tratou de um crime em ambiente doméstico. A pena foi agravada por ter sido cometido contra uma menor de 14 anos e na presença do pai da criança.
O Conselho de Sentença também considerou que o crime foi motivado por razões torpes, ligadas à disputa pela guarda da criança. Além disso, a ré tentou alterar a cena do crime, modificando a posição de objetos e ocultando evidências na tentativa de dificultar a investigação policial.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) sustentou a tese de acusação de forma integral, a qual foi aceita pelos jurados. A condenação reconheceu a materialidade e autoria dos delitos, além das qualificadoras e causas de aumento de pena que evidenciam a brutalidade do crime.
*Com informações do MPDFT