{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/ciencia-e-saude/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/ciencia-e-saude/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/ciencia-e-saude/", "name": "Ciência e Saúde", "description": "Fique por dentro sobre as últimas novidades, pesquisas e análises ", "url": "/ciencia-e-saude/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/ciencia-e-saude/2024/04/6845373-mudancas-na-forma-de-plantio-colocam-animais-e-plantas-em-risco.html", "name": "Mudanças na forma de plantio colocam animais e plantas em risco", "headline": "Mudanças na forma de plantio colocam animais e plantas em risco", "description": "", "alternateName": "Meio ambiente ", "alternativeHeadline": "Meio ambiente ", "datePublished": "2024-04-26T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">A biodiversidade global pode ter diminuído entre 2% e 11% ao longo do século 20, devido, principalmente, às mudanças no uso da terra. É o que aponta um grande estudo publicado na Science. O trabalho, liderado pelo Centro Alemão de Pesquisa Integrativa da Biodiversidade (iDiv) e pela Universidade Martin Luther Halle-Wittenberg (MLU), aponta a mudança climática como a maior ameaça deste século para a fauna e a flora.</p> <ul> <li><a href="/ciencia-e-saude/2024/04/6843737-estudo-mostra-eficacia-da-bariatrica-no-controle-da-hipertensao-a-longo-prazo.html"><strong>Estudo mostra eficácia da bariátrica no controle da hipertensão a longo prazo</strong></a></li> <li><a href="/ciencia-e-saude/2024/04/6842994-jejum-intermitente-nao-e-a-opcao-ideal-para-reducao-de-peso-constata-estudo.html"><strong>Jejum intermitente não é a opção ideal para redução de peso, constata estudo</strong></a></li> </ul> <p class="texto">Para a pesquisa, a equipe comparou 13 modelos para avaliar o impacto das modificações na utilização da terra e das alterações climáticas em várias métricas de biodiversidade.</p> <p class="texto">"O objetivo dos cenários de longo prazo não é prever o que vai acontecer", afirmou, em nota, a coautora Inês Martins, da Universidade de York, no Reino Unido. "Em vez disso, trata-se de compreender as alternativas e, portanto, evitar essas trajetórias, que podem ser menos desejáveis, e selecionar aquelas que têm resultados positivos. As trajetórias dependem das políticas que escolhemos e essas decisões são tomadas dia após dia."</p> <p class="texto">O estudo revela ainda um aumento expressivo nos serviços ecossistêmicos, tal qual produção de alimentos e madeira, ao longo do último século. No entanto, a regulação dessas atividades, como polinização e sequestro de carbono, diminuiu de maneira moderada.</p> <p class="texto">Projeções para o futuro indicam que as mudanças climáticas se tornarão um fator predominante na perda de biodiversidade no século 21, colocando uma pressão adicional sobre a variedade da fauna e da flora ao redor do mundo e nos serviços ecossistêmicos. Mesmo os cenários mais sustentáveis avaliados no estudo não implementam todas as políticas necessárias para proteger a biodiversidade, destacando a necessidade de esforços renovados para lidar com esse desafio global.</p> <p class="texto">Reuber Brandão, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor de Manejo da Fauna e Áreas Silvestres da Universidade de Brasília (UnB) alerta que medidas para minimizar impactos das mudanças climáticas já deveriam ser praticadas, como a recuperação de áreas degradadas. "Temos vastas regiões degradadas em todos os locais do planeta. Essas áreas podem ser recuperadas e voltar a acumular carbono com o crescimento da vegetação, e gerar serviços ecossistêmicos com o retorno da biodiversidade. Além de ajudar a incorporar mais água no solo.</p> <h3>Tensão</h3> <p class="texto">Para o especialista, há uma tensão crescente sobre espécies e ecossistemas mais sensíveis. "No ado, o clima na Terra mudou várias vezes. Durante esse processo era possível que organismos migrassem de uma região que perdeu a qualidade climática, para outra melhor. Atualmente, isso é impossível, principalmente pela perda de habitat. Animais e sementes não conseguem mais sair de uma região para outras."</p> <p class="texto">As modelagens utilizadas pelos cientistas não apenas fornecem uma compreensão abrangente das tendências da biodiversidade, mas ajudam a identificar políticas eficazes para proteger o meio ambiente.</p> <p class="texto">Karina Lima, doutoranda em climatologia e divulgadora científica, ressalta que a crise climática é uma questão transversal que atravessa todas as outras áreas, incluindo, sobretudo, saúde, economia, segurança alimentar, além da biodiversidade. "Cada décimo de grau a mais no aquecimento global nos empurra para novos problemas. Limitar o aquecimento conforme a meta do Acordo de Paris não elimina os riscos. Trata-se de conter os impactos o máximo possível."</p> <p class="texto">"Ao incluir todas as regiões do mundo no nosso modelo, conseguimos preencher muitos pontos cegos e responder às críticas de outras abordagens que trabalham com dados fragmentados e potencialmente tendenciosos", reforçou o autor principal, Henrique Pereira, chefe do grupo de investigação do iDiv e MLU. "Toda abordagem tem seus altos e baixos. Acreditamos que nossa abordagem de modelagem fornece a estimativa mais abrangente das tendências da biodiversidade em todo o mundo", acrescentou. </p> <p class="texto">Marcia Marques, membro da RECN e professora de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pondera que os esforços para reverter perdas de biodiversidade poderão ser inúteis se o aquecimento não for controlado. Precisamos pensar na perda da biodiversidade associada ao aquecimento global, essas duas questões caminham lado a lado. Mesmo se pensarmos em políticas de adaptação, a medida que teria maiores efeitos, de forma imediata, é a redução das emissões de gases do efeito estufa."</p> <h3>Ecossistemas</h3> <p class="texto">Serviços ecossistêmicos são benefícios diretos e indiretos que os ecossistemas fornecem aos seres humanos e a outros organismos.</p> <h3>Numerosos exemplos</h3> <p class="texto">"Vários estudos têm apontado uma preocupante tendência de perda de biodiversidade no planeta. São várias causas, mas a mudança do clima tem um peso importante, especialmente em alguns grupos e regiões. Os corais, por exemplo, têm sido bastante impactados pelo aumento da temperatura dos oceanos, que resulta no seu branqueamento e aumento de mortalidade. No Brasil, a associação entre a conversão dos habitats e os efeitos das mudanças climáticas têm impactado a fauna e a flora de forma cada vez mais intensa. Exemplos não faltam, como as queimadas completamente fora de controle em Roraima no início do ano e o episódio de mortalidade dos botos da Amazônia, no ano ado, quando o bioma ou por sua pior seca dos últimos 120 anos."</p> <p class="texto">Mariana Napolitano, gerente de Estratégia do WWF-Brasil</p> <h3>Avanços acanhados</h3> <p class="texto">Uma meta-análise global de 186 estudos, revelou que iniciativas de conservação têm impactos positivos significativos na biodiversidade, porém insuficientes, especialmente medidas direcionadas a espécies e ecossistemas. Conforme a pesquisa, liderada pela Arizona State University, nos Estados Unidos, embora bilhões de dólares sejam investidos anualmente em ações para combater a degradação do meio ambiente, muitas metas internacionais ainda não foram alcançadas.</p> <p class="texto">Os resultados do ensaio, publicados, ontem, na revista Science, destacam a necessidade de uma avaliação criteriosa das políticas de conservação e de uma análise sobre como essas intervenções contribuem para os objetivos em comparação a cenários sem intervenção. A meta-análise liderada por Penny Langhammer e sua equipe mostrou que em cerca de dois terços dos casos, as iniciativas de conservação tiveram um efeito líquido positivo, melhorando ou pelo menos retardando o declínio da biodiversidade.</p> <p class="texto">Especificamente, as intervenções direcionadas a espécies e ecossistemas, como controle de animais invasores, restauração de habitat e gestão sustentável, foram identificadas como as mais eficazes, com impactos significativos.</p> <p class="texto">Porém, os pesquisadores ressaltam que, apesar do sucesso observado, é crucial ampliar substancialmente os esforços de conservação para reverter a crise global da biodiversidade, o que exigirá investimentos significativos em diversos setores da sociedade, além do tradicional setor de conservação.</p> <p class="texto"> <div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/politica/2024/04/6845506-stj-discute-em-audiencia-importacao-e-plantio-de-cannabis-medicinal.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/25/53677911857_382d7b294e_c-36514413.jpg?20240425191038" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>STJ discute em audiência importação e plantio de cannabis medicinal</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/04/6845504-filho-do-almirante-negro-rebate-comandante-da-marinha-volta-da-ditadura.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/25/marinha-36513966.jpg?20240425190926" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Filho do "Almirante Negro" rebate comandante da Marinha: "Volta da ditadura"</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/revista-do-correio/2024/04/6845496-confira-sete-brinquedos-perigosos-para-cachorro.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/25/cachorro_brinquedos-36513727.jpg?20240425190019" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Revista do Correio</strong> <span>Confira sete brinquedos perigosos para cachorro</span> </div> </a> </li> </ul> </div><br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/25/1200x801/1_2017_gru__nes_getreidefeld_deutschland_gpeer-36508115.jpg?20240425173950?20240425173950", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/25/1000x1000/1_2017_gru__nes_getreidefeld_deutschland_gpeer-36508115.jpg?20240425173950?20240425173950", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/25/800x600/1_2017_gru__nes_getreidefeld_deutschland_gpeer-36508115.jpg?20240425173950?20240425173950" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Isabella Almeida", "url": "/autor?termo=isabella-almeida" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 501165

Mudanças na forma de plantio colocam animais e plantas em risco 141816
Meio ambiente

Mudanças na forma de plantio colocam animais e plantas em risco 1555p

Mudanças na forma de plantio põem em risco a fauna e a flora do planeta. Pesquisadores concluíram que houve redução de 2% a 11% na biodiversidade ao longo do século 20 563965

A biodiversidade global pode ter diminuído entre 2% e 11% ao longo do século 20, devido, principalmente, às mudanças no uso da terra. É o que aponta um grande estudo publicado na Science. O trabalho, liderado pelo Centro Alemão de Pesquisa Integrativa da Biodiversidade (iDiv) e pela Universidade Martin Luther Halle-Wittenberg (MLU), aponta a mudança climática como a maior ameaça deste século para a fauna e a flora.

Para a pesquisa, a equipe comparou 13 modelos para avaliar o impacto das modificações na utilização da terra e das alterações climáticas em várias métricas de biodiversidade.

"O objetivo dos cenários de longo prazo não é prever o que vai acontecer", afirmou, em nota, a coautora Inês Martins, da Universidade de York, no Reino Unido. "Em vez disso, trata-se de compreender as alternativas e, portanto, evitar essas trajetórias, que podem ser menos desejáveis, e selecionar aquelas que têm resultados positivos. As trajetórias dependem das políticas que escolhemos e essas decisões são tomadas dia após dia."

O estudo revela ainda um aumento expressivo nos serviços ecossistêmicos, tal qual produção de alimentos e madeira, ao longo do último século. No entanto, a regulação dessas atividades, como polinização e sequestro de carbono, diminuiu de maneira moderada.

Projeções para o futuro indicam que as mudanças climáticas se tornarão um fator predominante na perda de biodiversidade no século 21, colocando uma pressão adicional sobre a variedade da fauna e da flora ao redor do mundo e nos serviços ecossistêmicos. Mesmo os cenários mais sustentáveis avaliados no estudo não implementam todas as políticas necessárias para proteger a biodiversidade, destacando a necessidade de esforços renovados para lidar com esse desafio global.

Reuber Brandão, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor de Manejo da Fauna e Áreas Silvestres da Universidade de Brasília (UnB) alerta que medidas para minimizar impactos das mudanças climáticas já deveriam ser praticadas, como a recuperação de áreas degradadas. "Temos vastas regiões degradadas em todos os locais do planeta. Essas áreas podem ser recuperadas e voltar a acumular carbono com o crescimento da vegetação, e gerar serviços ecossistêmicos com o retorno da biodiversidade. Além de ajudar a incorporar mais água no solo.

Tensão 5y6e2s

Para o especialista, há uma tensão crescente sobre espécies e ecossistemas mais sensíveis. "No ado, o clima na Terra mudou várias vezes. Durante esse processo era possível que organismos migrassem de uma região que perdeu a qualidade climática, para outra melhor. Atualmente, isso é impossível, principalmente pela perda de habitat. Animais e sementes não conseguem mais sair de uma região para outras."

As modelagens utilizadas pelos cientistas não apenas fornecem uma compreensão abrangente das tendências da biodiversidade, mas ajudam a identificar políticas eficazes para proteger o meio ambiente.

Karina Lima, doutoranda em climatologia e divulgadora científica, ressalta que a crise climática é uma questão transversal que atravessa todas as outras áreas, incluindo, sobretudo, saúde, economia, segurança alimentar, além da biodiversidade. "Cada décimo de grau a mais no aquecimento global nos empurra para novos problemas. Limitar o aquecimento conforme a meta do Acordo de Paris não elimina os riscos. Trata-se de conter os impactos o máximo possível."

"Ao incluir todas as regiões do mundo no nosso modelo, conseguimos preencher muitos pontos cegos e responder às críticas de outras abordagens que trabalham com dados fragmentados e potencialmente tendenciosos", reforçou o autor principal, Henrique Pereira, chefe do grupo de investigação do iDiv e MLU. "Toda abordagem tem seus altos e baixos. Acreditamos que nossa abordagem de modelagem fornece a estimativa mais abrangente das tendências da biodiversidade em todo o mundo", acrescentou. 

Marcia Marques, membro da RECN e professora de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pondera que os esforços para reverter perdas de biodiversidade poderão ser inúteis se o aquecimento não for controlado. Precisamos pensar na perda da biodiversidade associada ao aquecimento global, essas duas questões caminham lado a lado. Mesmo se pensarmos em políticas de adaptação, a medida que teria maiores efeitos, de forma imediata, é a redução das emissões de gases do efeito estufa."

Ecossistemas 696ca

Serviços ecossistêmicos são benefícios diretos e indiretos que os ecossistemas fornecem aos seres humanos e a outros organismos.

Numerosos exemplos 243qx

"Vários estudos têm apontado uma preocupante tendência de perda de biodiversidade no planeta. São várias causas, mas a mudança do clima tem um peso importante, especialmente em alguns grupos e regiões. Os corais, por exemplo, têm sido bastante impactados pelo aumento da temperatura dos oceanos, que resulta no seu branqueamento e aumento de mortalidade. No Brasil, a associação entre a conversão dos habitats e os efeitos das mudanças climáticas têm impactado a fauna e a flora de forma cada vez mais intensa. Exemplos não faltam, como as queimadas completamente fora de controle em Roraima no início do ano e o episódio de mortalidade dos botos da Amazônia, no ano ado, quando o bioma ou por sua pior seca dos últimos 120 anos."

Mariana Napolitano, gerente de Estratégia do WWF-Brasil

Avanços acanhados 6ap34

Uma meta-análise global de 186 estudos, revelou que iniciativas de conservação têm impactos positivos significativos na biodiversidade, porém insuficientes, especialmente medidas direcionadas a espécies e ecossistemas. Conforme a pesquisa, liderada pela Arizona State University, nos Estados Unidos, embora bilhões de dólares sejam investidos anualmente em ações para combater a degradação do meio ambiente, muitas metas internacionais ainda não foram alcançadas.

Os resultados do ensaio, publicados, ontem, na revista Science, destacam a necessidade de uma avaliação criteriosa das políticas de conservação e de uma análise sobre como essas intervenções contribuem para os objetivos em comparação a cenários sem intervenção. A meta-análise liderada por Penny Langhammer e sua equipe mostrou que em cerca de dois terços dos casos, as iniciativas de conservação tiveram um efeito líquido positivo, melhorando ou pelo menos retardando o declínio da biodiversidade.

Especificamente, as intervenções direcionadas a espécies e ecossistemas, como controle de animais invasores, restauração de habitat e gestão sustentável, foram identificadas como as mais eficazes, com impactos significativos.

Porém, os pesquisadores ressaltam que, apesar do sucesso observado, é crucial ampliar substancialmente os esforços de conservação para reverter a crise global da biodiversidade, o que exigirá investimentos significativos em diversos setores da sociedade, além do tradicional setor de conservação.

 


Mais Lidas 72595f