
O urubu-de-cabeça-vermelha, encontrado do sul do Canadá até o extremo sul da América do Sul, conta com fortes habilidades de sobrevivência. A ave usa vômito de ácido gástrico para afastar predadores, e as fezes, usadas como um método de resfriamento corporal e para se livrar de bactérias, ou seja, como um antisséptico.
Com o comprimento entre 62 e 81 centímetros e as asas podendo chegar a 1,82 metro de envergadura, as aves dessa espécie sofrem com ameaças de pássaros maiores, como águias, falcões e corujas. Como forma de proteção, os urubus-de-cabeça-vermelha podem vomitar ácido gástrico a uma distância de até 3 metros.
De acordo com o portal Live Sciense, esse ácido é 100 vezes mais forte que o encontrado em estômagos humanos — fazendo com que seja tão forte quanto o ácido de bateria —, ajudando esses pássaros a neutralizar as toxinas das carnes em decomposição. Ao ser vomitado, o jato de ácido gástrico do urubu-de-cabeça-vermelha serve para distrair e deter os predadores, com a capacidade de queimar a pele e os olhos de ameaças.
Ao regurgitarem o ácido, essas aves também têm o peso reduzido, permitindo com que consigam voar para longe dos predadores de maneira mais fácil.
Os urubus-de-cabeça-vermelha utilizam a urina e as fezes para manter os pés refrescados em climas quentes e eliminar bactérias das pernas, contraídas após terem pisado em carcaças. Isso é possível por conta das propriedades antissépticas dos sucos digestivos.
Outra habilidade destacada é o olfato. Essas aves conseguem detectar os gases emitidos pela decomposição de animais mortos ainda que estejam voando, capacidade que poucos pássaros têm.
Os urubus-de-cabeça-vermelha não têm a siringe (o órgão que emite o som dos pássaros), ainda que sejam sociais e vivam em grupos. Isso significa que elas não tem canto, se comunicando através de grunhidos e assobios.
*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes