Gastronomia

Carne para todos os gostos: veja onde comer picadinhos, risotos e mais

À milanesa, parmegiana ou nos picadinhos: a carne é a estrela de pratos que são destaque nos restaurantes da cidade

Recém-inaugurado, o Bifeteria resgata as tradições gastronômicas do Sul do país -  (crédito:  Pedro Santana / CB)
Recém-inaugurado, o Bifeteria resgata as tradições gastronômicas do Sul do país - (crédito: Pedro Santana / CB)

Extremamente versátil, a carne pode ser preparada de diversas formas, seja ela à milanesa, com a crosta dourada e crocante, ou à parmegiana, coberta por queijo derretido e molho de tomate. Ela se destaca nos risotos, adicionando um sabor a mais no arroz cremoso da receita, e também é responsável por pratos tradicionais da culinária brasileira, como o picadinho. Seja em preparações simples ou sofisticadas, a proteína torna qualquer prato em uma refeição saborosa, agradando os mais diferentes paladares.

"Sem dúvida, as carnes são fantásticas para diversos preparos, além de formas incontáveis de cocção", afirma Thales Furtado, sócio do Gordeixos. "A variedade de cortes e tipos dão aos chefs uma gama de preparos que trazem sabores e texturas característicos, ressaltando dentro de cada técnica o melhor do corte escolhido", ressalta.

Em Brasília, restaurantes que têm a carne como estrela da maioria dos pratos se inspiram nas culinárias de países vizinhos, norte-americanos ou até mesmo, na comida regional, de estados brasileiros.

Comida regional

Inaugurada há menos de dois meses na 103 Norte, a Bifeteria surgiu da vontade do proprietário Fabrício de Filippis de trazer para a capital federal a gastronomia da cidade em que nasceu, Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. “É a culinária do bife na chapa, da polenta frita, da maionese de batata caseira”, exemplifica. “É uma comida bem regional. Não é tão famosa como o galeto e o churrasco, mas é muito apreciada”, garante.

O bife bauru, que leva presunto, queijo, molho de tomate e molho de ervas é o carro-chefe da casa, nas opções coxão (R$ 65 — 200g) e filé mignon (R$ 85 — 200g). “A nossa comida é aquela de almoço italiano, bem farta”, garante Fabrício. Também há opções das carnes de 400g e 800g: “Uma parmegiana finalizada, por exemplo, pode chegar a 1,2kg”. O coxão à parmegiana sai por R$ 65, enquanto o filé mignon custa R$ 88.

Os bifes com molho, como parmegiana e bauru, harmonizam bem com vinhos cabernet, segundo Fabrício. Os rótulos variam entre R$ 58 e R$ 87. Outra indicação são as cervejas — no menu, estão disponíveis nas marcas Eisenbahn (R$ 10) e Heineken (R$ 12), no tamanho long neck.

Tradição na cidade

Negócio familiar de mais de 38 anos, o Gordeixos é uma das marcas mais tradicionais de Brasília, servindo desde 1986 pizzas, massas e carnes em pratos inspirados pela culinária italiana. “O grande diferencial da casa é servir uma ONDE COMER? comida deliciosa, farta e com receitas artesanais, entregando uma verdadeira cozinha de família”, afirma o sócio Thales Furtado.

O carro-chefe da casa é a parmegiana (de R$ 42 a R$ 237, a depender do tamanho), que, além das opções de filé mignon e peito de frango, podem ser feitas com peixe, porco, carne de sol, berinjela e abobrinha. O prato pode ser acompanhado por duas guarnições, entre arroz, batata e legumes, ou por uma massa e um molho.

Escolha certa

Localizado na 201 Sul, o Ticiana Werner, restaurante comandado pela chef que dá nome à casa, é conhecido pela especialidade em risotos. São 10 sabores servidos à la carte, com destaque para o de filé e funghi (R$ 68), delicadamente temperado com ervas aromáticas e finalizado com uma crocante farofa de bacon.

Em meio a 200 rótulos que fazem parte da adega do estabelecimento, a indicação para harmonização é o vinho Casa Donoso Bourbon Barrel Aged Red Blend (R$ 148). Para além dos risotos, outro destaque da casa é o medalhão au poivre vert (R$ 85), filé mignon grelhado ao molho madeira com pimenta verde, acompanhado por aligot de batata.

Culinária internacional

Especializado em parrilla, o restaurante Fuego, Alma e Vino traz no menu inspirações de culinárias da América do Sul, com pratos e cortes típicos da Argentina e do Uruguai, conhecidos pela tradição no churrasco. Importados in natura diretamente das terras hermanas, são destaque no cardápio o ojo de bife (R$ 192 — 500g), bife de chorizo (R$ 115 — 300g) e o bife ancho (R$ 192 — 500g).

Outras estrelas da casa são o assado de tira (R$ 149 — 500g) e o vacío (R$ 135 — 350g). Todos os cortes são assados na parrilla. Entre as opções de guarnições, as sugestões para acompanhar as carnes são o arroz parrillero (R$ 29,90), o papatasso (R$ 33), risoto de funghi (R$ 55) e legumes na parrila (R$ 36).

Simplicidade e sabor

Em funcionamento há mais de 30 anos, o Fred Restaurante é dono do picadinho mais popular da cidade. “O segredo dele está no molho, que demora de três a quatro dias para ficar pronto e serve de base para vários pratos do restaurante”, detalha a proprietária Ana Paula. “A gente trabalha apenas com filé e utilizamos a peça toda. Dela, fazemos o picadinho e as porções”, explica.

Filé mignon picado em ponta de faca, flambado e apurado em molho roti especial da casa, o prato  (R$ 109) leva tomate, cebola, pimentão, páprica picante, champignon e bacon, e é acompanhado por farofa de pão, banana à milanesa, ovos pochê e arroz branco. Apesar de ter como destaque um clássico da culinária brasileira, o Fred é especializado na gastronomia alemã. As sugestões de bebida para acompanhar o prato, portanto, são as europeias Strong Bitter (R$ 23), English IPA (R$ 30) e Belgian Blond Ale (R$ 25).

Churrasco ível

Com a proposta de trazer para o centro do país um churrasco mais ível, o chef Tonico Lichtsztejn inaugurou, três dias antes do lockdown da pandemia, o Superquadra Bar. Localizado na 404 Norte, a casa não tem divisão entre cliente e churrasqueiro, possibilitando que o público acompanhe o processo de preparo das carnes, em um clima intimista.

O carro-chefe do restaurante é a maminha assada e defumada (R$ 39 — 150g), que se destaca pela releitura da técnica norte-americana de defumação. “É um resgate da defumação brasileira, sem o exagero de tempero dos americanos e que outros lugares também usam. Usamos, então, a fumaça como ingrediente”, explica o chef.

Para acompanhar, o restaurante conta com cervejas das marcas Blue Moon (R$ 22,90) e Lagunitas (R$ 22,90), além das tradicionais Amstel (R$ 16,50 — 600ml), 600ml), Eisenbahn (R$ 17,50 — 600ml) e Stella Artois (R$ 13), e dos chopes Esplanada Lager (R$ 12 — 300ml) e Sessions Ipa (R$ 19 — 300ml).

Isabela Berrogain
postado em 31/01/2025 00:01 / atualizado em 31/01/2025 15:02
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