É possível redimir seus erros e se tornar uma boa pessoa? Thunderbolts* mostra que sim. O novo filme da Marvel, traz um grupo de anti-herois que supera as desavenças e salva o dia na falta dos clássicos Vingadores. O time reúne vilões conhecidos pelos fãs do Universo cinematográfico da Marvel, o MCU, agora representados como os mocinhos da história. Yelena Belova (Florence Pugh), John Walker (Wyatt Russell) e Ava Starr (Hannah John-Kamen) se encontram em uma armadilha organizada pela diretora da CIA, Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), que quer exterminar os agentes que trabalhavam para ela como uma forma de limpar sua ficha aos olhos do governo.
Presos em um bunker, eles encontram Bob (Lewis Pullman), um homem aparentemente inofensivo, mas que logo se revela um super humano manipulado por Valentina. Sentinela, um herói que parece ser indestrutível, é apresentado pela primeira vez no MCU ao lado de seu contraponto maligno, o vazio. O grupo se junta ao Soldado Invernal (Sebastian Stan), agora deputado Bucky Barnes, e a Alexei Shostakov (David Harbour), o pai adotivo de Natasha e Yelena, para derrotar o vilão que transformou a cidade e a população de Nova York em sombras.
Depois de algumas decepções do público com os filmes lançados, o MCU volta às origens com uma narrativa clichê do gênero herói, dessa vez realizada de uma forma que funciona. O humor agrega ao roteiro e não sai forçado. A dinâmica de personagens muito diferentes uns dos outros funciona bem na tela, efeito do roteiro e do elenco com bons nomes que não decepcionam e interpretam bem a virada de lado dos personagens, trazendo vulnerabilidade e profundidade para suas personalidades.
Até mesmo os poderes e a derrota do vilão envolvem temas sensíveis como o sentimento de vazio — uma possível alusão a depressão — e viaja por traumas, que todos os personagens precisam lidar para prosseguir em suas trajetórias. Yelena e Bob são os que mais interagem um com o outro, e desenvolvem um relacionamento legal de se assistir. O filme ainda deixa a mensagem de que não adianta guardar tudo para si, e compartilhar os problemas com outras pessoas, não os faz sumir mas os torna mais leves.
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Por mais que os personagens tenham dificuldade de entrar em acordo em qualquer assunto durante todo o longa, inclusive na hora de decidir o nome do grupo, o filme entrega o que propõe desde o início. Não inova o gênero, mas oferece CGI, cenas de luta e efeitos especiais bem feitos, humor e drama nos momentos ideais e nas medidas certas, e diverte o público da forma que filmes do tipo foram criados para fazer. Ele finaliza em uma boa nota com duas cenas pós-créditos que deixam o espectador ainda mais ansioso pelos lançamentos futuros da franquia.
Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco