{ "@context": "http://www.schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/economia/2023/04/5090364-campos-neto-em-debate-no-senado-juro-real-ja-foi-muito-mais-alto.html", "name": "Campos Neto em debate no Senado: juro real 'já foi muito mais alto'", "headline": "Campos Neto em debate no Senado: juro real 'já foi muito mais alto'", "alternateName": "Juros", "alternativeHeadline": "Juros", "datePublished": "2023-04-27-0311:55:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Em sessão temática do Senado Federal, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a defender a atual política monetária nesta quinta-feira (27/4). Segundo ele, a decisão tomada pelo órgão de manter a taxa Selic no patamar de 13,75% é “coletiva e técnica”, e o sistema de metas de inflação adotado pelo Brasil “funciona”. O chefe do BC afirmou ainda que o juro real no Brasil “já foi muito mais alto”.</p> <p class="texto">Conduzida pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a sessão do Senado debate a política atual de juros. Também estão presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que defendem a queda dos juros.</p> <p class="texto">“A gente tem um sistema de metas que funciona muito bem. Funcionou em todos os países. Já temos demonstrado como o sistema de metas faz a inflação cair rapidamente”, declarou Campos Neto em seu discurso. “Nós temos um sistema de meta de inflação que chega a 3% em 2024. É importante frisar inclusive que a meta é determinada pelo governo, e o Banco Central tem autonomia para executar”, acrescentou.</p> <ul> <li><a href="/economia/2023/04/5090361-nao-e-facil-tomar-medidas-impopulares-diz-haddad-em-debate-sobre-juros.html" target="_blank" rel="noopener noreferrer">"Não é fácil tomar medidas impopulares", diz Haddad em debate sobre juros</a></li> <li><a href="/politica/2023/04/5090349-com-haddad-e-campos-neto-pacheco-abre-sessao-do-senado-para-debater-juros.html" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Com Haddad e Campos Neto, Pacheco abre sessão do Senado para debater juros</a><br /></li> </ul> <h3>Decisão técnica</h3> <p class="texto">Sobre a decisão de manter a taxa de juros alta, principal ponto de conflito entre o Executivo e a autoridade monetária, Campos Neto frisou que a decisão é tomada de forma “técnica e coletiva”, durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que dura dois dias. O presidente do BC é o alvo prioritário do governo contra a taxa de juros, e vem sendo atacado por integrantes do Executivo e aliados desde o início do mandato. Integrantes do governo, como Haddad e Tebet, argumentam que o patamar atual leva a uma diminuição do consumo e emperra o desenvolvimento econômico.</p> <p class="texto">Ao final de seu discurso, Campos Neto justificou a decisão de manter a taxa de juros elevada. Ele citou que parte da decisão leva em conta questões estruturais, como uma baixa operação de credito, endividamento percebido alto e indicadores de risco. A outra parte, segundo ele, é ligada à política monetária.</p> <p class="texto">“É importante frisar que a gente tem um volume de crédito direcionado que é muito grande. É como se o Banco Central pisasse no freio, mas o freio tivesse menos potência”, explicou. “A gente tem 42% do crédito da economia que é direcionado, ou seja, que não está sob impacto direito do que o BC faz. A média no mundo emergente, para se ter uma ideia, é de 6%”, acrescentou.</p> <p class="texto"></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/04/27/1200x800/1_campos_neto_senado-27914789.jpeg?20230427115251?20230427115251", "@type": "ImageObject", "width": 1200, "height": 800 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Victor Correia", "url": "/autor?termo=victor-correia" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 24405w

Campos Neto em debate no Senado f2r1o juro real 'já foi muito mais alto'

Jornal Correio Braziliense t5d1w

Juros

Campos Neto em debate no Senado: juro real 'já foi muito mais alto' 1i5h6f

O presidente do Banco Central participa de debate no Senado Federal sobre a taxa de juros nesta quinta (27/4). Também estão presentes os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet tm3p

Em sessão temática do Senado Federal, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a defender a atual política monetária nesta quinta-feira (27/4). Segundo ele, a decisão tomada pelo órgão de manter a taxa Selic no patamar de 13,75% é “coletiva e técnica”, e o sistema de metas de inflação adotado pelo Brasil “funciona”. O chefe do BC afirmou ainda que o juro real no Brasil “já foi muito mais alto”.

Conduzida pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a sessão do Senado debate a política atual de juros. Também estão presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que defendem a queda dos juros.

“A gente tem um sistema de metas que funciona muito bem. Funcionou em todos os países. Já temos demonstrado como o sistema de metas faz a inflação cair rapidamente”, declarou Campos Neto em seu discurso. “Nós temos um sistema de meta de inflação que chega a 3% em 2024. É importante frisar inclusive que a meta é determinada pelo governo, e o Banco Central tem autonomia para executar”, acrescentou.

Decisão técnica m1l2d

Sobre a decisão de manter a taxa de juros alta, principal ponto de conflito entre o Executivo e a autoridade monetária, Campos Neto frisou que a decisão é tomada de forma “técnica e coletiva”, durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que dura dois dias. O presidente do BC é o alvo prioritário do governo contra a taxa de juros, e vem sendo atacado por integrantes do Executivo e aliados desde o início do mandato. Integrantes do governo, como Haddad e Tebet, argumentam que o patamar atual leva a uma diminuição do consumo e emperra o desenvolvimento econômico.

Ao final de seu discurso, Campos Neto justificou a decisão de manter a taxa de juros elevada. Ele citou que parte da decisão leva em conta questões estruturais, como uma baixa operação de credito, endividamento percebido alto e indicadores de risco. A outra parte, segundo ele, é ligada à política monetária.

“É importante frisar que a gente tem um volume de crédito direcionado que é muito grande. É como se o Banco Central pisasse no freio, mas o freio tivesse menos potência”, explicou. “A gente tem 42% do crédito da economia que é direcionado, ou seja, que não está sob impacto direito do que o BC faz. A média no mundo emergente, para se ter uma ideia, é de 6%”, acrescentou.