{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/economia/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/economia/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/economia/", "name": "Economia", "description": "Medidas econômicas, finanças, negócios estão em destaque no Correio Braziliense ", "url": "/economia/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/economia/2024/11/6986334-haddad-garante-finalizar-pacote-de-corte-de-gastos-ate-o-dia-14.html", "name": "Haddad garante finalizar pacote de corte de gastos até o dia 14", "headline": "Haddad garante finalizar pacote de corte de gastos até o dia 14", "description": "", "alternateName": "CONTAS PÚBLICAS ", "alternativeHeadline": "CONTAS PÚBLICAS ", "datePublished": "2024-11-12T03:59:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O esperado pacote fiscal entrou na terceira semana de discussões e continua sem uma data para ser anunciado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu, na noite de ontem, que o tamanho do corte está definido e delibere antes do feriado de sexta-feira (15). Segundo ele, houve reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no fim de semana, e haverá mais reuniões hoje e amanhã para ajustes e encaminhamentos.</p> <p class="texto">"É natural que haja o debate. Nós estamos vivendo numa democracia, felizmente, é natural que haja um debate. Nós estamos muito seguros do que estamos fazendo. É para o bem dos trabalhadores", disse.</p> <p class="texto">De acordo com o chefe da equipe econômica, as discussões com os ministros ocorreram também no fim de semana no Palácio do Alvorada. Hoje, ele deverá ter uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e, à tarde, voltará a se reunir com Lula para dar o encaminhamento final do pacote. Haddad afirmou que pretende concluir a decisão final até amanhã, e sinalizou o anúncio do pacote até quinta-feira (14).</p> <p class="texto">Hoje, o chefe do Executivo tem nova reunião com os ministros mais resistentes ao pacote: Luiz Marinho (Trabalho), Carlos Lupi (Previdência), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Nísia Trindade (Saúde), provavelmente para comunicar os cortes em cada pasta. No fim do dia, Lula ainda se reúne com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).</p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/politica/2024/11/6986328-lula-pediu-para-incluir-ministerio-em-corte-de-gastos-diz-haddad.html">Lula pediu para incluir ministério em corte de gastos, diz Haddad</a></strong></li> <li><strong>Leia também: <a href="/economia/2024/11/6985751-setor-publico-tem-deficit-primario-de-rs-7340-bi-em-setembro-aponta-bc.html">Setor público tem deficit primário de R$ 7,340 bi em setembro, aponta BC</a></strong></li> </ul> <p class="texto">A expectativa é de que a definição sobre o tamanho do corte de gastos seja apresentada antes quinta-feira, dia da viagem de Lula ao Rio Janeiro, onde ele presidirá a cúpula do G20 — grupo das 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana. O evento ocorrerá entre os feriados dos dias 15 e 20 deste mês.</p> <p class="texto">Haddad afirmou ainda que "houve ajustes e aperfeiçoamentos" no pacote que tornaram as medidas "mais compreensíveis e mais palatáveis". As medidas, que seriam divulgadas, a princípio, até a última sexta-feira (9), ainda enfrentam resistência de ministros de pastas ligadas à área social, além de críticas do PT, partido do presidente. Antes de o governo anunciar o pacote, ainda é necessário apresentar as medidas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conforme indicou a equipe econômica, já que o texto do ajuste será encaminhado ao Congresso em formato de Proposta de Emenda à Constituição (PEC).</p> <p class="texto">O adiamento do anúncio do pacote e incertezas quanto ao apoio de Lula às medidas têm gerado estresse sobre os ativos financeiros brasileiros. Em linha com o exterior, o dólar voltou a subir, encerrando o pregão de ontem em alta de 0,58%, cotado a R$ 5,769 para a venda. A moeda norte-americana chegou a oscilar acima dos R$ 5,80 pela manhã, mas desacelerou no restante do dia, com o foco dos investidores no desequilíbrio das contas públicas.</p> <p class="texto">A redução do Orçamento para despesas obrigatórias e as especulações por parte do mercado se tornaram alvo de críticas pelo PT, em manifesto assinado com outras 43 organizações e movimentos sociais. O documento, que divide opiniões entre parlamentares da legenda, reprova a "pressão exercida pelo capital financeiro e seus porta-vozes na mídia" na cobrança sobre as medidas de ajuste fiscal.</p> <p class="texto">Também assinam o documento o PDT, PSol e PCdoB, legendas que fazem parte da base histórica de Lula. "Querem cortar na carne da maioria do povo, avançando seu facão sobre conquistas históricas como o reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), o salário-desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), os pisos constitucionais da Saúde e da Educação", diz o texto, que se opõe à redução de recursos orçamentários para programas sociais.</p> <h3>Racha entre aliados</h3> <p class="texto">O deputado estadual paulista Emídio de Souza (PT), amigo pessoal de Lula, criticou a postura do partido. "O PT não pode ser oposição do governo", escreveu nas redes sociais. Em troca de mensagens com outros parlamentares da legenda, ele afirmou que a decisão de aderir ao manifesto foi tomada sem consulta interna aos filiados. Emídio disse ainda que a legenda "não pode fazer de conta que não é governo e nem desconhecer os claros limites do orçamento público". "Não é razoável que nossos dirigentes propaguem que as medidas que ora são debatidas no governo, são desnecessárias ou que seriam apenas caprichos do mercado", defendeu.</p> <p class="texto">Ao Correio, o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) itiu estar preocupado com o efeito que eventuais cortes na população em situação de vulnerabilidade. "Nós gostaríamos que não houvesse cortes (...) Não dá para dizer que o problema do país são os programas sociais", disse. "O governo do presidente Lula sempre mostrou um comprometimento com a área fiscal. Mas nós temos vários subsídios na agricultura, no setor econômico, e há gente que não paga tributo como o trabalhador paga", emendou o congressista. Ele afirmou que uma solução mais "justa" para as contas públicas seria avançar na taxação de grandes rendas.</p> <p class="texto">A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), retratou-se após a polêmica e afirmou que o endosso ao manifesto foi para sinalizar resistência às pressões do mercado e de setores da mídia. De acordo com sua equipe, a adesão do partido ao documento "não deve ser lida como crítica ao presidente da República". A parlamentar, no entanto, que já havia se manifestado contra o corte em entrevistas, disse que Lula "age muito bem, com cautela e muita responsabilidade, resistindo às pressões descabidas dos mercados e de seus porta-vozes na mídia".</p> <p class="texto">O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que confia nas decisões da equipe econômica e que espera que o PT apoie as medidas e que o partido precisa apoiar o governo "em qualquer situação". "O partido do governo tem de sustentar o governo em qualquer cenário", disse ele, durante apresentação do balanço financeiro da instituição. A instituição reportou um lucro de R$ 19 bilhões de janeiro a setembro — 31,4% acima do registrado no mesmo período de 2023. <em><strong>(Colaborou Israel Medeiros)</strong></em></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/economia/2024/11/6986288-efeito-trump-bitcoin-bate-uss-87-mil-e-segue-em-alta.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/06/063_2183216502-41407692.jpg?20241108222232" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Efeito Trump: Bitcoin bate US$ 87 mil e segue em alta </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/11/6986240-dolar-sobe-novamente-nesta-segunda-feira-11-com-mercado-a-espera-de-corte.html"> <amp-img src="http://newblogs.correiobraziliense.com.br/blog-da-rosana-hessel/wp-content/s/sites/5/2024/06/dolar.jpg?20241111184158" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Dólar sobe novamente nesta segunda-feira (11), com mercado à espera de corte</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/11/6985938-bets-fux-ressaltou-importancia-de-uma-decisao-judicial-participativa-e-plural.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/29/_ja_7547-41108621.webp?20241029175012" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Bets: Fux ressalta importância de uma decisão judicial participativa e plural</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/11/6985882-dolar-sobe-e-bolsa-cai-com-indefinicao-sobre-corte-de-gastos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/15/image_6483441__4_-35047089.jpg?20240429195515" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Dólar sobe e bolsa cai com indefinição sobre corte de gastos </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/11/6985774-bc-aperta-regras-para-que-instituicoes-possam-aderir-ao-pix.html"> <amp-img src="https://www.flipar.com.br/wp-content/s/2023/09/pix-e1729083518575.jpg?20241106172951" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>BC aperta regras para que instituições possam aderir ao Pix </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/11/6985714-boletim-focus-mercado-volta-a-subir-projecoes-para-inflacao-e-dolar-em-2024.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/09/090724mj_21-38806898.jpg?20241111154212" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Boletim Focus: mercado volta a subir projeções para inflação e dólar em 2024</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong> </p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/06/1200x801/1_photo_2024_11_06_20_10_09__1_-41415853.jpg?20241107012908?20241107012908", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/06/1000x1000/1_photo_2024_11_06_20_10_09__1_-41415853.jpg?20241107012908?20241107012908", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/06/800x600/1_photo_2024_11_06_20_10_09__1_-41415853.jpg?20241107012908?20241107012908" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Rafaela Gonçalves", "url": "/autor?termo=rafaela-goncalves" } , { "@type": "Person", "name": "Mayara Souto", "url": "/autor?termo=mayara-souto" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 5j6262

Haddad garante finalizar pacote de corte de gastos até o dia 14 15g6m
CONTAS PÚBLICAS

Haddad garante finalizar pacote de corte de gastos até o dia 14 6n6m21

Conjunto de medidas fiscais é aguardado pelo mercado, causa racha no PT e enfrenta resistência dentro do governo 6p423k

O esperado pacote fiscal entrou na terceira semana de discussões e continua sem uma data para ser anunciado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu, na noite de ontem, que o tamanho do corte está definido e delibere antes do feriado de sexta-feira (15). Segundo ele, houve reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no fim de semana, e haverá mais reuniões hoje e amanhã para ajustes e encaminhamentos.

"É natural que haja o debate. Nós estamos vivendo numa democracia, felizmente, é natural que haja um debate. Nós estamos muito seguros do que estamos fazendo. É para o bem dos trabalhadores", disse.

De acordo com o chefe da equipe econômica, as discussões com os ministros ocorreram também no fim de semana no Palácio do Alvorada. Hoje, ele deverá ter uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e, à tarde, voltará a se reunir com Lula para dar o encaminhamento final do pacote. Haddad afirmou que pretende concluir a decisão final até amanhã, e sinalizou o anúncio do pacote até quinta-feira (14).

Hoje, o chefe do Executivo tem nova reunião com os ministros mais resistentes ao pacote: Luiz Marinho (Trabalho), Carlos Lupi (Previdência), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Nísia Trindade (Saúde), provavelmente para comunicar os cortes em cada pasta. No fim do dia, Lula ainda se reúne com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

A expectativa é de que a definição sobre o tamanho do corte de gastos seja apresentada antes quinta-feira, dia da viagem de Lula ao Rio Janeiro, onde ele presidirá a cúpula do G20 — grupo das 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana. O evento ocorrerá entre os feriados dos dias 15 e 20 deste mês.

Haddad afirmou ainda que "houve ajustes e aperfeiçoamentos" no pacote que tornaram as medidas "mais compreensíveis e mais palatáveis". As medidas, que seriam divulgadas, a princípio, até a última sexta-feira (9), ainda enfrentam resistência de ministros de pastas ligadas à área social, além de críticas do PT, partido do presidente. Antes de o governo anunciar o pacote, ainda é necessário apresentar as medidas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conforme indicou a equipe econômica, já que o texto do ajuste será encaminhado ao Congresso em formato de Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

O adiamento do anúncio do pacote e incertezas quanto ao apoio de Lula às medidas têm gerado estresse sobre os ativos financeiros brasileiros. Em linha com o exterior, o dólar voltou a subir, encerrando o pregão de ontem em alta de 0,58%, cotado a R$ 5,769 para a venda. A moeda norte-americana chegou a oscilar acima dos R$ 5,80 pela manhã, mas desacelerou no restante do dia, com o foco dos investidores no desequilíbrio das contas públicas.

A redução do Orçamento para despesas obrigatórias e as especulações por parte do mercado se tornaram alvo de críticas pelo PT, em manifesto assinado com outras 43 organizações e movimentos sociais. O documento, que divide opiniões entre parlamentares da legenda, reprova a "pressão exercida pelo capital financeiro e seus porta-vozes na mídia" na cobrança sobre as medidas de ajuste fiscal.

Também assinam o documento o PDT, PSol e PCdoB, legendas que fazem parte da base histórica de Lula. "Querem cortar na carne da maioria do povo, avançando seu facão sobre conquistas históricas como o reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), o salário-desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), os pisos constitucionais da Saúde e da Educação", diz o texto, que se opõe à redução de recursos orçamentários para programas sociais.

Racha entre aliados o5c

O deputado estadual paulista Emídio de Souza (PT), amigo pessoal de Lula, criticou a postura do partido. "O PT não pode ser oposição do governo", escreveu nas redes sociais. Em troca de mensagens com outros parlamentares da legenda, ele afirmou que a decisão de aderir ao manifesto foi tomada sem consulta interna aos filiados. Emídio disse ainda que a legenda "não pode fazer de conta que não é governo e nem desconhecer os claros limites do orçamento público". "Não é razoável que nossos dirigentes propaguem que as medidas que ora são debatidas no governo, são desnecessárias ou que seriam apenas caprichos do mercado", defendeu.

Ao Correio, o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) itiu estar preocupado com o efeito que eventuais cortes na população em situação de vulnerabilidade. "Nós gostaríamos que não houvesse cortes (...) Não dá para dizer que o problema do país são os programas sociais", disse. "O governo do presidente Lula sempre mostrou um comprometimento com a área fiscal. Mas nós temos vários subsídios na agricultura, no setor econômico, e há gente que não paga tributo como o trabalhador paga", emendou o congressista. Ele afirmou que uma solução mais "justa" para as contas públicas seria avançar na taxação de grandes rendas.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), retratou-se após a polêmica e afirmou que o endosso ao manifesto foi para sinalizar resistência às pressões do mercado e de setores da mídia. De acordo com sua equipe, a adesão do partido ao documento "não deve ser lida como crítica ao presidente da República". A parlamentar, no entanto, que já havia se manifestado contra o corte em entrevistas, disse que Lula "age muito bem, com cautela e muita responsabilidade, resistindo às pressões descabidas dos mercados e de seus porta-vozes na mídia".

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que confia nas decisões da equipe econômica e que espera que o PT apoie as medidas e que o partido precisa apoiar o governo "em qualquer situação". "O partido do governo tem de sustentar o governo em qualquer cenário", disse ele, durante apresentação do balanço financeiro da instituição. A instituição reportou um lucro de R$ 19 bilhões de janeiro a setembro — 31,4% acima do registrado no mesmo período de 2023. (Colaborou Israel Medeiros)

 

 

Mais Lidas 72595f