EXPORTAÇÃO

Brasil não deve focar em qual vantagem vai tirar disso, avalia Apex sobre tarifaço

Presidente da agência disse que Lula pode atuar diretamente em uma possível negociação com o presidente dos EUA

Em entrevista na sede do órgão, Jorge Viana destacou que o país ainda não deve pensar em qual vantagem pode tirar da situação e confia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode atuar diretamente em uma possível negociação com o presidente dos EUA, Donald Trump -  (crédito: Divulgação/Apex Brasil)
Em entrevista na sede do órgão, Jorge Viana destacou que o país ainda não deve pensar em qual vantagem pode tirar da situação e confia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode atuar diretamente em uma possível negociação com o presidente dos EUA, Donald Trump - (crédito: Divulgação/Apex Brasil)
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, disse que o governo deve manter o tom de cautela após o anúncio de uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos.
Em entrevista na sede do órgão, ele destacou que o país ainda não deve pensar em qual vantagem pode tirar da situação e confia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode atuar diretamente em uma possível negociação com o presidente dos EUA, Donald Trump.
“O governo tem sido muito cauteloso desde o começo. Os posicionamentos do Itamaraty têm sido sempre muito moderados. Agora, depois de todo esse conjunto de medidas, acho que o Brasil tem que ter cautela e esperar mais, porque os que foram taxados três ou quatro vezes a mais vão ter que procurar primeiro os EUA para tentar negociar”, comentou Viana, nesta quinta-feira (3/4).
A Apex Brasil é um dos atores que trabalham diretamente com o governo federal na pauta do comércio internacional. Para o presidente da agência, o Brasil ainda deve esperar se as tarifas devem ser, de fato, implementadas e como será o tom do governo norte-americano daqui para frente. Na avaliação dele, o próprio Donald Trump deve sofrer resistência interna em levar à frente as tarifas.
Sobre a aprovação da nova Lei da Reciprocidade no Congresso Nacional, o presidente da Apex avalia que o movimento de pautar o projeto com urgência e ganhar o apoio tanto do governo quanto da oposição foi importante para fortalecer o interesse do país. “O Congresso foi muito ágil e isso conseguiu motivar uma pacificação política que a gente nunca viu”, considerou.
Viana ainda evitou comentar sobre uma possível retaliação e disse que o Brasil “não deve desistir dos EUA”, sinalizando que o país norte-americano é responsável por adquirir uma gama de produtos brasileiros de maior valor agregado. “É a maior economia do mundo e temos que buscar investimentos. A gente trabalha para que os empresários e setores econômicos prosperem”, completou.
 

postado em 03/04/2025 20:00
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