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Na avaliação do governo federal, a missão foi exitosa e culminou com a decisão favorável confirmada pelo lado dos vietnamitas, apesar de uma indefinição com os japoneses.</p> <p class="texto">"É uma notícia extraordinária e acho que é muito importante para o Vietnã, e é muito importante para o Brasil", disse Lula, nas redes sociais, após o acordo com o país asiático. 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Há uma expectativa de avanço da implementação do acordo entre Mercosul e União Europeia, firmado no ano ado, mas que ainda depende da aprovação de todos os países envolvidos.</p> <p class="texto">O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, acredita que a Europa vai precisar ainda mais de uma relação com o Mercosul, para também repaginar a sua indústria. Com o tarifaço do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ele acredita que o Brasil e outros países do bloco podem fortalecer os negócios da UE.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/12/eco_carne_cara-49616259.jpg" width="3609" height="1926" layout="responsive" alt="carne cara"></amp-img> <figcaption>editoria de arte - <b>carne cara</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">"Agora, a gente dá um foco maior ao acordo Mercosul-UE, que vai no sentido de formar um acordo econômico, um bloco, multilateralismo, a liberdade para o comércio sem tarifas. Veja que é exatamente no contrário da medida dos Estados Unidos. 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No Brasil, dólar cai</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2025/04/7108728-inflacao-em-12-meses-chega-a-548-e-permanece-acima-da-meta-para-2025.html"> <amp-img src="https://www.flipar.com.br/wp-content/s/2023/02/pexels-daniel-dan-7623482.jpg?20250411234510" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Inflação em 12 meses chega a 5,48% e permanece acima da meta para 2025</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2025/04/7108272-por-que-china-se-mantem-firme-na-guerra-de-tarifas-com-trump.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/04/11/806efef0_16cd_11f0_8a1e_3ff815141b98-49544966.jpg?20250411145531" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Por que China se mantém firme na guerra de tarifas com Trump</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/05/31/1200x801/1_edit_mca_df_060120045230-6685354.jpg?20250412203142?20250412203142", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/05/31/1000x1000/1_edit_mca_df_060120045230-6685354.jpg?20250412203142?20250412203142", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/05/31/800x600/1_edit_mca_df_060120045230-6685354.jpg?20250412203142?20250412203142" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Raphael Pati", "url": "/autor?termo=raphael-pati" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 6fb6e

Novos mercados para a carne brasileira 5z1f5q
Comércio exterior

Novos mercados para a carne brasileira 5z1f5q

Aumento das tensões em relação à guerra tarifária, iniciada pelos Estados Unidos, abre caminho de novas oportunidades comerciais para o país. Apex espera aumento na demanda da União Europeia por proteínas do Brasil 1093k

A visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Japão e ao Vietnã, no mês ado, teve como um dos principais objetivos a abertura de mercado à carne brasileira nesses países. Na avaliação do governo federal, a missão foi exitosa e culminou com a decisão favorável confirmada pelo lado dos vietnamitas, apesar de uma indefinição com os japoneses.

"É uma notícia extraordinária e acho que é muito importante para o Vietnã, e é muito importante para o Brasil", disse Lula, nas redes sociais, após o acordo com o país asiático. A missão nos dois países reforça a tentativa de atrair mais investimento com a carne brasileira no exterior, que em anos recentes ou por dificuldades em relação a doenças como a febre aftosa e a vaca louca.

Com o aumento das tensões em relação à guerra tarifária, especialistas avaliam que pode haver oportunidades para o Brasil no comércio como um todo, o que não é diferente no caso da carne. Há uma expectativa de avanço da implementação do acordo entre Mercosul e União Europeia, firmado no ano ado, mas que ainda depende da aprovação de todos os países envolvidos.

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, acredita que a Europa vai precisar ainda mais de uma relação com o Mercosul, para também repaginar a sua indústria. Com o tarifaço do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ele acredita que o Brasil e outros países do bloco podem fortalecer os negócios da UE.

editoria de arte - carne cara

"Agora, a gente dá um foco maior ao acordo Mercosul-UE, que vai no sentido de formar um acordo econômico, um bloco, multilateralismo, a liberdade para o comércio sem tarifas. Veja que é exatamente no contrário da medida dos Estados Unidos. É você ter livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, como os EUA fez com todo o mundo, e agora está mudando de posição", avaliou Viana.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne bovina pelo Brasil no ano ado atingiram recorde histórico, com 2,89 milhões de toneladas vendidas, o que representa um aumento de 26% em relação a 2023. Os principais destinos foram a China, com 1,33 milhão de toneladas, além de Estados Unidos (229 mil), Emirados Árabes Unidos (132 mil), Hong Kong (116 mil), Chile (110 mil) e União Europeia (82,3 mil).

Rastreabilidade 1y4d6m

Na avaliação da diretora-executiva da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Patrícia Medeiros, o Brasil tem capacidade de expandir ainda mais o mercado internacional de carnes, principalmente após a aprovação do Plano Nacional de Rastreabilidade Bovina, no final do ano ado. O projeto prevê que todo o rebanho nacional seja rastreável até 2033, inclusive de pequenos e médios produtores. Segundo ela, isso pode atrair ainda mais o mercado europeu, considerado mais exigente que os demais.

"O ponto da rastreabilidade é algo importante para carne bovina, porque a tendência ao redor do mundo é seguir a precaução e saber a origem da carne que está consumindo. Isso já é tendência na Europa e, como a Europa é um núcleo de países que são formadores de opinião, em regra têm os consumidores mais exigentes do mundo, e a rastreabilidade virou uma necessidade para que a carne pudesse alcançar ainda mais mercados", destacou a especialista.

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Na visão dela, há oportunidades à vista também no mercado muçulmano, que possui um método de corte e preparo da carne mais específicos dos que os ocidentais, com o halal, além de ser um mercado em constante expansão. "Então, nesse aspecto, o importante seria a gente fortalecer as relações comerciais, sempre focando em negociações que tragam as características do consumidor daquele país, daquela região do mundo, como é o caso do mercado muçulmano. E, em segundo plano, realmente, a gente precisa conseguir comunicar o que nós fazemos em relação à preservação ambiental e rastreabilidade bovina", acrescentou.

Desafios 1h6c50

Apesar das perspectivas positivas, o aumento da presença de carne brasileira no mundo ainda deve ar por alguns desafios, como avalia João Paulo Franco, coordenador de produção animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para o especialista, o entrave está justamente na ampliação do o a mercados mais exigentes e com maior valor agregado, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia.

"Esses destinos exigem padrões sanitários mais rigorosos, incluindo status sanitário diferenciado e questões como a vacinação. Outro ponto importante é o avanço nas habilitações específicas. Por exemplo, hoje não exportamos miúdos diretamente para a China — esses produtos chegam via Hong Kong. Ampliar os acordos para incluir esses itens aumentaria o aproveitamento do animal e a rentabilidade da cadeia", destacou Franco.

O coordenador ainda lembrou que houve uma nítida evolução na percepção internacional sobre a carne brasileira. "Ao longo das últimas décadas, o país avançou significativamente em termos de qualidade, padronização e sanidade animal. Hoje, o Brasil é visto não só como um fornecedor confiável em termos de volume e regularidade, mas também como um país capaz de atender diferentes perfis de mercado, com produtos de qualidade e em grande escala", avaliou.

Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), ainda é cedo para cravar uma vantagem para o Brasil no comércio internacional de carnes com a guerra tarifária. Ao Correio, a entidade comunicou que ainda deve buscar entender o anúncio feito por Trump no último dia 2, antes de se pronunciar oficialmente.

Ainda assim, a associação acredita em um estreitamento da parceria entre Brasil e EUA, apesar de todo o contexto atual. "Os EUA enfrentam desafios no ciclo pecuário e, por pelo menos dois anos, precisarão de quem possa garantir volume, qualidade e preço — e esse parceiro é o Brasil", ponderou a Abiec.

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