Mercado de trabalho

Desemprego recua para 6,6% e segue em queda na comparação anual, aponta IBGE

Além da melhora no desemprego, o mercado formal de trabalho também apresentou resultados positivos, com 39,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada

Resultado mostra redução de 941 mil pessoas fora do mercado de trabalho no intervalo de 12 meses -  (crédito: Agência Brasil)
Resultado mostra redução de 941 mil pessoas fora do mercado de trabalho no intervalo de 12 meses - (crédito: Agência Brasil)

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,6% no trimestre móvel de fevereiro a abril de 2025, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (29/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa estabilidade em relação ao trimestre encerrado em janeiro (6,5%), mas confirma uma trajetória de melhora no mercado de trabalho, com queda de 1 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2024, quando o índice estava em 7,6%.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Mensal, o número de desocupados no país foi estimado em 7,3 milhões de pessoas — um volume praticamente estável frente ao trimestre anterior (7,2 milhões), mas 11,5% inferior ao apurado no mesmo período do ano ado. Isso representa uma redução de 941 mil pessoas fora do mercado de trabalho no intervalo de 12 meses.

Além da melhora no desemprego, o mercado formal de trabalho também apresentou resultados positivos. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu o maior patamar da série histórica: 39,6 milhões. Esse contingente cresceu 0,8% em relação ao trimestre anterior e avançou 3,8% frente ao mesmo trimestre de 2024, evidenciando o fortalecimento do emprego formal no país.

O total de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi estimado em 103,3 milhões, número que também representa estabilidade no comparativo trimestral. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, no entanto, houve crescimento de 2,4%, com a incorporação de 2,5 milhões de trabalhadores ao mercado.

O nível da ocupação — percentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar — ficou em 58,2%, também estável frente ao trimestre anterior, mas com alta de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024.

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Já a taxa composta de subutilização da força de trabalho — que inclui os desocupados, subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial — ficou em 15,4%, praticamente igual ao resultado do trimestre anterior (15,5%). Na comparação anual, no entanto, houve queda expressiva de 2 pontos percentuais.

Para William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, os dados refletem a resiliência do mercado de trabalho após o pico de contratações temporárias no fim do ano ado. “A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, avaliou.

postado em 29/05/2025 11:13
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