O governo federal trabalha com um crescimento de 2,5% no produto interno bruto (PIB) do país em 2025. A estimativa, publicada pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, é levemente superior à projeção publicada anteriormente, que considerava um avanço de 2,4% no ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19/5), no Boletim Macrofiscal da SPE.
De acordo com o documento, a nova estimativa considera um avanço maior da atividade econômica no primeiro trimestre do ano, ao que era projetado anteriormente. Além disso, a produção agropecuária surpreendeu positivamente a equipe econômica. Diante disso, o governo prevê uma expansão de 6,3% para o agro, além de 2,2% para a indústria e de 2% para o setor de serviços.
Somente no primeiro trimestre do ano, a expectativa é que o PIB cresça 1,6%, com destaque, novamente, para o agronegócio, apesar da desaceleração no mercado de trabalho e de crédito.
Apesar da previsão de crescimento maior da atividade econômica, a equipe do Ministério da Fazenda ainda considera que há um cenário de incertezas persistente no cenário internacional, mesmo com a suspensão temporária das tarifas de importação pelos Estados Unidos.
“Dúvidas quanto aos rumos da política comercial continuaram pressionando para baixo a cotação do dólar e para cima os rendimentos de títulos americanos mais longos, ao contrário do esperado em contexto de maior aversão ao risco”, avalia a SPE, no documento.
Com o enfraquecimento do dólar nos últimos meses, alinhado com a queda nos preços de commodities, a equipe econômica avalia que possa haver uma redução das pressões inflacionárias para os países latino-americanos no curto prazo.
Inflação maior
Apesar da pressão menor sobre a inflação, na avaliação dos economistas, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 teve um leve aumento na comparação com o último boletim, de 4,9% para 5%, ainda acima do teto da inflação, que é de 4,5%.
A revisão, de acordo com a SPE, foi ocasionada por pequenas surpresas nas variações para o índice no último mês de março, além de pequenas alterações nas expectativas para os próximos meses. De acordo com o cenário projetado, a inflação deve arrefecer de maneira mais consistente a partir do mês de setembro.
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Já para 2026, a projeção se manteve relativamente constante, com um leve aumento de 3,5% para 3,6%, dentro do intervalo da meta de inflação. Somente a partir de 2027 o governo espera que a inflação retorne para o centro da meta.
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