
Vanderlei Luxemburgo é o novo técnico do Corinthians. Dois anos depois de comandar um time pela última vez na agem pelo Cruzeiro em 2021, o profissional de 70 anos está de volta ao batente para assumir a prancheta deixada por Cuca. Recordista de títulos paulistas (9) e brasileiros (5), o treinador estava afastado do futebol. No ano ado, aventurou-se como candidato a senador por Tocantins, teve a inscrição removida pelo PSB. A estratégia surpreendeu até mesmo o então pré-candidato. Carlos Amastha, ex-prefeito de Palmas, assumiu o lugar dele.
Bem-vindo, Luxa!
— Corinthians (@Corinthians) May 1, 2023
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"Quando a mudança começou a ser cogitada, não houve diálogo, houve pressão. Durante as últimas semanas fui instigado a declinar da candidatura, mudar para deputado federal e inclusive, abrir mão do fundo eleitoral. Não fui convidado a participar dos diálogos e fui isolado pela presidência. Deixo bem claro a todos que não tenho apego ao cargo de senador. Não haveria nenhum problema em ser candidato a outra vaga, como deputado federal, por exemplo, caso houvesse uma construção coletiva para tal", afirmou Luxemburgo em comunicado à imprensa.
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O contrato com o Corinthians vai até dezembro. Luxemburgo não era a primeira opção. A diretoria tentou Tite, Mano Menezes e Roger Machado, mas não conseguiu êxito nas negociações. Antes da derrota para o Palmeiras no sábado, circulou a informação de que o acerto com Roger estava encaminhado, mas isso não se confirmou. Na manhã desta segunda, Luxemburgo se reuniu com o Corinthians e topou retornar ao clube paulista. Ele comandará o treino de hoje e amanhã estreará contra o Independiente del Valle, atual campeão da Sul-Americana e da Recopa, na Neo Química Arena, em Itaquera.
É a terceira agem de Luxemburgo pelo cargo. Em 1998, acumulou as funções de técnico do Corinthians e da Seleção Brasileira. Levou o Timão ao título do Brasileirão e pediu para sair a fim de se dedicar exclusivamente ao emprego na Confederação Brasileira de Futebol. Retornou ao clube para conquistar o Paulistão em 2001, e foi vice da Copa do Brasil em uma decisão duríssima contra o Grêmio de Tite.
O último título de Luxemburgo faz dois anos. Levou o Palmeiras à conquista do Paulistão justamente contra o Corinthians em uma decisão por pênaltis no Allianz Parque. O trabalho não engrenou no Brasileirão e ele foi demitido para a chegada do português Abel Ferreira. Um dos legados de Luxa foi o olhar para as divisões de base. Deu moral, or exemplo, aos volantes Danilo, Gabriel Menino e Patrik de Paula. O técnico retomará a carreira justamente em um torneio que jamais ganhou: a Libertadores. Ele nem sequer decidiu título do torneio continental.
O treinador coleciona algumas polêmicas na carreira. Em 1996, Luxemburgo foi acusado de assédio sexual por Claudia Laudineide Machado Cavalcante. A manicure afirmou que ele a recebeu no quarto do hotel, em Americana (SP), onde o Palmeiras estava concentrado, enrolado apenas em uma toalha. Ele rebateu afirmando que usava o agasalho do time alviverde. A Justiça aceitou a denúncia de Claudia Ludineide, mas o técnico foi inocentado em novembro de 1997. O veredicto só saiu em outubro de 1998.
POLÊMICAS
Em março de 2012, Luxemburgo foi considerado inelegível pela Justiça de Tocantins por ter falsificado o endereço para ser eleitor pelo Estado. A decisão do juiz eleitoral Gilson Coelho, da 29ª Zona Eleitoral, torneou o treinador inelegível por oito anos. À época, Luxemburgo havia sido acusado de tentar se inscrever irregularmente eleitor, em Palmas. Apresentou comprovante de endereço de um local em que jamais havia residido.
Na I do Futebol, foi acusado pela estudante de direito Renata Alves de ter sonegado impostos e de ter obtido lucro com a valorização de jogadores de futebol. O relatório final da investigação revelou que ele tinha rendimentos maiores do que os salários nos clubes e na Seleção. À época, a apuração comprovou a diferença entre o dinheiro movimentado por ele e o declarado à Receita Federal. Em um depoimento na mesma investigação, itiu ter usado documentos falsos e atuado com data de nascimento três anos mais velha do que a original impressa na carteira de identidade.
Em 2011, Luxemburgo foi acusado de homofobia e condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a pagar indenização de R$ 50 mil por ofender o juiz de futebol Rodrigo Martins Cintra em um clássico paulista entre Santos e São Paulo pelo Estadual. O treinador insinuou que o juiz era gay e o teria paquerado. "Ele (árbitro) apitava e olhava pra mim em toda falta que marcava. Ele não parava de olhar. Eu não sou veado. Talvez seja pela minha camisa (rosa)", disparou à época.
Rodrigo Cintra se defendeu. "Minha mãe, no Rio de Janeiro, sofre de pressão alta e ou mal. Minha mulher e companheiros de academia também ficaram indignados", contra-atacou o então juiz.
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