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Comentarista de arbitragem justifica expulsão de zagueiro do Cruzeiro por ‘questão tática’, mas contesta

Comentarista de arbitragem justifica expulsão de zagueiro do Cruzeiro por 'questão tática'

Comentarista de arbitragem justifica expulsão de zagueiro do Cruzeiro por 'questão tática' -  (crédito: Foto: Reprodução)
Comentarista de arbitragem justifica expulsão de zagueiro do Cruzeiro por 'questão tática' - (crédito: Foto: Reprodução)

A expulsão do zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro, aos 20 minutos da derrota para o Internacional, também não convenceu o comentarista de arbitragem Paulo César de Oliveira. O lance em questão gerou forte contestação por parte da cúpula celeste e levantou questionamentos ao profissional da Globo, que sequer considerou falta na jogada. Com menos um por praticamente todo duelo, a Raposa sofreu revés por 3 a 0 para os colorados no Beira-Rio, pelo Brasileirão.

Segundo o ex-árbitro, não houve sequer falta no lance que originou a expulsão. “Wesley domina a bola, tem a aproximação do Jonathan Jesus e tem um contato com ele. O Marcelo marca a falta fora da área e aplica o cartão vermelho, não pela natureza ou intensidade da falta, mas sim pela questão tática. Ele entende que o zagueiro evitou uma situação clara de gol. Mas o ponto aí é que não houve a falta”, afirmou Paulo César durante o ‘Fechamento SporTV’.

O comentarista enfatizou que trata-se de um contato absolutamente normal, algo que, conforme ele próprio definiu, faz parte da dinâmica do jogo. “O futebol é um esporte de contato físico, eu vi essa jogada por vários ângulos. Tem esse contato do Jonathan Jesus, mas em nenhum momento ele faz a alavanca, ele dá tranco. Um contato absolutamente normal”, completou.

A interpretação do árbitro, que classificou o lance como uma infração tática, não foi acompanhada por boa parte dos torcedores e comentaristas. O Cruzeiro, por sua vez, não demorou a se posicionar. A diretoria celeste comunicou que enviará um ofício à Comissão de Arbitragem solicitando explicações formais sobre o lance.

CBF divulga análise do VAR

O lance aconteceu quando o atacante Wesley, do Internacional, recebeu a bola em direção ao gol e foi interceptado por Jonathan. O árbitro Marcelo de Lima Henrique inicialmente sinalizou cartão amarelo. Entretanto, após breve conversa com a cabine de vídeo, modificou a punição para vermelho, justificando a decisão com base na regra do “dogso” – sigla em inglês para “impedir clara oportunidade de gol”.

Na comunicação divulgada pela CBF, a árbitra de vídeo Daiane Muniz afirma ter identificado um “contato imprudente” entre os jogadores. “Pela câmera 4 baixa, eu consigo, claramente, ver um contato imprudente do jogador 34. Aqui, no toque entre os joelhos, é o momento que impacta. Está confirmado o dogso, porque eu tenho o outro defensor, mas ele está atrás da linha da bola e não tem condições de disputar com o atacante, que tem domínio, velocidade, distância curta à meta e só o goleiro à frente”, explicou Muniz.

Cruzeiro contesta

A diretoria celeste formalizou reclamação à Comissão de Arbitragem da CBF após a expulsão de Jonathan Jesus. O lance, considerado polêmico, motivou críticas contundentes por parte do dono da SAF do clube, Pedro Lourenço – único representante a conceder entrevista após a partida. Segundo ele, o clube se sente prejudicado recorrentemente pelas decisões do VAR e exige tratamento igual das autoridades do futebol brasileiro.

Além disso, o clube divulgou uma nota oficial classificando a arbitragem de Marcelo de Lima Henrique como marcada por “arrogância, má vontade e falta de capacidade”. No comunicado, o clube mineiro reforça que a decisão de campo influenciou diretamente no resultado e questiona o uso da tecnologia em lances determinantes. O CEO do clube, Alexandre Mattos, também se manifestou nas redes sociais e considerou a expulsão um “assalto a mão armada”, aumentando o tom de insatisfação institucional.

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RJ
postado em 07/04/2025 10:02
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