Com o título de Jordy Smith e Gabriela Bryan na etapa de Margaret River, na Austrália, a Liga Mundial de Surfe (WSL) chegou ao meio da temporada e o momento de eliminar os surfistas que não alcançaram a posição de corte. Dos 35 atletas que começaram o ano no masculino, apenas 22 seguem vivos na competição, enquanto no feminino apenas 10 das 18 aram para a reta final. A pontuação acumulada de cada um permanece e os craques das ondas terão mais quatro disputas até o WSL Finals, que terá apenas os cinco melhores do ranking de homens e mulheres.
O corte de meia temporada não foi bondoso com os brasileiros, assim como a etapa de Margaret River. João “Chumbinho” Chianca e Alejo Muniz conseguiram a pontuação para ficar acima da linha de eliminação, diferente de Ian Gouveia, Samuel Pupo, Deivid Silva e Edgard Groggia que se despediram da competição. Outro fora é Gabriel Medina, mas o tricampeão mundial sequer surfou no ano, pois se recupera de uma lesão no ombro.
Apesar de ter perdido a liderança do ranking para o sul-africano Jordy Smith, Italo Ferreira ou sem esforços, assim como Yago Dora, Filipe Toledo e Miguel Pupo. Eles são os representantes do Brasil no top-10 e seguem de olho em rivais como Kanoa Igarashi, Barron Mamiya, Ethan Ewing, Jack Robinson, Leonardo Fioravanti e Griffin Colapinto.
Entre as mulheres, Luana Silva parou nas quartas de final em Margaret River, mas foi o suficiente para subir até o oitavo lugar e se garantir no restante da competição. Ela está pouco mais de três pontos atrás da australiana Tyler Wright, última colocada no top-5, dominado por Gabriela Bryan, Caitlin Simmers, Molly Picklum e Isabella Nichols.
Medalhista de prata nas Olimpíadas de Paris-2024, Tatiana Weston-Webb decidiu se retirar do restante do campeonato após a etapa de Portugal para cuidar da saúde mental e por isso não seguiu para as próximas disputas.
Com o pelotão diminuído, a Liga Mundial de Surfe segue para a reta final da temporada. A competição seguinte será em Lower Trestles, nos Estados Unidos, entre 9 e 17 de junho. O calendário ainda conta com paradas em Saquarema (Brasil), Jeffreys Bay (África do Sul) e Teahupo’o (Taiti) antes do WSL Finals, marcado para entre 27 de agosto e 4 de setembro, em Cloudbreak, Fiji.
No Finals, os cinco primeiros surfistas do masculino e do feminino competem em baterias eliminatórias pelo título de campeão mundial. O quinto colocado encara o quarto e quem avançar enfrenta o terceiro. Depois, o vencedor pega o dono do segundo lugar, para então ter a final contra o líder do ranking. A última decisão é feita em uma melhor de três sessões.