/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/10/6954312-alunos-de-taguatinga-ganham-premio-de-astronomia.html", "name": "Estudantes de Taguatinga ganham prêmio nacional de astronomia", "headline": "Estudantes de Taguatinga ganham prêmio nacional de astronomia", "alternateName": "competição ", "alternativeHeadline": "competição ", "datePublished": "2024-10-06-0306:01:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Estudantes do Servi&ccedil;o Social do Com&eacute;rcio (Sesc) de Taguatinga foram premiados com uma medalha de ouro e duas de prata na Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog), que ocorreu em Barra do Pira&iacute;, no Rio de Janeiro, entre 9 e 12 setembro. Dividida em tr&ecirc;s grupos, a equipe de nove estudantes do ensino m&eacute;dio confeccionou seis foguetes a base de garrafas pet, bicarbonato de s&oacute;dio e vinagre, unindo teoria, pr&aacute;tica e muito trabalho em equipe.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong>&nbsp;<a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/09/6947388-alunos-criam-solucao-com-ia-para-combater-evasao-no-ensino-superior.html">Alunos&nbsp;criam&nbsp;tecnologia para combater evas&atilde;o no ensino superior</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/educacao-basica/2024/08/6917285-estudantes-levam-medalha-nos-jogos-escolares-brasileiros-2024.html">Estudantes&nbsp;levam medalha nos Jogos Escolares Brasileiros 2024</a></li> </ul> <p class="texto">A Mobfog &eacute; uma olimp&iacute;ada experimental que incentiva o interesse dos jovens por astronomia, f&iacute;sica, astron&aacute;utica e outras ci&ecirc;ncias, promovendo troca de conhecimentos e integra&ccedil;&atilde;o entre os estudantes. Na etapa classificat&oacute;ria escolar, que contou com 17 equipes do Sesc, os tr&ecirc;s times selecionados chegaram &agrave; marca de quase 200 metros de altura. J&aacute; na etapa nacional, os grupos conquistaram o p&oacute;dio com as marcas de 223,4 m, 219,1 m e 218,1 m.&nbsp;</p> <h3>Prepara&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Entre os tr&ecirc;s grupos vencedores, dois femininos e um masculino. Os prot&oacute;tipos s&atilde;o tem&aacute;ticos e receberam nomes de deuses gregos: Poseidon, Hades e Zeus <strong>(veja os integrantes de cada grupo abaixo)</strong>. Para a produ&ccedil;&atilde;o dos foguetes, a equipe foi dividida em tr&ecirc;s frentes, respons&aacute;veis pela montagem das bases de lan&ccedil;amento, o design do foguete e as propor&ccedil;&otilde;es de rea&ccedil;&atilde;o entre os componentes, que mantinham constante di&aacute;logo entre si.</p> <ul> <li><strong>223,4 metros &mdash;</strong> Zeus (Marcos Nat&atilde;, Jo&atilde;o Paulo e Jos&eacute; Emanuel)</li> <li><strong>219,1 metros &mdash;</strong> Hades (Ana Gabriella, Thuany e Anna Clara)</li> <li><strong>218,1 metros &mdash;</strong> Poseidon (Maria Clara, Fernanda Cassemiro e Emanuely Vit&oacute;ria)</li> </ul> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/30/whatsapp_image_2024_09_30_at_20_44_25-40339905.jpeg" width="1200" height="1339" layout="responsive" alt="Equipes vencedoras levaram para casa um trof&eacute;u de ouro e dois de prata "></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>Equipes vencedoras levaram para casa um trof&eacute;u de ouro e dois de prata </b></figcaption> </div></p> <p class="texto">"Cada um atuou em uma frente e, depois, a gente juntou as informa&ccedil;&otilde;es e criou um padr&atilde;o de lan&ccedil;amento para o dia da competi&ccedil;&atilde;o. Foram muitas emo&ccedil;&otilde;es nesse processo, com alguns conflitos e muitos momentos bons", conta o professor de f&iacute;sica e orientador dos grupos, Nicolas Lima.</p> <p class="texto">Durante a prepara&ccedil;&atilde;o, os alunos e o professor se reuniam na escola uma vez por semana durante dois meses, no contraturno das aulas. Na semana que antecedeu a competi&ccedil;&atilde;o, eles se encontraram todos os dias para acertar os &uacute;ltimos detalhes dos foguetes que seriam lan&ccedil;ados.</p> <p class="texto">"A gente se ajudava muito, perguntava para o Nicolas e para as outras equipes quando n&atilde;o entendia os processos. Assim, testamos a rea&ccedil;&atilde;o muitas vezes, e o foguete foi se construindo conforme o nosso trabalho de equipe", relata Maria Clara Sousa, 17 anos.&nbsp;</p> <p class="texto">Thuany Ribeiro, 16 anos, conta que a equipe teve dificuldades em rela&ccedil;&atilde;o ao alcance da press&atilde;o e ao formato dos foguetes, fazendo v&aacute;rios testes at&eacute; chegar ao modelo que seria lan&ccedil;ado na olimp&iacute;ada. Al&eacute;m dos materiais mencionados para a constru&ccedil;&atilde;o dos produtos, ela descreve uma s&eacute;rie de processos at&eacute; o resultado final, com diferen&ccedil;as apenas na apar&ecirc;ncia dos foguetes.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/30/whatsapp_image_2024_09_30_at_20_41_34-40339899.jpeg" width="1200" height="1684" layout="responsive" alt="Cada foguete foi pintado de forma personalizada com o tema deuses gregos"></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>Cada foguete foi pintado de forma personalizada com o tema deuses gregos</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">"Na ponta do foguete, usamos um peso de durepoxi (massa adesiva) para ele ter seguran&ccedil;a na parte de voo. Usamos duas garrafas pets retorn&aacute;veis de 2L para fazer a ponta e dar press&atilde;o, e as aletas (pequenas asas estabilizadoras) s&atilde;o feitas com canos PVC, que a gente lixou e deixou no formato desejado. O que operava diferente em cada foguete era a est&eacute;tica, com a pintura mais pr&oacute;xima do tema que cada grupo representava", diz.&nbsp;</p> <h3>Presen&ccedil;a feminina</h3> <p class="texto">Fernanda da Costa, 17 anos, conta que nunca havia imaginado participar de uma competi&ccedil;&atilde;o de foguetes e que se supreendeu. "Eu sempre tive um lado de humanas, muito mais art&iacute;stico e social, e nunca achei que seria capaz de entender sobre a din&acirc;mica de um foguete".&nbsp;</p> <p class="texto">Maria Clara Sousa compartilha um sentimento parecido, por n&atilde;o ter muita afinidade com as &aacute;reas exatas. Ela considera que o incentivo do professor foi fundamental na descoberta de uma nova habilidade. "Eu sempre acreditei que n&atilde;o daria certo para as &aacute;reas de f&iacute;sica e qu&iacute;mica, ent&atilde;o achei que nem aria da primeira fase na competi&ccedil;&atilde;o. Por&eacute;m, eu descobri que era boa em exatas, o que veio muito do incentivo do professor Nicolas, que me mostrou que eu era capaz de fazer um foguete", exp&otilde;e.</p> <p class="texto">Os relatos de Fernanda e Maria Clara chamam a aten&ccedil;&atilde;o para a subpresen&ccedil;a feminina na ci&ecirc;ncia, na qual as mulheres representam apenas 34% dos pesquisadores brasileiros e 31% das matr&iacute;culas em cursos das &aacute;reas de ci&ecirc;ncia, tecnologia, engenharia e matem&aacute;tica (Stem), segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Educa&ccedil;&atilde;o, a Ci&ecirc;ncia e a Cultura (Unesco).</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/30/675x450/1_whatsapp_image_2024_09_30_at_20_32_33-40339504.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="Lan&ccedil;amento de um dos foguetes"></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>Lan&ccedil;amento de um dos foguetes</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">O coordenador pedag&oacute;gico do Sesc, Francisco Paz, percebe a diferen&ccedil;a de interesses entre os meninos e as meninas. "Os meninos daqui j&aacute; gostam de matem&aacute;tica, ent&atilde;o tinham essa confian&ccedil;a de ganhar na competi&ccedil;&atilde;o. J&aacute; algumas meninas me falaram que nem sabiam como o foguete tinha alcan&ccedil;ado tanta altura, porque n&atilde;o tinham tanto conhecimento nessa &aacute;rea", afirma. Com isso, ele conta que a escola custeou a ida de todos os nove alunos da equipe, formada majoritariamente por meninas, para a competi&ccedil;&atilde;o no Rio de Janeiro, como forma de dar espa&ccedil;o, tamb&eacute;m, para elas em uma &aacute;rea que &eacute; tipicamente masculina.</p> <p class="texto">Para Fernanda da Costa, a escola mostrou a perspectiva de que "n&atilde;o existe divis&atilde;o entre exatas e humanas, voc&ecirc; pode fazer o que quiser se tiver incentivo. Nem imagin&aacute;vamos que pod&iacute;amos ganhar", celebra. Maria Clara tamb&eacute;m relata que foi procurada por muitas meninas interessadas em participar do projeto, acreditando que pode ser um exemplo para elas: "N&atilde;o necessariamente voc&ecirc; precisa ser de exatas para fazer um foguete, voc&ecirc; pode faz&ecirc;-lo mesmo sem ter no&ccedil;&atilde;o de f&iacute;sica".</p> <h3>Experi&ecirc;ncia</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/30/675x450/1_whatsapp_image_2024_09_30_at_20_41_53-40339897.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="Marcos (E), Thuany, professor Nicolas (C), Maria Clara (D), Fernanda e Emanuely brilharam no RJ"></amp-img> <figcaption>J&uacute;lia Giusti - <b>Marcos (E), Thuany, professor Nicolas (C), Maria Clara (D), Fernanda e Emanuely brilharam no RJ</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Para Marcos Nat&atilde;, 18 anos, a jornada de foguetes e receber o pr&ecirc;mio na Mobfog foi "muito emocionante". Ele diz que ficou muito feliz por trazer medalha de ouro para casa, ainda mais por ser sua primeira vez na competi&ccedil;&atilde;o. Para Maria Clara, a experi&ecirc;ncia foi "transformadora", considerando-se uma pessoa diferente desde o in&iacute;cio da experi&ecirc;ncia.</p> <p class="texto">Emanuely Vit&oacute;ria de Freitas, 17 anos, diz que foi motivada a participar da Olimp&iacute;ada por causa do "de olho no c&eacute;u", projeto em que os estudantes am a noite em um local observando os astros, j&aacute; que a Mobfog dava pontos para o projeto. Ela considera que a viv&ecirc;ncia foi positiva para o curr&iacute;culo acad&ecirc;mico, mas tamb&eacute;m aproveitou as oficinas e palestras, que foram "muito enriquecedoras". Para Emanuely, a competi&ccedil;&atilde;o trouxe uma vis&atilde;o de que "astronomia n&atilde;o se trata s&oacute; de c&aacute;lculos, que eu tamb&eacute;m posso participar dessas pr&aacute;ticas".</p> <p class="texto">O coordenador Francisco Paz tamb&eacute;m destaca a experi&ecirc;ncia de lidar com frustra&ccedil;&otilde;es e a troca de conhecimentos entre os estudantes: "N&atilde;o &eacute; s&oacute; uma competi&ccedil;&atilde;o de foguete, e a gente fica muito feliz e orgulhoso por eles". Para o professor Nicolas Lima, fica o aprendizado "para al&eacute;m da sala de aula, porque a ci&ecirc;ncia &eacute; investigativa". Desde a competi&ccedil;&atilde;o interna at&eacute; a viagem para o Rio de Janeiro e a premia&ccedil;&atilde;o, ele descreve uma experi&ecirc;ncia &uacute;nica: "Voltar com uma medalha de ouro e duas de prata &eacute; uma emo&ccedil;&atilde;o indescrit&iacute;vel, s&oacute; quem viveu esse momento sabe do que a gente est&aacute; falando."</p> <p class="texto"><em>*Estagi&aacute;ria sob supervis&atilde;o de Marina Rodrigues</em>&nbsp;</p> <p class="texto">&nbsp;<div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/2024/09/6945286-jose-geraldo-de-sousa-junior-recebe-titulo-de-professor-emerito-da-unb.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/09/18/captura_de_tela_2024_09_18_163631-40065027.png?20240918164613" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>José Geraldo de Sousa Junior recebe título de Professor Emérito da UnB</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/09/6944368-mec-orienta-escolas-sobre-como-lidar-com-queimadas-e-poluicao-do-ar.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/17/criancas-40007133.jpg?20240917194200" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>MEC orienta escolas sobre como lidar com queimadas e poluição do ar</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/cidades-df/2024/09/6941637-brasilia-recebe-expedicao-meninas-curiosas-mulheres-de-futuro.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/13/unnamed-39942332.jpg?20240913144046" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Brasília recebe expedição Meninas Curiosas, Mulheres de Futuro</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/09/6939627-mineira-de-17-anos-pode-ser-primeira-mulher-a-ganhar-nobel-do-estudante.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/18/millena_xavier-38982620.jpg?20240911143832" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Mineira de 17 anos pode ser primeira mulher a ganhar "Nobel do Estudante"</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/08/6928579-unb-fatima-sousa-declara-apoio-a-rozana-naves.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/27/whatsapp_image_2024_08_27_at_09_20_03-39627019.jpeg?20240827092813" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>UnB: Fátima Sousa declara apoio a Rozana Naves</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/08/6925717-cursos-de-graduacao-tem-aumento-de-236-nas-matriculas-no-segundo-semestre.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/21/reitoria_unb_beto_monteiro-38298322.jpg?20240912124531" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Cursos de graduação têm aumento de 23,6% nas matrículas no segundo semestre</span> </div> </a> </li> </ul> </div><br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/30/675x450/1_whatsapp_image_2024_09_30_at_20_47_52__1_-40339903.jpeg?20240930210105?20240930210105", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Júlia Giusti*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 1q581f

Eu, Estudante 6rh50

competição

Estudantes de Taguatinga ganham prêmio nacional de astronomia 6f64l

Equipes do Sesc levaram ouro e prata na Mostra Brasileira de Foguetes, no Rio de Janeiro, usando materiais à base de garrafas pet, bicarbonato de sódio e vinagre 5y5d3h

Estudantes do Serviço Social do Comércio (Sesc) de Taguatinga foram premiados com uma medalha de ouro e duas de prata na Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog), que ocorreu em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, entre 9 e 12 setembro. Dividida em três grupos, a equipe de nove estudantes do ensino médio confeccionou seis foguetes a base de garrafas pet, bicarbonato de sódio e vinagre, unindo teoria, prática e muito trabalho em equipe.

A Mobfog é uma olimpíada experimental que incentiva o interesse dos jovens por astronomia, física, astronáutica e outras ciências, promovendo troca de conhecimentos e integração entre os estudantes. Na etapa classificatória escolar, que contou com 17 equipes do Sesc, os três times selecionados chegaram à marca de quase 200 metros de altura. Já na etapa nacional, os grupos conquistaram o pódio com as marcas de 223,4 m, 219,1 m e 218,1 m. 

Preparação 473s31

Entre os três grupos vencedores, dois femininos e um masculino. Os protótipos são temáticos e receberam nomes de deuses gregos: Poseidon, Hades e Zeus (veja os integrantes de cada grupo abaixo). Para a produção dos foguetes, a equipe foi dividida em três frentes, responsáveis pela montagem das bases de lançamento, o design do foguete e as proporções de reação entre os componentes, que mantinham constante diálogo entre si.

  • 223,4 metros — Zeus (Marcos Natã, João Paulo e José Emanuel)
  • 219,1 metros — Hades (Ana Gabriella, Thuany e Anna Clara)
  • 218,1 metros — Poseidon (Maria Clara, Fernanda Cassemiro e Emanuely Vitória)

Arquivo pessoal - Equipes vencedoras levaram para casa um troféu de ouro e dois de prata

"Cada um atuou em uma frente e, depois, a gente juntou as informações e criou um padrão de lançamento para o dia da competição. Foram muitas emoções nesse processo, com alguns conflitos e muitos momentos bons", conta o professor de física e orientador dos grupos, Nicolas Lima.

Durante a preparação, os alunos e o professor se reuniam na escola uma vez por semana durante dois meses, no contraturno das aulas. Na semana que antecedeu a competição, eles se encontraram todos os dias para acertar os últimos detalhes dos foguetes que seriam lançados.

"A gente se ajudava muito, perguntava para o Nicolas e para as outras equipes quando não entendia os processos. Assim, testamos a reação muitas vezes, e o foguete foi se construindo conforme o nosso trabalho de equipe", relata Maria Clara Sousa, 17 anos. 

Thuany Ribeiro, 16 anos, conta que a equipe teve dificuldades em relação ao alcance da pressão e ao formato dos foguetes, fazendo vários testes até chegar ao modelo que seria lançado na olimpíada. Além dos materiais mencionados para a construção dos produtos, ela descreve uma série de processos até o resultado final, com diferenças apenas na aparência dos foguetes.

Arquivo pessoal - Cada foguete foi pintado de forma personalizada com o tema deuses gregos

"Na ponta do foguete, usamos um peso de durepoxi (massa adesiva) para ele ter segurança na parte de voo. Usamos duas garrafas pets retornáveis de 2L para fazer a ponta e dar pressão, e as aletas (pequenas asas estabilizadoras) são feitas com canos PVC, que a gente lixou e deixou no formato desejado. O que operava diferente em cada foguete era a estética, com a pintura mais próxima do tema que cada grupo representava", diz. 

Presença feminina 241o33

Fernanda da Costa, 17 anos, conta que nunca havia imaginado participar de uma competição de foguetes e que se supreendeu. "Eu sempre tive um lado de humanas, muito mais artístico e social, e nunca achei que seria capaz de entender sobre a dinâmica de um foguete". 

Maria Clara Sousa compartilha um sentimento parecido, por não ter muita afinidade com as áreas exatas. Ela considera que o incentivo do professor foi fundamental na descoberta de uma nova habilidade. "Eu sempre acreditei que não daria certo para as áreas de física e química, então achei que nem aria da primeira fase na competição. Porém, eu descobri que era boa em exatas, o que veio muito do incentivo do professor Nicolas, que me mostrou que eu era capaz de fazer um foguete", expõe.

Os relatos de Fernanda e Maria Clara chamam a atenção para a subpresença feminina na ciência, na qual as mulheres representam apenas 34% dos pesquisadores brasileiros e 31% das matrículas em cursos das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Stem), segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Arquivo pessoal - Lançamento de um dos foguetes

O coordenador pedagógico do Sesc, Francisco Paz, percebe a diferença de interesses entre os meninos e as meninas. "Os meninos daqui já gostam de matemática, então tinham essa confiança de ganhar na competição. Já algumas meninas me falaram que nem sabiam como o foguete tinha alcançado tanta altura, porque não tinham tanto conhecimento nessa área", afirma. Com isso, ele conta que a escola custeou a ida de todos os nove alunos da equipe, formada majoritariamente por meninas, para a competição no Rio de Janeiro, como forma de dar espaço, também, para elas em uma área que é tipicamente masculina.

Para Fernanda da Costa, a escola mostrou a perspectiva de que "não existe divisão entre exatas e humanas, você pode fazer o que quiser se tiver incentivo. Nem imaginávamos que podíamos ganhar", celebra. Maria Clara também relata que foi procurada por muitas meninas interessadas em participar do projeto, acreditando que pode ser um exemplo para elas: "Não necessariamente você precisa ser de exatas para fazer um foguete, você pode fazê-lo mesmo sem ter noção de física".

Experiência 1f153o

Júlia Giusti - Marcos (E), Thuany, professor Nicolas (C), Maria Clara (D), Fernanda e Emanuely brilharam no RJ

Para Marcos Natã, 18 anos, a jornada de foguetes e receber o prêmio na Mobfog foi "muito emocionante". Ele diz que ficou muito feliz por trazer medalha de ouro para casa, ainda mais por ser sua primeira vez na competição. Para Maria Clara, a experiência foi "transformadora", considerando-se uma pessoa diferente desde o início da experiência.

Emanuely Vitória de Freitas, 17 anos, diz que foi motivada a participar da Olimpíada por causa do "de olho no céu", projeto em que os estudantes am a noite em um local observando os astros, já que a Mobfog dava pontos para o projeto. Ela considera que a vivência foi positiva para o currículo acadêmico, mas também aproveitou as oficinas e palestras, que foram "muito enriquecedoras". Para Emanuely, a competição trouxe uma visão de que "astronomia não se trata só de cálculos, que eu também posso participar dessas práticas".

O coordenador Francisco Paz também destaca a experiência de lidar com frustrações e a troca de conhecimentos entre os estudantes: "Não é só uma competição de foguete, e a gente fica muito feliz e orgulhoso por eles". Para o professor Nicolas Lima, fica o aprendizado "para além da sala de aula, porque a ciência é investigativa". Desde a competição interna até a viagem para o Rio de Janeiro e a premiação, ele descreve uma experiência única: "Voltar com uma medalha de ouro e duas de prata é uma emoção indescritível, só quem viveu esse momento sabe do que a gente está falando."

*Estagiária sob supervisão de Marina Rodrigues