/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/trabalho-e-formacao/2025/05/7155026-chef-braziliense-se-destaca-pelo-jeito-diferente-de-empreender.html", "name": "Chef brasiliense se destaca pelo jeito diferente de empreender", "headline": "Chef brasiliense se destaca pelo jeito diferente de empreender", "alternateName": "Empreendedorismo", "alternativeHeadline": "Empreendedorismo", "datePublished": "2025-05-25-0306:00:00-10800", "dateModified": "2025-05-25-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Gastronomia personalizada define o trabalho de Isadora Marar, 49 anos, chef do pr&oacute;prio neg&oacute;cio h&aacute; 15 anos. Nutricionista de forma&ccedil;&atilde;o, a especialidade da brasiliense &eacute; a cozinha &aacute;rabe e baiana, estilos herdados pela fam&iacute;lia, de origem jordaniana, por parte de pai, e brasileira, pela m&atilde;e. A cozinheira faz pratos t&iacute;picos desses dois tipos, como quibe, cuscuz marroquino, acaraj&eacute; e vatap&aacute;, investindo na diversifica&ccedil;&atilde;o de sabores e na criatividade para empreender.&nbsp;</p> <p class="texto">Para isso, ela organiza almo&ccedil;os e jantares na casa dos clientes e, pelo menos uma vez ao m&ecirc;s, em seu apartamento tamb&eacute;m, na 105 Sul, al&eacute;m de vender os pratos por encomenda e servi-los na feira da QI 13 do Lago Sul, aos s&aacute;bados. "A pessoa me diz para quantos convidados e o tipo de comida desejada, que eu monto o card&aacute;pio. N&atilde;o tenho todas as pe&ccedil;as e gar&ccedil;ons, mas ofere&ccedil;o um servi&ccedil;o personalizado com a comida", explica a chef.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m</strong>:<strong>&nbsp;</strong><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/10/6969851-padaria-artesanal-faz-sucesso-na-asa-norte-com-bolos-inusitados.html">Padaria artesanal faz sucesso na Asa Norte com p&atilde;es e bolos inusitados</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m</strong>:<a href="/economia/2025/03/7075833-cresce-o-sonho-de-empreender.html"> Cresce o sonho de empreender</a></li> </ul> <p class="texto">Isadora conta que sempre gostou de cozinhar, h&aacute;bito que aprendeu com a av&oacute; paterna e os pais, que se conheceram em Bauru (SP). Segundo a cozinheira, nos anos 2000, n&atilde;o havia curso superior de gastronomia em Bras&iacute;lia, ent&atilde;o optou por nutri&ccedil;&atilde;o, &aacute;rea que considerou mais pr&oacute;xima ao que buscava. Por&eacute;m, isso n&atilde;o a impediu de se aproximar da grande paix&atilde;o.&nbsp;</p> <p class="texto">Em 2000, trabalhou pela primeira vez na cozinha de um restaurante franc&ecirc;s chamado Alice, no Lago Norte: "Pedi &agrave; dona um est&aacute;gio, fui cara de pau mesmo". Com a certeza de que seguiria esse caminho, foi chef de um restaurante &aacute;rabe entre 2009 e 2010 e, quando saiu, come&ccedil;ou a trabalhar por conta pr&oacute;pria, criando seu pr&oacute;prio neg&oacute;cio.&nbsp;</p> <p class="texto">Hoje, especialista em culin&aacute;ria &aacute;rabe e baiana, com diversos cursos t&eacute;cnicos no Servi&ccedil;o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e muitos anos de experi&ecirc;ncia na cozinha, Isadora relembra que a vontade de trabalhar com esses dois estilos veio de casa, pela conviv&ecirc;ncia entre as duas culturas.</p> <p class="texto">"A influ&ecirc;ncia &aacute;rabe vem da fam&iacute;lia do meu pai, que se mudou da Jord&acirc;nia para S&atilde;o Paulo. J&aacute; o encanto com a comida baiana &eacute; por causa da minha m&atilde;e, que sempre gostou da Bahia e tem muitos amigos l&aacute;, ent&atilde;o, fui me aproximando da culin&aacute;ria", compartilha. Caso o cliente queira outro tipo de comida, a chef avisa: "Vou norte&aacute;-lo para o que sei fazer bem".</p> <h3>Preparo</h3> <p class="texto">Para receber as pessoas em seu apartamento para um almo&ccedil;o ou jantar,&nbsp; Isadora come&ccedil;a os preparativos com uma semana de anteced&ecirc;ncia, dividindo os processos por etapas, para que n&atilde;o se acumule tudo para o final. Primeiro, ela faz a compra dos ingredientes e n&atilde;o abre m&atilde;o de produtos org&acirc;nicos e regionais.</p> <p class="texto">"Fa&ccedil;o feira no Ceasa-DF e compro de um s&iacute;tio no Lago Oeste. Todos os ingredientes que compro s&atilde;o frescos e de boa qualidade. Para o card&aacute;pio baiano, como o azeite de dend&ecirc;, o camar&atilde;o seco e o feij&atilde;o fradinho, vem tudo da Feira de S&atilde;o Joaquim, Salvador. Conheci a banca pessoalmente e, agora, pe&ccedil;o por encomenda", descreve.</p> <p class="texto">Na maioria das vezes, a cozinheira trabalha sozinha. No entanto, quando o evento &eacute; para uma grande quantidade de pessoas ou exige um card&aacute;pio mais complexo, ela diz que contrata funcion&aacute;rios para ajudar na cozinha ou para servir aos clientes. Um dos filhos de Isadora, Thiago, 25, &eacute; um deles: "Ele me d&aacute; uma for&ccedil;a para o jantar, trabalha como gar&ccedil;om, mas tamb&eacute;m adora cozinhar, ent&atilde;o me ajuda nos preparos".&nbsp;</p> <p class="texto">Para a chef, o segredo &eacute; se organizar de acordo com o tempo. "Para fazer um quindim, por exemplo, demora tr&ecirc;s dias, porque eu ralo o coco na m&atilde;o, o sovo no a&ccedil;&uacute;car e deixo a massa descansando de um dia para o outro. Para os pratos baianos, eu mesma fa&ccedil;o o leite de coco, n&atilde;o compro pronto, ent&atilde;o, vou fazendo um pouco de cada coisa e s&oacute; finalizo no dia da refei&ccedil;&atilde;o o que precisa ser feito naquele dia", detalha.</p> <h3>Como funciona</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/25/100-52704600.jpg" width="2880" height="1920" layout="responsive" alt="Isadora preparando arroz hau&ccedil;&aacute;"></amp-img> <figcaption>Lula Lopes - <b>Isadora preparando arroz hau&ccedil;&aacute;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/25/10-52704534.jpg" width="2880" height="1920" layout="responsive" alt="Pratos do banquete de Iemanj&aacute;"></amp-img> <figcaption>Lula Lopes - <b>Pratos do banquete de Iemanj&aacute;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/21/whatsapp_image_2025_05_20_at_18_07_42__1_-52478259.jpeg" width="2899" height="1931" layout="responsive" alt="Esfirra &aacute;rabe"></amp-img> <figcaption>Zuleika de Souza - <b>Esfirra &aacute;rabe</b></figcaption> </div></p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/25/20-52704542.jpeg" width="2880" height="1920" layout="responsive" alt="Cuscuz marroquino com frutos do mar"></amp-img> <figcaption>Zuleika de Souza - <b>Cuscuz marroquino com frutos do mar</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Caso o almo&ccedil;o ou jantar seja organizado na casa dos clientes, Isadora diz que trabalha com n&uacute;mero m&iacute;nimo de 10 e m&aacute;ximo de 40 convidados. Os pre&ccedil;os ainda podem variar dependendo do card&aacute;pio e se a op&ccedil;&atilde;o for por buscar as comidas no apartamento da cozinheira ou por finalizar os pratos e servi-los na casa das pr&oacute;prias pessoas.&nbsp;</p> <p class="texto">J&aacute; quando as refei&ccedil;&otilde;es ocorrem no apartamento da chef, o menor n&uacute;mero de convidados que recebe &eacute; 15, e o maior, 22, pela quantidade de mesas que a sala de estar, onde eles s&atilde;o servidos, comporta. Nas ocasi&otilde;es, ela conta que monta quatro mesas no ambiente, distribu&iacute;das em 10, seis, quatro e dois lugares, cada uma.&nbsp;</p> <p class="texto">Assim, tanto um grande grupo pode fazer reserva do local quanto n&uacute;cleos diferentes, como em um restaurante. "Uma vez, montei card&aacute;pio &aacute;rabe vegetariano para um grupo de mulheres de yoga; outra vez, fiz bacalhau para comemora&ccedil;&atilde;o de uma formatura, mas nem sempre as pessoas se conhecem, e isso ocorre durante o evento", relata Isadora.</p> <p class="texto">A empreendedora exp&otilde;e que o valor para o evento &eacute; vari&aacute;vel, porque depende do card&aacute;pio e do total de pessoas que confirmam presen&ccedil;a: "Se voc&ecirc; conseguir um grupo maior, o pre&ccedil;o fica melhor". O &uacute;ltimo almo&ccedil;o baiano, neste m&ecirc;s, por exemplo, custou R$ 250 por pessoa. Os almo&ccedil;os come&ccedil;am em torno de 13h, e os jantares, pr&oacute;ximo &agrave;s 19h, ambos com dura&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia de quatro horas e, geralmente, servidos aos s&aacute;bados, exceto quando um grande grupo faz reserva, podendo escolher o dia da semana.&nbsp;</p> <h3>Contatos</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/25/50-52704562.jpeg" width="2880" height="1920" layout="responsive" alt="Clientes em almo&ccedil;o mensal no ap&ecirc; "></amp-img> <figcaption>Zuleika de Souza - <b>Clientes em almo&ccedil;o mensal no ap&ecirc; </b></figcaption> </div></p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/25/80-52704596.jpg" width="2880" height="1920" layout="responsive" alt="Banquete de Iemanj&aacute;: sabores da Bahia "></amp-img> <figcaption>Lula Lopes - <b>Banquete de Iemanj&aacute;: sabores da Bahia </b></figcaption> </div></p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/25/200-52704598.jpeg" width="2880" height="1920" layout="responsive" alt="Filho Thiago segue os os da m&atilde;e "></amp-img> <figcaption>Lula Lopes - <b>Filho Thiago segue os os da m&atilde;e </b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A cozinheira percebe a intera&ccedil;&atilde;o entre os convidados, que v&atilde;o se "misturando" e, eventualmente, come&ccedil;am a trabalhar juntos. Ela compartilha que muitos conhecem o trabalho dela por meio da Feira da QI 13, onde h&aacute; embaixadas em volta, fazendo com que diferentes nacionalidades, como ses, noruegueses e brasileiros, se encontrem nos eventos que ocorrem no apartamento dela.&nbsp;</p> <p class="texto">"O legal &eacute; que as pessoas sentam e, como n&atilde;o se conhecem, todo mundo fica quieto. De repente, voc&ecirc; come&ccedil;a a ouvir vozes, o tom da conversa vai aumentando. A comida chega e voc&ecirc; j&aacute; escuta as pessoas rindo mais. Da cozinha, eu consigo entender tudo o que est&aacute; acontecendo na sala", se diverte.&nbsp;</p> <p class="texto">Depois da experi&ecirc;ncia, a chef diz que muitos clientes voltam a procur&aacute;-la, pois gostaram do servi&ccedil;o oferecido, e tamb&eacute;m o divulgam para os conhecidos, no "boca a boca", meio que Isadora considera fundamental para atrair novos clientes. Al&eacute;m das indica&ccedil;&otilde;es e de servir os pratos na Feira do Lago Sul, ela usa as redes sociais para expor seu neg&oacute;cio.</p> <h3>Diferencial</h3> <p class="texto">Isadora n&atilde;o tem uma receita preferida, porque gosta de todos os pratos que faz: "&Eacute; dif&iacute;cil escolher". Para ela, o diferencial de sua culin&aacute;ria &eacute; "cozinhar com muito amor e cuidado". Respons&aacute;vel por quase todos os processos, ela completa: "Como n&atilde;o delego muito as fun&ccedil;&otilde;es, tudo sai do jeito que eu quero. E, se algo d&aacute; errado, n&atilde;o tenho como culpar ningu&eacute;m; a responsabilidade &eacute; s&oacute; minha".</p> <h3>Planos</h3> <p class="texto">Desde a pandemia de Covid-19, a partir de 2020, a cozinheira confessa que n&atilde;o tem feito cursos de especializa&ccedil;&atilde;o, mas considera que &eacute; "interessante voltar". Apesar da ampla experi&ecirc;ncia com a culin&aacute;ria &aacute;rabe e baiana, ela acredita que os cursos podem agregar novos conhecimentos ao seu trabalho. Por isso, mesmo sem especializa&ccedil;&otilde;es recentes, Isadora faz muitos testes com receitas em casa, buscando crescer, cada vez mais, como chef na capital.</p> <p class="texto"><em>* Estagi&aacute;ria sob supervis&atilde;o de Ana S&aacute;</em></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/esportes/2025/05/7155006-real-madrid-x-real-sociedad-onde-assistir-escalacoes-e-arbitragem.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/05/23/1vc8775_app_easy_resize_com__610x400-52631168.jpg?20250523172226" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Esportes</strong> <span>Real Madrid x Real Sociedad: onde assistir, escalações e arbitragem</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/esportes/2025/05/7155005-palmeiras-se-reapresenta-de-olho-no-flamengo-e-flaco-destaca-maturidade-da-equipe.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/05/23/54538691091_772899ee76_o_1_610x400-52631165.jpg?20250523172222" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Esportes</strong> <span>Palmeiras se reapresenta de olho no Flamengo, e Flaco destaca maturidade da equipe</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/revista-do-correio/2025/05/7154999-6-fontes-de-proteinas-saudaveis-para-o-coracao.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/23/alimentos_proteicos-52630626.jpg?20250523171317" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Revista do Correio</strong> <span>6 fontes de proteínas saudáveis para o coração</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/20/675x450/1_isadora___paixao_herdada_pela_familia___credito__zuleika_de_souza__credito__zuleika_de_souza-52421015.jpg?20250521130748?20250521130748", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Júlia Giusti*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 6r6d57

Eu, Estudante 6rh50

Empreendedorismo

Chef brasiliense se destaca pelo jeito diferente de empreender 1k4g3h

Nutricionista e especialista em cozinha árabe e baiana, Isadora Marar, 49 anos, organiza almoços e jantares personalizados na casa dos clientes e no próprio apartamento. A cozinheira também atende por encomenda e serve os pratos na feira do Lago Sul 1r1q3i

Gastronomia personalizada define o trabalho de Isadora Marar, 49 anos, chef do próprio negócio há 15 anos. Nutricionista de formação, a especialidade da brasiliense é a cozinha árabe e baiana, estilos herdados pela família, de origem jordaniana, por parte de pai, e brasileira, pela mãe. A cozinheira faz pratos típicos desses dois tipos, como quibe, cuscuz marroquino, acarajé e vatapá, investindo na diversificação de sabores e na criatividade para empreender. 

Para isso, ela organiza almoços e jantares na casa dos clientes e, pelo menos uma vez ao mês, em seu apartamento também, na 105 Sul, além de vender os pratos por encomenda e servi-los na feira da QI 13 do Lago Sul, aos sábados. "A pessoa me diz para quantos convidados e o tipo de comida desejada, que eu monto o cardápio. Não tenho todas as peças e garçons, mas ofereço um serviço personalizado com a comida", explica a chef.

Isadora conta que sempre gostou de cozinhar, hábito que aprendeu com a avó paterna e os pais, que se conheceram em Bauru (SP). Segundo a cozinheira, nos anos 2000, não havia curso superior de gastronomia em Brasília, então optou por nutrição, área que considerou mais próxima ao que buscava. Porém, isso não a impediu de se aproximar da grande paixão. 

Em 2000, trabalhou pela primeira vez na cozinha de um restaurante francês chamado Alice, no Lago Norte: "Pedi à dona um estágio, fui cara de pau mesmo". Com a certeza de que seguiria esse caminho, foi chef de um restaurante árabe entre 2009 e 2010 e, quando saiu, começou a trabalhar por conta própria, criando seu próprio negócio. 

Hoje, especialista em culinária árabe e baiana, com diversos cursos técnicos no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e muitos anos de experiência na cozinha, Isadora relembra que a vontade de trabalhar com esses dois estilos veio de casa, pela convivência entre as duas culturas.

"A influência árabe vem da família do meu pai, que se mudou da Jordânia para São Paulo. Já o encanto com a comida baiana é por causa da minha mãe, que sempre gostou da Bahia e tem muitos amigos lá, então, fui me aproximando da culinária", compartilha. Caso o cliente queira outro tipo de comida, a chef avisa: "Vou norteá-lo para o que sei fazer bem".

Preparo 716j5l

Para receber as pessoas em seu apartamento para um almoço ou jantar,  Isadora começa os preparativos com uma semana de antecedência, dividindo os processos por etapas, para que não se acumule tudo para o final. Primeiro, ela faz a compra dos ingredientes e não abre mão de produtos orgânicos e regionais.

"Faço feira no Ceasa-DF e compro de um sítio no Lago Oeste. Todos os ingredientes que compro são frescos e de boa qualidade. Para o cardápio baiano, como o azeite de dendê, o camarão seco e o feijão fradinho, vem tudo da Feira de São Joaquim, Salvador. Conheci a banca pessoalmente e, agora, peço por encomenda", descreve.

Na maioria das vezes, a cozinheira trabalha sozinha. No entanto, quando o evento é para uma grande quantidade de pessoas ou exige um cardápio mais complexo, ela diz que contrata funcionários para ajudar na cozinha ou para servir aos clientes. Um dos filhos de Isadora, Thiago, 25, é um deles: "Ele me dá uma força para o jantar, trabalha como garçom, mas também adora cozinhar, então me ajuda nos preparos". 

Para a chef, o segredo é se organizar de acordo com o tempo. "Para fazer um quindim, por exemplo, demora três dias, porque eu ralo o coco na mão, o sovo no açúcar e deixo a massa descansando de um dia para o outro. Para os pratos baianos, eu mesma faço o leite de coco, não compro pronto, então, vou fazendo um pouco de cada coisa e só finalizo no dia da refeição o que precisa ser feito naquele dia", detalha.

Como funciona 6z96v

Lula Lopes - Isadora preparando arroz hauçá

Lula Lopes - Pratos do banquete de Iemanjá

Zuleika de Souza - Esfirra árabe

Zuleika de Souza - Cuscuz marroquino com frutos do mar

Caso o almoço ou jantar seja organizado na casa dos clientes, Isadora diz que trabalha com número mínimo de 10 e máximo de 40 convidados. Os preços ainda podem variar dependendo do cardápio e se a opção for por buscar as comidas no apartamento da cozinheira ou por finalizar os pratos e servi-los na casa das próprias pessoas. 

Já quando as refeições ocorrem no apartamento da chef, o menor número de convidados que recebe é 15, e o maior, 22, pela quantidade de mesas que a sala de estar, onde eles são servidos, comporta. Nas ocasiões, ela conta que monta quatro mesas no ambiente, distribuídas em 10, seis, quatro e dois lugares, cada uma. 

Assim, tanto um grande grupo pode fazer reserva do local quanto núcleos diferentes, como em um restaurante. "Uma vez, montei cardápio árabe vegetariano para um grupo de mulheres de yoga; outra vez, fiz bacalhau para comemoração de uma formatura, mas nem sempre as pessoas se conhecem, e isso ocorre durante o evento", relata Isadora.

A empreendedora expõe que o valor para o evento é variável, porque depende do cardápio e do total de pessoas que confirmam presença: "Se você conseguir um grupo maior, o preço fica melhor". O último almoço baiano, neste mês, por exemplo, custou R$ 250 por pessoa. Os almoços começam em torno de 13h, e os jantares, próximo às 19h, ambos com duração média de quatro horas e, geralmente, servidos aos sábados, exceto quando um grande grupo faz reserva, podendo escolher o dia da semana. 

Contatos 193w2k

Zuleika de Souza - Clientes em almoço mensal no apê

Lula Lopes - Banquete de Iemanjá: sabores da Bahia

Lula Lopes - Filho Thiago segue os os da mãe

A cozinheira percebe a interação entre os convidados, que vão se "misturando" e, eventualmente, começam a trabalhar juntos. Ela compartilha que muitos conhecem o trabalho dela por meio da Feira da QI 13, onde há embaixadas em volta, fazendo com que diferentes nacionalidades, como ses, noruegueses e brasileiros, se encontrem nos eventos que ocorrem no apartamento dela. 

"O legal é que as pessoas sentam e, como não se conhecem, todo mundo fica quieto. De repente, você começa a ouvir vozes, o tom da conversa vai aumentando. A comida chega e você já escuta as pessoas rindo mais. Da cozinha, eu consigo entender tudo o que está acontecendo na sala", se diverte. 

Depois da experiência, a chef diz que muitos clientes voltam a procurá-la, pois gostaram do serviço oferecido, e também o divulgam para os conhecidos, no "boca a boca", meio que Isadora considera fundamental para atrair novos clientes. Além das indicações e de servir os pratos na Feira do Lago Sul, ela usa as redes sociais para expor seu negócio.

Diferencial 4xa6l

Isadora não tem uma receita preferida, porque gosta de todos os pratos que faz: "É difícil escolher". Para ela, o diferencial de sua culinária é "cozinhar com muito amor e cuidado". Responsável por quase todos os processos, ela completa: "Como não delego muito as funções, tudo sai do jeito que eu quero. E, se algo dá errado, não tenho como culpar ninguém; a responsabilidade é só minha".

Planos 2h4g3t

Desde a pandemia de Covid-19, a partir de 2020, a cozinheira confessa que não tem feito cursos de especialização, mas considera que é "interessante voltar". Apesar da ampla experiência com a culinária árabe e baiana, ela acredita que os cursos podem agregar novos conhecimentos ao seu trabalho. Por isso, mesmo sem especializações recentes, Isadora faz muitos testes com receitas em casa, buscando crescer, cada vez mais, como chef na capital.

* Estagiária sob supervisão de Ana Sá