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Os dois candidatos que lideram as preferências na corrida pelo Planalto começam a semana com a frente externa no foco das atenções. Para o presidente Jair Bolsonaro, continuam em pauta as reações à fala feita em reunião com embaixadores: além das repercussões internas, inclusive o pedido de explicações feito pelo ministro Edson Fachin, presidente do TSE, as embaixadas dos EUA e do Reino Unido divulgaram notas nas quais desautorizam os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas e reafirmam a confiança na democracia brasileira e, muito especialmente, no sistema eleitoral.

Tanto quanto o teor das mensagens, é o gesto que chama a atenção dos observadores. Em primeiro lugar, pelo nexo direto e imediato com as declarações do presidente-candidato. Mais ainda, pelo inusitado do pronunciamento. Não é corriqueiro que representações diplomáticas se manifestem de maneira assim explícita sobre um assunto tão claramente doméstico quanto uma eleição presidencial. As exceções, além de raras, costumam indicar preocupação com a estabilidade política, tanto mais grave considerando o peso específico do Brasil no cenário global.

Para bem ou para mal, o começo oficial da campanha se aproxima com temperatura em alta e sinais estridentes de alerta na frente diplomática.

Bloco emergente

Na agenda do ex-presidente Lula, a política externa se desdobra também em uma iniciativa articulada com representantes externos — um encontro, previsto para os próximos dias, com os embaixadores dos demais países que integram o Brics. Sempre na companhia do ex-chanceler Celso Amorim, que pilotou o Itamaraty nos seus oito anos de mandato, Lula se antecipa ao veredicto das urnas e trata de costurar canais com os parceiros nos quais investiu as energias diplomáticas quando ocupou o Planalto.

A guerra na Ucrânia, com suas consequências econômicas e geopolíticas, será um dos temas centrais, de cara pela presença da Rússia no bloco dos emergentes. China e Índia, que encabeçam o ranking mundial de populações, vêm estreitando relações com Moscou, nos últimos meses, a despeito do inevitável distanciamento com os EUA e seus aliados na Europa e mesmo na Ásia. Brasil e África do Sul, ambos por razões domésticas, embora de ordens distintas, tratam de manter perfil discreto no conflito que se afigura entre os grandes desafios globais do futuro próximo, ombro a ombro com o aquecimento global e as pandemias.

Ligeiramente neutro

A posição do governo brasileiro a respeito da guerra entre Rússia e Ucrânia segue oscilando, a depender de quem se manifesta. O presidente Bolsonaro, em conversa por telefone com o colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou sua opção pela neutralidade. Falando durante visita a Nova York, o vice, general Hamilton Mourão, afinou o tom com o Itamaraty e condenou a invasão russa.

Pelo sim, pelo não, a diplomacia brasileira favoreceu a retirada do tema da agenda da cúpula do Mercosul, celebrada no Paraguai, na última quinta-feira.

Fora da agenda

Sintomaticamente, a primeira reunião presencial entre os líderes do bloco sul-americano, desde a pandemia, ficou fora da agenda do presidente, que alegou "compromissos internos" para não se deslocar a Assunção. Bolsonaro nem sequer programou participação por videoconferência: gravou um vídeo para ser exibido para os colegas de Argentina, Uruguai e Paraguai.

Desde a campanha vitoriosa pelo Planalto, em 2018, o presidente brasileiro nunca fez segredo quanto à posição secundária que reservava para a integração regional. Na sua orientação externa, o foco foi desde logo uma parceria preferencial com os EUA — menos com o país e mais com o então titular da Casa Branca, Donald Trump. Com a derrota do aliado e inspirador para Joe Biden, na eleição de 2020, Bolsonaro tomou distância também de Washington, a ponto de manter o primeiro encontro pessoal com Biden apenas recentemente, na Cúpula das Américas, já no último ano de mandato.

Queimou o filme

A diplomacia brasileira terá ainda pela frente, nos próximos meses, os desdobramentos do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, no início de junho, na região amazônica do Vale do Javari (AM). O crime tem conexão com pesca ilegal e tráfico de madeira e drogas em terras indígenas, e voltou a criar situação embaraçosa para o país na semana que termina, em Madri.

O presidente da Funai, Marcelo Xavier, indicado por Bolsonaro sob críticas de ambientalistas, teve de sair da assembleia-geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe (Filac), reunida na capital espanhola. Presente ao encontro, um ex-funcionário da Funai, Ricardo Rao, que se exilou alegando perseguições, denunciou Xavier como "responsável pela morte de Bruno e Dom". Rao interrompeu a sessão, apontou para o presidente da Funai e disparou: "O lugar desse homem não é aqui. Ele é um miliciano".