{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/mundo/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/mundo/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/mundo/", "name": "Mundo", "description": "Fique por dentro sobre o que acontece no mundo. Américas, Europa, África, Ásia, Oceania e Oriente Médio estão em destaque ", "url": "/mundo/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/mundo/2024/04/6833221-com-800-mil-mortos-genocidio-contra-tutsis-em-ruanda-completa-30-anos.html", "name": "Com 800 mil mortos, genocídio contra tutsis em Ruanda completa 30 anos", "headline": "Com 800 mil mortos, genocídio contra tutsis em Ruanda completa 30 anos", "description": "", "alternateName": "Violência", "alternativeHeadline": "Violência", "datePublished": "2024-04-07T15:18:01Z", "articleBody": "<p class="texto">A comunidade internacional "nos abandonou" durante o genocídio perpetrado por extremistas hutus contra os tutsi, declarou o presidente de Ruanda neste domingo (7/4), em virtude dos 30 anos do massacre que deixou 800 mil mortos em 100 dias, um dos piores do século XX.</p> <p class="texto">Como todos os anos, no dia 7 de abril, no qual as milícias hutus iniciaram os massacres, uma chama foi acesa no Memorial Gisozi, na capital Kigali, onde se acredita que cerca de 250 mil pessoas estejam enterradas. </p> <p class="texto">O presidente Paul Kagame, fundador da Frente Patriótica Ruandesa (RPF), grupo rebelde que assumiu o poder e pôs fim ao genocídio em julho de 1994 e que governa o país desde então, liderou a cerimônia. </p> <p class="texto">"Foi a comunidade internacional que nos abandonou, por desdém ou covardia", declarou o presidente, em um discurso perante  milhares de pessoas na BK Arena, um salão ultramoderno da capital.</p> <p class="texto">A comemoração terá participarão de líderes e dignitários estrangeiros, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, então chefe de governo em 1994 e que descreveu a falta de ação face a estes massacres como o maior fracasso de sua gestão.</p> <p class="texto">O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, declarou por sua vez que "ninguém, nem mesmo a UA, pode deixar de pedir desculpa pela sua inação face à crônica de um genocídio anunciado. Que tenhamos coragem para reconhecê-lo e assumir a nossa responsabilidade". </p> <p class="texto">A França enviou, por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, e o Secretário de Estado do Mar, Hervé Berville, nascido no Ruanda e que saiu do país nos primeiros dias do genocídio.</p> <p class="texto">Durante sete dias, não será permitido reproduzir música em locais públicos ou no rádio. Também não será autorizada a transmissão televisiva de eventos esportivos e filmes, a menos que estejam associados ao ocorrido.</p> <p class="texto">Os massacres começaram um dia após o ataque que matou o presidente Juvénal Habyarimana, de etnia hutu, depois de meses de uma virulenta campanha de propaganda contra os tutsis.</p> <p class="texto">Por três meses, o Exército, as milícias Interahamwe, mas também cidadãos comuns massacraram — com armas, facões ou porretes — os tutsis, a quem chamavam com o adjetivo "inyenzi" ("baratas" em Kinyarwanda), e os opositores hutus.</p> <h3>Inação internacional</h3> <p class="texto">O massacre teve fim quando os rebeldes tutsis da RPF tomaram Kigali em 4 de julho, causando a fuga de centenas de milhares de hutus para o Zaire (atual República Democrática do Congo). </p> <p class="texto">Trinta anos depois, Ruanda, uma ex-colônia belga e alemã, continua desenterrando valas comuns. </p> <p class="texto">A comunidade internacional foi duramente criticada pela sua inação antes e durante o genocídio.</p> <p class="texto">A França, que mantinha relações estreitas com o regime hutu quando o genocídio começou, foi por muito tempo acusada de "cumplicidade" pelo governo ruandês. </p> <p class="texto">Em um vídeo divulgado neste domingo, o presidente francês, Emmanuel Macron, ressaltou que "a França assume tudo e exatamente nos termos em que eu o fiz" em 2021. </p> <p class="texto">Depois de décadas de tensões, que levaram ao rompimento das relações diplomáticas entre os dois países entre 2006 e 2009, houve uma reaproximação após Macron ter criado uma comissão que concluiu em 2021 que a França tinha uma "grande responsabilidade", mas descartou que houvesse cumplicidade.</p> <p class="texto">Há 30 anos, Ruanda realiza um trabalho de reconciliação, sobretudo com a criação de tribunais comunitários em 2002, os "gacaca", no qual as vítimas podem ouvir as "confissões" de seus algozes. </p> <p class="texto">A Justiça também desempenhou um papel importante, mas segundo o governo ruandês, centenas de pessoas suspeitas de terem participado no genocídio continuam em liberdade, especialmente em países vizinhos como a República Democrática do Congo e o Uganda.</p> <p class="texto">Ao todo, 28 fugitivos foram extraditados do exterior, incluindo seis pessoas dos Estados Unidos. A França, que é o principal país para onde se fugiram os ruandeses fugitivos, não extraditou ninguém, mas condenou 12 pessoas por seu papel no massacre. </p> <p class="texto">Organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW), fazem um apelo ao rápido julgamentos dos responsáveis pelo genocídio.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/esportes/2024/04/6833207-napoli-vence-o-monza-e-ainda-sonha-com-a-champions.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/04/07/captura_de_tela_2024_04_07_114952_1_1_1_2_610x400-36035885.jpg?20240407124748" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Esportes</strong> <span>Napoli vence o Monza e ainda sonha com a Champions</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/webstories/flipar/2024/04/6833202-coca-cola-planeja-aumentar-investimento-no-brasil.html"> <amp-img src="https://www.flipar.com.br/wp-content/s/2021/09/Ioios.jpg?20240407123353" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Flipar</strong> <span>Coca-Cola planeja aumentar investimento no Brasil</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/04/6833197-musk-sobre-moraes-ele-deveria-se-demitir-ou-sofrer-impeachment.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/07/elon_musk_e_alexandre_de_moraes-36035485.jpg?20240701175617" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>"Ele deveria se demitir ou sofrer impeachment", diz Elon Musk sobre Moraes</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/04/6833190-bolsonaro-convoca-apoiadores-para-ato-no-rio-de-janeiro.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/04/07/bozo_0-36035473.png?20240518110008" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Bolsonaro convoca apoiadores para ato no Rio de Janeiro no próximo dia 21</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/cidades-df/2024/04/6833189-mega-sena-aposta-da-vila-planalto-no-df-bate-na-trave.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/16/mega-35058579.jpg?20240418222449" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cidades DF</strong> <span>Mega-Sena segue acumulada; aposta da Vila Planalto, no DF, bate na trave</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/webstories/flipar/2024/04/6833186-abandono-pobreza-filhos-rebeldes-vida-de-jackie-chan-parece-filme.html"> <div class="words"> <strong>Flipar</strong> <span>Abandono, pobreza, filhos rebeldes: vida de Jackie Chan parece filme</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/07/1200x801/1_000_34nv79e-36036263.jpg?20240407184957?20240407184957", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/07/1000x1000/1_000_34nv79e-36036263.jpg?20240407184957?20240407184957", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/07/800x600/1_000_34nv79e-36036263.jpg?20240407184957?20240407184957" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Agence -Presse", "url": "/autor?termo=agence--presse" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 3m102l

Com 800 mil mortos 2s5m5q genocídio contra tutsis em Ruanda completa 30 anos
Violência

Com 800 mil mortos, genocídio contra tutsis em Ruanda completa 30 anos 364f3b

A comemoração terá participarão de líderes e dignitários estrangeiros, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton 2nx1i

A comunidade internacional "nos abandonou" durante o genocídio perpetrado por extremistas hutus contra os tutsi, declarou o presidente de Ruanda neste domingo (7/4), em virtude dos 30 anos do massacre que deixou 800 mil mortos em 100 dias, um dos piores do século XX.

Como todos os anos, no dia 7 de abril, no qual as milícias hutus iniciaram os massacres, uma chama foi acesa no Memorial Gisozi, na capital Kigali, onde se acredita que cerca de 250 mil pessoas estejam enterradas. 

O presidente Paul Kagame, fundador da Frente Patriótica Ruandesa (RPF), grupo rebelde que assumiu o poder e pôs fim ao genocídio em julho de 1994 e que governa o país desde então, liderou a cerimônia. 

"Foi a comunidade internacional que nos abandonou, por desdém ou covardia", declarou o presidente, em um discurso perante  milhares de pessoas na BK Arena, um salão ultramoderno da capital.

A comemoração terá participarão de líderes e dignitários estrangeiros, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, então chefe de governo em 1994 e que descreveu a falta de ação face a estes massacres como o maior fracasso de sua gestão.

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, declarou por sua vez que "ninguém, nem mesmo a UA, pode deixar de pedir desculpa pela sua inação face à crônica de um genocídio anunciado. Que tenhamos coragem para reconhecê-lo e assumir a nossa responsabilidade". 

A França enviou, por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, e o Secretário de Estado do Mar, Hervé Berville, nascido no Ruanda e que saiu do país nos primeiros dias do genocídio.

Durante sete dias, não será permitido reproduzir música em locais públicos ou no rádio. Também não será autorizada a transmissão televisiva de eventos esportivos e filmes, a menos que estejam associados ao ocorrido.

Os massacres começaram um dia após o ataque que matou o presidente Juvénal Habyarimana, de etnia hutu, depois de meses de uma virulenta campanha de propaganda contra os tutsis.

Por três meses, o Exército, as milícias Interahamwe, mas também cidadãos comuns massacraram — com armas, facões ou porretes — os tutsis, a quem chamavam com o adjetivo "inyenzi" ("baratas" em Kinyarwanda), e os opositores hutus.

Inação internacional 4o6h5n

O massacre teve fim quando os rebeldes tutsis da RPF tomaram Kigali em 4 de julho, causando a fuga de centenas de milhares de hutus para o Zaire (atual República Democrática do Congo). 

Trinta anos depois, Ruanda, uma ex-colônia belga e alemã, continua desenterrando valas comuns. 

A comunidade internacional foi duramente criticada pela sua inação antes e durante o genocídio.

A França, que mantinha relações estreitas com o regime hutu quando o genocídio começou, foi por muito tempo acusada de "cumplicidade" pelo governo ruandês. 

Em um vídeo divulgado neste domingo, o presidente francês, Emmanuel Macron, ressaltou que "a França assume tudo e exatamente nos termos em que eu o fiz" em 2021. 

Depois de décadas de tensões, que levaram ao rompimento das relações diplomáticas entre os dois países entre 2006 e 2009, houve uma reaproximação após Macron ter criado uma comissão que concluiu em 2021 que a França tinha uma "grande responsabilidade", mas descartou que houvesse cumplicidade.

Há 30 anos, Ruanda realiza um trabalho de reconciliação, sobretudo com a criação de tribunais comunitários em 2002, os "gacaca", no qual as vítimas podem ouvir as "confissões" de seus algozes. 

A Justiça também desempenhou um papel importante, mas segundo o governo ruandês, centenas de pessoas suspeitas de terem participado no genocídio continuam em liberdade, especialmente em países vizinhos como a República Democrática do Congo e o Uganda.

Ao todo, 28 fugitivos foram extraditados do exterior, incluindo seis pessoas dos Estados Unidos. A França, que é o principal país para onde se fugiram os ruandeses fugitivos, não extraditou ninguém, mas condenou 12 pessoas por seu papel no massacre. 

Organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW), fazem um apelo ao rápido julgamentos dos responsáveis pelo genocídio.

Mais Lidas 72595f