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Redução das compras internacionais</h2> <p class="texto">Na terça-feira (28/1), a Receita Federal informou que, em 2024, entraram no país 187 milhões de remessas internacionais, queda de 11% em relação a 2023, quando foram importadas 210 milhões de remessas.</p> <p class="texto">Mas dados da Receita obtidos através da Lei de o à Informação (LAI) permitem uma visão ainda mais detalhada sobre o efeito da "taxa das blusinhas".</p> <p class="texto">Os números, que trazem dados separados para compras internacionais acima e abaixo de US$ 50 mês a mês, revelam uma queda de mais 40% nas importações de produtos até US$ 50 no primeiro mês de vigência da taxação.</p> <p class="texto">Nos meses seguintes, as importações se recuperaram ligeiramente, mas seguiram em nível 30% abaixo da média do período anterior à vigência da lei.</p> <p class="texto"><br /></p> <p class="texto"><script type="text/javascript" src="https://c.files.bbci.co.uk/graphics/static/js/verticalChart.c3538d38.js"></script><script type="text/javascript">IDT.init({"uuid":"f24e1427-7497-4749-8602-701cf400beaa","editorial":{"title":"Compras internacionais perderam fôlego","subtitle":"Número de remessas importadas de até US$ 50, em milhões","footnote":"","source":"Fonte: Receita Federal, via Lei de o à Informação","sourceLink":"","showBBCLogo":true,"longDescription":""},"service":"brasil","data":[["Mês ","Remessas de até US$ 50 "],["nov./23","14.8 "],["dez./23","12.0 "],["jan./24","13.1 "],["fev./24","12.9 "],["mar./24","16.0 "],["abr./24","16.1 "],["mai./24","17.0 "],["jun./24","17.7 "],["jul./24","17.9 "],["ago./24","10.3 "],["set./24","9.6 "],["out./24","10.2 "],["nov./24","13.0 "]],"firstColIsYears":false,"type":"ColumnChart","axes":{"bottom":{"position":"Bottom","gridLines":false,"showLabels":true,"autoSkipLabels":false,"autoTruncateLabels":false,"valueLabels":false,"customStep":0},"left":{"position":"Left","gridLines":false,"showLabels":true,"autoSkipLabels":true,"autoTruncateLabels":false,"valueLabels":false,"customStep":0}},"colourScheme":{"palette":"News","colours":{"value":{"name":"Blue","hex":"#1380A1","baseColour":true,"tints":[{"name":"Blue Shade 4 ","hex":"#0B4D60","baseColour":false},{"name":"Blue","hex":"#1380A1","baseColour":true},{"name":"Blue Shade 3 ","hex":"#4BA7BC","baseColour":false},{"name":"Blue Shade 2 ","hex":"#A1CCD9","baseColour":false},{"name":"Blue Shade 1 ","hex":"#CFE1E5","baseColour":false}]},"type":"SingleColourBars"}},"useAlphabetKey":true,"modified":"2025-01-31T18:23:12.962Z","interactive":true});</script></p> <p class="texto">"O que aconteceu é que você nivelou a competição [entre plataformas internacionais e varejistas tradicionais], tirou uma vantagem competitiva de preço muito agressiva, e hoje ficou muito mais parelho", observa Alberto Serrentino, consultor especializado em varejo da Varese Retail.</p> <p class="texto">"Isso fez com que aquela curva exponencial na qual as vendas [das plataformas digitais] cresciam de uma maneira muito agressiva – e você tinha novos<em> players</em> entrando, e isso estava se tornando uma bola de neve – fosse revertida", completa.</p> <p class="texto">Em julho, antes da taxação, a Receita Federal registrou a entrada de 17,9 milhões de remessas internacionais de até US$ 50, com valor declarado de R$ 1,5 bilhão.</p> <p class="texto">Em agosto, quando ou a ser cobrado o Imposto de Importações de 20% sobre os itens até US$ 50, as compras nessa faixa de preço despencaram para 10,3 milhões — com valor aduaneiro de R$ 756 milhões —, numa queda de 43%, conforme os dados divulgados pelo órgão via LAI e obtidos pela BBC News Brasil por meio do site da Controladoria-Geral da União (CGU).</p> <p class="texto">Para além desse efeito pontual no primeiro mês da taxação, comparando-se os quatro meses anteriores a agosto (abril a julho), com os quatro primeiros meses da tributação já em vigor (agosto a novembro), observa-se uma queda de 31% nas compras de até US$ 50.</p> <p class="texto">"Teve um efeito importante, sim, em termos de mudar a demanda, a forma como os consumidores aram a lidar com esse tipo de compra", observa Ruben Couto, analista-chefe de consumo e varejo do Santander.</p> <p class="texto">Couto estima que, antes do aumento da taxação, roupas vendidas pelas plataformas internacionais chegavam a ser em média de 30% a 50% mais baratas do que as vendidas pelo varejo tradicional, vantagem que diminuiu para faixa de 15% a 30% após a introdução da "taxa das blusinhas".</p> <h2>2. Ganho de mercado das varejistas tradicionais</h2> <p class="texto">Um dos resultados dessa redução das compras internacionais é um aumento da participação de mercado de varejistas de vestuário tradicionais, observam os analistas.</p> <p class="texto">Para fazer essa análise, Couto compara o crescimento do mercado de vestuário conforme a Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC/IBGE), com as vendas de varejistas listadas na bolsa de valores brasileira, sempre na comparação anual.</p> <p class="texto">"No terceiro trimestre de 2024, que é quando essa taxação dos 20% de fato começou, o mercado cresceu 6%, Riachuelo 11%, Renner 12% e C&A 19%", observa Couto.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/a31d/live/5fab2a10-e016-11ef-be98-798cbbed3362.png" alt="Fachada de uma loja da Renner" width="1000" height="562" /><footer>Divulgação</footer> <figcaption>No terceiro trimestre de 2024, o mercado brasileiro de vestuário cresceu 6%, enquanto a Riachuelo avançou 11%, a Renner 12% e a C&A 19%, diz economista</figcaption> </figure> <p class="texto">O analista pondera, porém, que essas empresas já vinham crescendo acima do mercado desde o quarto trimestre de 2023, mesmo antes da taxação.</p> <p class="texto">Segundo ele, isso se deve em parte à criação do Programa Remessa Conforme em 2023.</p> <p class="texto">A Receita Federal criou o Programa Remessa Conforme para regulamentar a importação de bens através das plataformas digitais.</p> <p class="texto">Antes do programa, as plataformas se aproveitavam de uma isenção para remessas entre pessoas físicas de até US$ 50 para não pagar impostos.</p> <p class="texto">Com a criação do programa, a alíquota do comércio eletrônico para produtos de até US$ 50 foi zerada, desde que as empresas assem a registrar corretamente as importações. Isso durou até agosto de 2024, quando ou a vigorar a taxação de 20%, após aprovação de lei pelo Congresso.</p> <p class="texto">Mesmo antes da entrada em vigor da taxação, a incerteza gerada nos consumidores pelo maior controle da Receita e pela perspectiva de alta dos impostos já contribuiu para o ganho de mercado das varejistas tradicionais, acredita o economista do Santander.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/641e/live/0f8ca580-e017-11ef-be98-798cbbed3362.jpg" alt="Mulheres comprando roupas íntimas em liquidação" width="1024" height="576" /><footer>Getty Images</footer> <figcaption>'Queda nas compras internacionais ajudou, mas não é o único motivo pelo qual o varejo de moda foi bem no ano ado', pondera analista</figcaption> </figure> <p class="texto">Alberto Serrentino, da Varese Retail, pondera, porém, que não é possível atribuir todo o bom desempenho das varejistas tradicionais ao Remessa Conforme e ao aumento da taxação.</p> <p class="texto">"Há um mercado de trabalho que reagiu muito bem no ano ado no Brasil. O desemprego caiu, a renda cresceu, a confiança voltou e isso ajuda muito o consumo de moda", observa Serrentino.</p> <p class="texto">"Então a queda nas compras internacionais certamente ajudou a aumentar a demanda por compras no Brasil, mas não é o único motivo pelo qual o varejo de moda foi bem no ano ado."</p> <p class="texto">Daniel Arruda, analista de varejo da LCA 4intelligence, estima que, somente no mês de agosto de 2024, quando começou a valer a taxação de 20% para compras de até US$ 50, o Brasil deixou de importar R$ 750 milhões em itens de pequeno valor.</p> <p class="texto">"Comparado com o faturamento do setor, segundo dados do IBGE, isso teria um potencial de impactar as vendas domésticas em 3,8%", calcula o economista.</p> <p class="texto">"E lembrando que, em abril, teremos a majoração do ICMS sobre encomendas internacionais de 17% para 20%. Então, é mais um estímulo para esse setor."</p> <h2>3. Avanço da nacionalização nas plataformas digitais</h2> <p class="texto">Um terceiro efeito da "taxa das blusinhas" foi acelerar mudanças nas plataformas digitais, que ampliaram a nacionalização de seus portfólios, na busca por minimizar a perda de vendas.</p> <p class="texto">A Shein, por exemplo, afirma que o marketplace local já representa 55% das vendas da empresa no Brasil. Nessa modalidade, vendedores brasileiros utilizam a plataforma da Shein para vender seus produtos aos consumidores.</p> <p class="texto">A empresa reconhece, porém, que nem tudo que esses vendedores oferecem através da plataforma é produzido necessariamente no Brasil.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/346e/live/014f8e90-e019-11ef-be98-798cbbed3362.jpg" alt="Pessoa ao lado de compras da Shein sobre um sofá" width="1024" height="576" /><footer>Getty Images</footer> <figcaption>Marketplace local já representa 55% das vendas da Shein no Brasil</figcaption> </figure> <p class="texto">Questionada pela BBC News Brasil, a Shein estimou que "aproximadamente 75%" dos produtos vendidos por terceiros através da plataforma são produzidos localmente; patamar que chega a 85% para produtos de vestuário feminino, masculino e calçados, segundo a empresa.</p> <p class="texto">Para além dos 55% de marketplace local, a Shein tem ainda 45% de vendas divididas entre produtos importados e a linha Shein Brasil, produzida em parceria com cerca de 300 fábricas brasileiras registradas junto à empresa.</p> <p class="texto">A Shein não revela, porém, quanto a produção em parceria com fabricantes nacionais representa do seu negócio atualmente. Mas diz ter como meta chegar a 85% de vendas nacionais até 2026, somando nessa conta o marketplace local e as vendas da linha Shein Brasil.</p> <p class="texto">Uma proposta de parceria entre Shein e Coteminas segue sem avanços, após a indústria têxtil brasileira entrar em recuperação judicial em meados de 2024.</p> <p class="texto">A colaboração entre as empresas havia sido anunciada em abril do ano ado, após reunião entre a chinesa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – a Coteminas é presidida por Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, que foi vice-presidente do Brasil durante os dois primeiros mandatos de Lula (2003-2011).</p> <p class="texto">"Desde a introdução do Remessa Conforme do ano ado, todas as plataformas começaram a se adaptar e repensar um pouco o modelo no Brasil", observa Ruben Couto, do Santander.</p> <p class="texto">"Então, acredito que elas sentem o efeito do aumento da taxação, mas todas já vinham readequando seu modelo de negócios para essa mudança", completa.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/00a1/live/8972efb0-e019-11ef-be98-798cbbed3362.jpg" alt="Mãos segurando uma caneta digital em frente a um tablet mostrando o logo da Shopee" width="1024" height="576" /><footer>Getty Images</footer> <figcaption>Shopee diz que atualmente 90% de suas vendas no país são de vendedores brasileiros</figcaption> </figure> <p class="texto">A Shopee afirma que atualmente 90% de suas vendas são de vendedores brasileiros.</p> <p class="texto">"Acreditamos que a isonomia tributária e o fortalecimento do mercado interno são essenciais para o crescimento sustentável do e-commerce no Brasil", disse a empresa, em nota.</p> <p class="texto">A AliExpress, por sua vez, ressalta que aderiu voluntariamente ao Programa Remessa Conforme, mas critica a elevação das alíquotas.</p> <p class="texto">"Essas mudanças não só alteraram a carga tributária, mas também restringiram o o a produtos internacionais, afetando especialmente as classes mais baixas", disse a companhia, também em nota.</p> <p class="texto">Procurada pela BBC, a <a href="https://correiobraziliense-br.parananoticias.info/portuguese/articles/cld4kr6119vo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Temu</a> não respondeu a pedido de posicionamento.</p> <h2>4. Arrecadação recorde</h2> <p class="texto">Por fim, uma última mudança resultante da "taxa das blusinhas" é um aumento da arrecadação do governo federal.</p> <p class="texto">A arrecadação do imposto de importação sobre remessas internacionais foi recorde em 2024, atingindo R$ 2,8 bilhões, alta de 40,7% em relação a 2023, quando foi de R$ 1,98 bilhão.</p> <p class="texto">Segundo a Receita Federal, o aumento da arrecadação se deve à criação do Programa Remessa Conforme e ao estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação.</p> <p class="texto">Para o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), entidade que representa os varejistas tradicionais, mesmo com a "taxa das blusinhas" e o aumento do ICMS para 20% que deve entrar em vigor em abril, os produtos nacionais seguem em desvantagem em relação aos importados.</p> <p class="texto">"O país ainda está em uma condição bastante favorável à importação", afirma Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV.</p> <p class="texto">"Fazendo a composição do Imposto de Importação de 20%, com o ICMS de 17%, a carga tributária do importado é de 44,6%", calcula o representante do varejo.</p> <p class="texto">"Com o ICMS ando a 20%, a carga tributária dos importados será de 50%. Se compararmos com a carga tributária interna, que é perto de 90%, ainda tem muito caminho pela frente."</p> <ul> <li><a href="https://correiobraziliense-br.parananoticias.info/portuguese/articles/ckgydwy73xjo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Por que Brasil voltou a ter juro real mais alto do mundo</a></li> <li><a href="https://correiobraziliense-br.parananoticias.info/portuguese/articles/cly423q5zq5o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">A verdade por trás da sua blusinha de R$ 30 da Shein</a></li> <li><a href="https://correiobraziliense-br.parananoticias.info/portuguese/articles/c800r275kwgo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">'Taxa das blusinhas' sancionada por Lula: quanto vai custar compra de R$ 200 com novo imposto </a></li> </ul> <p class="texto"><img src="https://a1.api.bbc.co.uk/hit.xiti/?s=598346&p=portuguese.articles.c8971q38dw2o.page&x1=%5Burn%3Abbc%3Aoptimo%3Aasset%3Ac8971q38dw2o%5D&x4=%5Bpt-br%5D&x5=%5Bhttps%3A%2F%2Fcorreiobraziliense-br.parananoticias.info%2Fportuguese%2Farticles%2Fc8971q38dw2o%5D&x7=%5Barticle%5D&x8=%5Bsynd_nojs_ISAPI%5D&x9=%5B4+mudan%C3%A7as+no+varejo+brasileiro+ap%C3%B3s+seis+meses+de+%27taxa+das+blusinhas%27%5D&x11=%5B2025-02-03T18%3A01%3A07.297Z%5D&x12=%5B2025-02-03T18%3A01%3A07.297Z%5D&x19=%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D" /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2025/02/03/1200x801/1_5c33b580_de74_11ef_bd1b_d536627785f2-45828164.png?20250203150257?20250203150257", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2025/02/03/1000x1000/1_5c33b580_de74_11ef_bd1b_d536627785f2-45828164.png?20250203150257?20250203150257", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2025/02/03/800x600/1_5c33b580_de74_11ef_bd1b_d536627785f2-45828164.png?20250203150257?20250203150257" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Thais Carrança - Da BBC News Brasil em São Paulo", "url": "/autor?termo=thais-carranca---da-bbc-news-brasil-em-sao-paulo" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 724gj

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CONJUNTURA

4 mudanças no varejo brasileiro após seis meses de 'taxa das blusinhas' 703u3s

Queda das compras internacionais e ganho de mercado de varejistas brasileiras estão entre os efeitos do Imposto de Importação de 20% nas compras de até US$ 50 em plataformas online 4q303t

Neste início de fevereiro, completam-se seis meses desde que entrou em vigor a lei que estabeleceu a taxação em 20% para compras internacionais de até US$ 50 em plataformas internacionais como Shein, Shopee e AliExpress, popularmente conhecida como "taxa das blusinhas".

A taxação foi uma resposta do governo ao pleito de varejistas, após o forte aumento das compras digitais durante a pandemia, e diante da diferença de carga tributária entre produtos nacionais e aqueles importados através das plataformas online.

Para compras com valores entre US$ 50 e US$ 3 mil, a alíquota é de 60%. Além disso, incidem sobre as encomendas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% – patamar que será elevado a 20% em alguns Estados a partir de abril, conforme anunciado pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) em dezembro.

Mesmo antes de ser anunciada, a "taxa das blusinhas" gerou forte desgaste para o governo Lula, com consumidores insatisfeitos com a perspectiva de pagar mais por itens de vestuário.

ados seis meses da taxação em vigor, já é possível avaliar seus efeitos para a economia brasileira.

Confira as quatro principais mudanças provocadas pela "taxa das blusinhas" até agora, segundo analistas.

1. Redução das compras internacionais 2k2664

Na terça-feira (28/1), a Receita Federal informou que, em 2024, entraram no país 187 milhões de remessas internacionais, queda de 11% em relação a 2023, quando foram importadas 210 milhões de remessas.

Mas dados da Receita obtidos através da Lei de o à Informação (LAI) permitem uma visão ainda mais detalhada sobre o efeito da "taxa das blusinhas".

Os números, que trazem dados separados para compras internacionais acima e abaixo de US$ 50 mês a mês, revelam uma queda de mais 40% nas importações de produtos até US$ 50 no primeiro mês de vigência da taxação.

Nos meses seguintes, as importações se recuperaram ligeiramente, mas seguiram em nível 30% abaixo da média do período anterior à vigência da lei.


"O que aconteceu é que você nivelou a competição [entre plataformas internacionais e varejistas tradicionais], tirou uma vantagem competitiva de preço muito agressiva, e hoje ficou muito mais parelho", observa Alberto Serrentino, consultor especializado em varejo da Varese Retail.

"Isso fez com que aquela curva exponencial na qual as vendas [das plataformas digitais] cresciam de uma maneira muito agressiva – e você tinha novos players entrando, e isso estava se tornando uma bola de neve – fosse revertida", completa.

Em julho, antes da taxação, a Receita Federal registrou a entrada de 17,9 milhões de remessas internacionais de até US$ 50, com valor declarado de R$ 1,5 bilhão.

Em agosto, quando ou a ser cobrado o Imposto de Importações de 20% sobre os itens até US$ 50, as compras nessa faixa de preço despencaram para 10,3 milhões — com valor aduaneiro de R$ 756 milhões —, numa queda de 43%, conforme os dados divulgados pelo órgão via LAI e obtidos pela BBC News Brasil por meio do site da Controladoria-Geral da União (CGU).

Para além desse efeito pontual no primeiro mês da taxação, comparando-se os quatro meses anteriores a agosto (abril a julho), com os quatro primeiros meses da tributação já em vigor (agosto a novembro), observa-se uma queda de 31% nas compras de até US$ 50.

"Teve um efeito importante, sim, em termos de mudar a demanda, a forma como os consumidores aram a lidar com esse tipo de compra", observa Ruben Couto, analista-chefe de consumo e varejo do Santander.

Couto estima que, antes do aumento da taxação, roupas vendidas pelas plataformas internacionais chegavam a ser em média de 30% a 50% mais baratas do que as vendidas pelo varejo tradicional, vantagem que diminuiu para faixa de 15% a 30% após a introdução da "taxa das blusinhas".

2. Ganho de mercado das varejistas tradicionais 1k4f2s

Um dos resultados dessa redução das compras internacionais é um aumento da participação de mercado de varejistas de vestuário tradicionais, observam os analistas.

Para fazer essa análise, Couto compara o crescimento do mercado de vestuário conforme a Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC/IBGE), com as vendas de varejistas listadas na bolsa de valores brasileira, sempre na comparação anual.

"No terceiro trimestre de 2024, que é quando essa taxação dos 20% de fato começou, o mercado cresceu 6%, Riachuelo 11%, Renner 12% e C&A 19%", observa Couto.

Divulgação
No terceiro trimestre de 2024, o mercado brasileiro de vestuário cresceu 6%, enquanto a Riachuelo avançou 11%, a Renner 12% e a C&A 19%, diz economista

O analista pondera, porém, que essas empresas já vinham crescendo acima do mercado desde o quarto trimestre de 2023, mesmo antes da taxação.

Segundo ele, isso se deve em parte à criação do Programa Remessa Conforme em 2023.

A Receita Federal criou o Programa Remessa Conforme para regulamentar a importação de bens através das plataformas digitais.

Antes do programa, as plataformas se aproveitavam de uma isenção para remessas entre pessoas físicas de até US$ 50 para não pagar impostos.

Com a criação do programa, a alíquota do comércio eletrônico para produtos de até US$ 50 foi zerada, desde que as empresas assem a registrar corretamente as importações. Isso durou até agosto de 2024, quando ou a vigorar a taxação de 20%, após aprovação de lei pelo Congresso.

Mesmo antes da entrada em vigor da taxação, a incerteza gerada nos consumidores pelo maior controle da Receita e pela perspectiva de alta dos impostos já contribuiu para o ganho de mercado das varejistas tradicionais, acredita o economista do Santander.

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'Queda nas compras internacionais ajudou, mas não é o único motivo pelo qual o varejo de moda foi bem no ano ado', pondera analista

Alberto Serrentino, da Varese Retail, pondera, porém, que não é possível atribuir todo o bom desempenho das varejistas tradicionais ao Remessa Conforme e ao aumento da taxação.

"Há um mercado de trabalho que reagiu muito bem no ano ado no Brasil. O desemprego caiu, a renda cresceu, a confiança voltou e isso ajuda muito o consumo de moda", observa Serrentino.

"Então a queda nas compras internacionais certamente ajudou a aumentar a demanda por compras no Brasil, mas não é o único motivo pelo qual o varejo de moda foi bem no ano ado."

Daniel Arruda, analista de varejo da LCA 4intelligence, estima que, somente no mês de agosto de 2024, quando começou a valer a taxação de 20% para compras de até US$ 50, o Brasil deixou de importar R$ 750 milhões em itens de pequeno valor.

"Comparado com o faturamento do setor, segundo dados do IBGE, isso teria um potencial de impactar as vendas domésticas em 3,8%", calcula o economista.

"E lembrando que, em abril, teremos a majoração do ICMS sobre encomendas internacionais de 17% para 20%. Então, é mais um estímulo para esse setor."

3. Avanço da nacionalização nas plataformas digitais v2rz

Um terceiro efeito da "taxa das blusinhas" foi acelerar mudanças nas plataformas digitais, que ampliaram a nacionalização de seus portfólios, na busca por minimizar a perda de vendas.

A Shein, por exemplo, afirma que o marketplace local já representa 55% das vendas da empresa no Brasil. Nessa modalidade, vendedores brasileiros utilizam a plataforma da Shein para vender seus produtos aos consumidores.

A empresa reconhece, porém, que nem tudo que esses vendedores oferecem através da plataforma é produzido necessariamente no Brasil.

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Marketplace local já representa 55% das vendas da Shein no Brasil

Questionada pela BBC News Brasil, a Shein estimou que "aproximadamente 75%" dos produtos vendidos por terceiros através da plataforma são produzidos localmente; patamar que chega a 85% para produtos de vestuário feminino, masculino e calçados, segundo a empresa.

Para além dos 55% de marketplace local, a Shein tem ainda 45% de vendas divididas entre produtos importados e a linha Shein Brasil, produzida em parceria com cerca de 300 fábricas brasileiras registradas junto à empresa.

A Shein não revela, porém, quanto a produção em parceria com fabricantes nacionais representa do seu negócio atualmente. Mas diz ter como meta chegar a 85% de vendas nacionais até 2026, somando nessa conta o marketplace local e as vendas da linha Shein Brasil.

Uma proposta de parceria entre Shein e Coteminas segue sem avanços, após a indústria têxtil brasileira entrar em recuperação judicial em meados de 2024.

A colaboração entre as empresas havia sido anunciada em abril do ano ado, após reunião entre a chinesa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – a Coteminas é presidida por Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, que foi vice-presidente do Brasil durante os dois primeiros mandatos de Lula (2003-2011).

"Desde a introdução do Remessa Conforme do ano ado, todas as plataformas começaram a se adaptar e repensar um pouco o modelo no Brasil", observa Ruben Couto, do Santander.

"Então, acredito que elas sentem o efeito do aumento da taxação, mas todas já vinham readequando seu modelo de negócios para essa mudança", completa.

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Shopee diz que atualmente 90% de suas vendas no país são de vendedores brasileiros

A Shopee afirma que atualmente 90% de suas vendas são de vendedores brasileiros.

"Acreditamos que a isonomia tributária e o fortalecimento do mercado interno são essenciais para o crescimento sustentável do e-commerce no Brasil", disse a empresa, em nota.

A AliExpress, por sua vez, ressalta que aderiu voluntariamente ao Programa Remessa Conforme, mas critica a elevação das alíquotas.

"Essas mudanças não só alteraram a carga tributária, mas também restringiram o o a produtos internacionais, afetando especialmente as classes mais baixas", disse a companhia, também em nota.

Procurada pela BBC, a Temu não respondeu a pedido de posicionamento.

4. Arrecadação recorde 26h62

Por fim, uma última mudança resultante da "taxa das blusinhas" é um aumento da arrecadação do governo federal.

A arrecadação do imposto de importação sobre remessas internacionais foi recorde em 2024, atingindo R$ 2,8 bilhões, alta de 40,7% em relação a 2023, quando foi de R$ 1,98 bilhão.

Segundo a Receita Federal, o aumento da arrecadação se deve à criação do Programa Remessa Conforme e ao estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação.

Para o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), entidade que representa os varejistas tradicionais, mesmo com a "taxa das blusinhas" e o aumento do ICMS para 20% que deve entrar em vigor em abril, os produtos nacionais seguem em desvantagem em relação aos importados.

"O país ainda está em uma condição bastante favorável à importação", afirma Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV.

"Fazendo a composição do Imposto de Importação de 20%, com o ICMS de 17%, a carga tributária do importado é de 44,6%", calcula o representante do varejo.

"Com o ICMS ando a 20%, a carga tributária dos importados será de 50%. Se compararmos com a carga tributária interna, que é perto de 90%, ainda tem muito caminho pela frente."

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