{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/01/6787871-artigo-a-procura-da-bussola-da-felicidade.html", "name": "Artigo: A procura da bússola da felicidade", "headline": "Artigo: A procura da bússola da felicidade", "description": "", "alternateName": "Felicidade", "alternativeHeadline": "Felicidade", "datePublished": "2024-01-17T06:10:00Z", "articleBody": "<p class="texto">» <strong>Isaac Roitman</strong>, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), pesquisador emérito do CNPq e membro do Movimento 2022-2030 O Brasil e o Mundo que queremos</p> <p class="texto">A bússola foi criada na China, no século 1. Foi utilizada na navegação e, até hoje, tem grande importância nos estudos da cartografia e astronomia. Foi ela que permitiu e facilitou a exploração na época das grandes navegações. Ao longo do tempo, foi aperfeiçoada e, nos dias de hoje, a bússola digital pode ser utilizada em computadores ou telefones celulares. Em um mundo com fantásticos desenvolvimentos tecnológicos, uma pergunta emerge: seria possível construir uma bússola que, em vez de determinar os pontos cardeais, pudesse indicar os caminhos para a felicidade?</p> <p class="texto">Em 2010 foi lançado o livro A Bússola da Felicidade, de autoria de Tammy Kling e John Spencer. A obra descreve um terrível acidente em que um personagem, Jonathan, perde a filha e a esposa. Ele decide, no seu desespero, deixar tudo para trás e peregrinar pelo planeta para encontrar pessoas que vão lhe oferecer lições valiosas sobre a vida. Nessa jornada, Jonathan vai compreender que cada pessoa ou cada experiência de vida não aparece por acaso, mas para ajustar a sua bússola interna e descobrir o próprio destino. Os autores nos ensinam como superar os sofrimentos e encontrar os caminhos que possam nos levar à superação de problemas e encontrar a plena felicidade.</p> <p class="texto">Consciente ou inconscientemente, todos nós estamos em busca da felicidade. Não é simples defini-la. Ela é abordada pela filosofia, pela psicologia e pelas religiões. Os filósofos associam a felicidade ao prazer, uma vez que é difícil definir a felicidade como um todo, de onde ela surge e os sentimentos e emoções envolvidos. Sigmund Freud abraçava a tese de que todo indivíduo é movido pela busca da felicidade, mas essa busca seria utópica, uma vez que, para ela existir, não poderia depender do mundo real, em que as pessoas têm experiências com o fracasso — portanto, o máximo que o ser humano conseguiria seria uma felicidade parcial.</p> <p class="texto">A doutrina religiosa budista também analisou a felicidade como um dos seus temas centrais. O budismo acredita que a felicidade ocorre por meio da liberação do sofrimento, pela superação do desejo e também pelo treinamento mental. A felicidade é uma somatória de momentos encantados, como, por exemplo, contemplar a alegria e o sorriso de uma criança, como registrado no pensamento e sensibilidade de Charles Chaplin: "Não preciso me drogar para ser um gênio; não preciso ser um gênio para ser humano; mas preciso de seu sorriso para ser feliz".</p> <p class="texto">Para as pessoas contaminadas pelo consumismo e pelo acúmulo de riquezas, o poder e o dinheiro são construtores da felicidade. Grande equívoco que a nossa consciência revelará cedo ou tarde. Tem razão Arthur Schopenhauer quando disse: "A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças do que nos nossos bolsos".</p> <p class="texto">Estamos vivendo tempos preocupantes no Brasil e no mundo. As guerras que causam a morte de pessoas inocentes, a vergonhosa desigualdade social, o abandono dos princípios éticos, uma educação ultraada, os moradores de rua, o desespero das classes mais vulneráveis, a falta de perspectivas para os jovens e outras mazelas fazem parte do presente e ameaçam o nosso futuro.</p> <p class="texto">É a hora de mudar o jogo. Todas e todos temos o direito de ter uma vida digna e feliz. Existem no planeta Terra um número considerável de seres humanos que construíram projetos virtuosos que precisam virar realidade. Isso é possível. Vamos usar como princípio o pensamento de Alexandre Herculano: "O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros". Creio que podemos chegar ao formato imaginado por Carlos Drummond de Andrade: "Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade".</p> <p class="texto">A luta não será fácil. Muitas pedras no caminho. Nessa aventura, em momentos de desânimo, vamos nos lembrar dos versos inspiradores de Caetano Veloso: "Felicidade foi se embora / E a saudade no meu peito ainda mora / E é por isso que eu gosto lá de fora / Porque sei que a falsidade não vigora / A minha casa fica lá de traz do mundo / Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar". Vamos cada um de nós, encontrar a nossa bússola da felicidade.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/opiniao/2024/01/6779189-janeiro-branco-da-a-largada.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/01/11/mulher_seguro_uma_carinha_sorrindo_mas_no_fundo_ha_varias_carinhas_tristes_1_41234-27246685.jpg?20231120215513" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Janeiro Branco dá a largada</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/01/6786100-artigo-os-encontros-e-encantos-de-mercedes.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/10/10012023ea_87-34113879.jpg?20240113184848" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Artigo: Os encontros e encantos de Mercedes</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/01/6785585-artigo-felicidade-sentimento-360-graus.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/12/20140914195208789586a-34201323.jpg?20240112214605" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Artigo: Felicidade, sentimento 360 graus</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/01/20/1200x800/1_silhouette_of_people_happy_time-27300749.jpg?20240116212629?20240116212629", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/01/20/1000x1000/1_silhouette_of_people_happy_time-27300749.jpg?20240116212629?20240116212629", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/01/20/800x600/1_silhouette_of_people_happy_time-27300749.jpg?20240116212629?20240116212629" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 2y1v2m

Artigo 1f6r A procura da bússola da felicidade
Felicidade

Artigo: A procura da bússola da felicidade 35o5b

Seria possível construir uma bússola que, em vez de determinar os pontos cardeais, pudesse indicar os caminhos para a felicidade? 484c5g

» Isaac Roitman, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), pesquisador emérito do CNPq e membro do Movimento 2022-2030 O Brasil e o Mundo que queremos

A bússola foi criada na China, no século 1. Foi utilizada na navegação e, até hoje, tem grande importância nos estudos da cartografia e astronomia. Foi ela que permitiu e facilitou a exploração na época das grandes navegações. Ao longo do tempo, foi aperfeiçoada e, nos dias de hoje, a bússola digital pode ser utilizada em computadores ou telefones celulares. Em um mundo com fantásticos desenvolvimentos tecnológicos, uma pergunta emerge: seria possível construir uma bússola que, em vez de determinar os pontos cardeais, pudesse indicar os caminhos para a felicidade?

Em 2010 foi lançado o livro A Bússola da Felicidade, de autoria de Tammy Kling e John Spencer. A obra descreve um terrível acidente em que um personagem, Jonathan, perde a filha e a esposa. Ele decide, no seu desespero, deixar tudo para trás e peregrinar pelo planeta para encontrar pessoas que vão lhe oferecer lições valiosas sobre a vida. Nessa jornada, Jonathan vai compreender que cada pessoa ou cada experiência de vida não aparece por acaso, mas para ajustar a sua bússola interna e descobrir o próprio destino. Os autores nos ensinam como superar os sofrimentos e encontrar os caminhos que possam nos levar à superação de problemas e encontrar a plena felicidade.

Consciente ou inconscientemente, todos nós estamos em busca da felicidade. Não é simples defini-la. Ela é abordada pela filosofia, pela psicologia e pelas religiões. Os filósofos associam a felicidade ao prazer, uma vez que é difícil definir a felicidade como um todo, de onde ela surge e os sentimentos e emoções envolvidos. Sigmund Freud abraçava a tese de que todo indivíduo é movido pela busca da felicidade, mas essa busca seria utópica, uma vez que, para ela existir, não poderia depender do mundo real, em que as pessoas têm experiências com o fracasso — portanto, o máximo que o ser humano conseguiria seria uma felicidade parcial.

A doutrina religiosa budista também analisou a felicidade como um dos seus temas centrais. O budismo acredita que a felicidade ocorre por meio da liberação do sofrimento, pela superação do desejo e também pelo treinamento mental. A felicidade é uma somatória de momentos encantados, como, por exemplo, contemplar a alegria e o sorriso de uma criança, como registrado no pensamento e sensibilidade de Charles Chaplin: "Não preciso me drogar para ser um gênio; não preciso ser um gênio para ser humano; mas preciso de seu sorriso para ser feliz".

Para as pessoas contaminadas pelo consumismo e pelo acúmulo de riquezas, o poder e o dinheiro são construtores da felicidade. Grande equívoco que a nossa consciência revelará cedo ou tarde. Tem razão Arthur Schopenhauer quando disse: "A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças do que nos nossos bolsos".

Estamos vivendo tempos preocupantes no Brasil e no mundo. As guerras que causam a morte de pessoas inocentes, a vergonhosa desigualdade social, o abandono dos princípios éticos, uma educação ultraada, os moradores de rua, o desespero das classes mais vulneráveis, a falta de perspectivas para os jovens e outras mazelas fazem parte do presente e ameaçam o nosso futuro.

É a hora de mudar o jogo. Todas e todos temos o direito de ter uma vida digna e feliz. Existem no planeta Terra um número considerável de seres humanos que construíram projetos virtuosos que precisam virar realidade. Isso é possível. Vamos usar como princípio o pensamento de Alexandre Herculano: "O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros". Creio que podemos chegar ao formato imaginado por Carlos Drummond de Andrade: "Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade".

A luta não será fácil. Muitas pedras no caminho. Nessa aventura, em momentos de desânimo, vamos nos lembrar dos versos inspiradores de Caetano Veloso: "Felicidade foi se embora / E a saudade no meu peito ainda mora / E é por isso que eu gosto lá de fora / Porque sei que a falsidade não vigora / A minha casa fica lá de traz do mundo / Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar". Vamos cada um de nós, encontrar a nossa bússola da felicidade.

 

Mais Lidas 72595f