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É assustador o retrocesso.</p> <p class="texto">Lula foi eleito com a promessa de repetir sua conquista ada, entre tantas outras. No ano ado, anunciou a retomada de medidas que ajudaram no combate à fome, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), além de iniciativas novas, como o financiamento federal às cozinhas comunitárias. Na realidade, o que reduz a fome é o conjunto de políticas sociais que atacam a pobreza, desde o Bolsa Família até o Minha Casa, Minha Vida. O desmonte desse aparato resultou na volta da subalimentação, aliado à crise da covid-19.</p> <p class="texto">Ainda não temos dados atualizados de 2023. Semana ada, questionei o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, sobre isso. O IBGE trabalha para divulgar em maio um levantamento sobre insegurança alimentar. Dias não falou em números, mas disse que a fome diminuiu. Já a lista da ONU deve sair em julho.</p> <p class="texto">Lula tem o mérito de ter dado uma resposta efetiva a um problema sério do Brasil, no ado. E tem o caminho das pedras para fazê-lo novamente. Porém, é preciso também encontrar uma forma para que as conquistas não sejam desfeitas novamente por um governo futuro. Esse é um desafio maior, talvez, do que tirar o Brasil do Mapa da Fome. 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Prioridade zero 582i5b
ARTIGO

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Um projeto de país deve durar mais do que quatro anos, e o enfrentamento à fome e à miséria, em um mundo ideal, independeria das vontades políticas 5v3k15

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar, na semana ada, da "prioridade zero" de seu governo: a erradicação da fome. Durante reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ele repetiu a promessa de acabar com a mazela até o final do seu mandato, ou seja, 2026. A meta é ousada. O país tenta resolver a fome e a extrema pobreza desde a década de 1990. O Fome Zero foi lançado no primeiro mandato de Lula, em 2003, uma coleção de políticas públicas que se provaram eficazes. Porém, a saída do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) ocorreu apenas em 2014.

Em tempo, é importante ressaltar que a fome nunca acabou no Brasil. O mapa da ONU inclui países com mais de 2,5% de sua população em subalimentação. Em 2014, cerca de 3 milhões de brasileiros estavam nessa situação, algo em torno de 1,7% do país. Dez vezes menos do que em 2022, com 33 milhões. Em menos de 10 anos, com o desmonte dos programas que visavam combater a miséria, o progresso foi desfeito. Há dois anos, tínhamos tantos famintos quanto em 1993. É assustador o retrocesso.

Lula foi eleito com a promessa de repetir sua conquista ada, entre tantas outras. No ano ado, anunciou a retomada de medidas que ajudaram no combate à fome, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), além de iniciativas novas, como o financiamento federal às cozinhas comunitárias. Na realidade, o que reduz a fome é o conjunto de políticas sociais que atacam a pobreza, desde o Bolsa Família até o Minha Casa, Minha Vida. O desmonte desse aparato resultou na volta da subalimentação, aliado à crise da covid-19.

Ainda não temos dados atualizados de 2023. Semana ada, questionei o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, sobre isso. O IBGE trabalha para divulgar em maio um levantamento sobre insegurança alimentar. Dias não falou em números, mas disse que a fome diminuiu. Já a lista da ONU deve sair em julho.

Lula tem o mérito de ter dado uma resposta efetiva a um problema sério do Brasil, no ado. E tem o caminho das pedras para fazê-lo novamente. Porém, é preciso também encontrar uma forma para que as conquistas não sejam desfeitas novamente por um governo futuro. Esse é um desafio maior, talvez, do que tirar o Brasil do Mapa da Fome. Um projeto de país deve durar mais do que quatro anos, e o enfrentamento à fome e à miséria, em um mundo ideal, independeria das vontades políticas.

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