{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/06/6877371-visao-do-correio-o-desafio-da-subalimentacao.html", "name": "Visão do Correio: O desafio da subalimentação", "headline": "Visão do Correio: O desafio da subalimentação", "description": "", "alternateName": "Editorial", "alternativeHeadline": "Editorial", "datePublished": "2024-06-14T05:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">A fome no mundo e todos os problemas subsequentes não deveriam ser mais uma questão a ser debatida. Nesta semana, estão reunidos em Assunção, no Paraguai, ministros e autoridades de desenvolvimento social do Mercosul com o objetivo de discutir políticas, programas e estratégias voltadas para o desenvolvimento social e o combate à pobreza.</p> <p class="texto">O Mapa da Fome no mundo ainda é assustador, e, caso as estatísticas permaneçam, os países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguirão bater a meta, estabelecida em 2015, de zerar a fome até 2030. O relatório revela que 111 países enfrentam situação crônica de falta de alimentos, o que significa que o que essas populações consomem é insuficiente para manter uma vida ativa e saudável. Fazem parte desse grupo nações em que essa condição atinge mais de 2,5% de seus habitantes. </p> <p class="texto">No Brasil, em 2022, o número de pessoas que enfrentavam a insegurança alimentar e nutricional grave ou de 33 milhões, o correspondente a mais de 15% da população brasileira. É verdade que, no último ano, a situação melhorou, já que parte desse contingente — 24,4 milhões de pessoas — deixou o grupo da insegurança alimentar, uma queda relevante de 73%, e, aqui, estamos falando também de outros fatores, como renda, falta de o à água, degradação dos solos, crises econômicas e de governança. Ainda assim, cerca de 9 milhões de brasileiros estão nessa situação em um país de clima tropical, sem furacões, vulcões, tsunamis e com um solo fértil (na maior parte do território), em que é totalmente possível produzir o que se consome. </p> <p class="texto">Iniciativas como a da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que promove leilões eletrônicos esporadicamente para adquirir cestas de alimentos destinadas ao atendimento dos povos indígenas Yanomami de Roraima e do Amazonas, são sempre muito bem-vindas, mas só chegam a alimentar uma população inferior a 40 mil pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional — quantidade pequena dada a dimensão populacional do Brasil.  </p> <p class="texto">Fato é que faltam apenas seis anos para 2030, cinco anos e meio para sermos mais exatos, e o Mapa da Fome completa 10 anos em 2025, com desafios ainda maiores se comparado à época de sua criação. Se antes os quadros de fome eram mais significativos em determinadas regiões, como no Nordeste, e em pequenos municípios, a verdade é que, na última década, chegou aos centros urbanos das outras regiões brasileiras. </p> <p class="texto">Especialistas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) falam, inclusive, não mais na fome de não comer, mas na fome de comer mal. Com a pandemia e o aumento do preço dos alimentos, consolidou-se a prática da substituição e, geralmente, de um alimento de qualidade por um de má qualidade nutricional. </p> <p class="texto">Para completar, não bastasse debatermos sobre insegurança alimentar no século 21, ainda assistimos a histórias nefastas envolvendo a fome, como a recente tragédia de um menininho privado de se alimentar  e, quando o fazia, comia ração de cachorro. Morreu pela atitude de um padrasto covarde e assassino que achou que a criança "merecia" esse castigo.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/opiniao/2024/06/6877437-destinar-recursos-para-a-educacao-e-gasto-ou-e-investimento-uma-aula-publica.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/13/pri_1406_opiniao2-38046369.jpg?20240613220008" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Destinar recursos para a educação é gasto ou é investimento? Uma aula pública</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/06/6877341-lugar-de-inteligencia-artificial-e-no-campo.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/04/25/img20200831103426918_768x576-27896344.jpg?20240613183550" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Lugar de inteligência artificial é no campo</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/06/6877006-morte-por-peeling-de-fenol-tragedia-expoe-falhas-e-a-necessidade-de-mudancas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/05/675x450/1_woman_getting_skin_mask_treatment_spa-37731025.jpg?20240614082939" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Morte por peeling de fenol: tragédia expõe falhas e a necessidade de mudanças</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2023/02/26/1200x800/1_divulgacao_mds_combate_a_fome-27509039.png?20240613201245?20240613201245", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2023/02/26/1000x1000/1_divulgacao_mds_combate_a_fome-27509039.png?20240613201245?20240613201245", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2023/02/26/800x600/1_divulgacao_mds_combate_a_fome-27509039.png?20240613201245?20240613201245" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense", "url": "/autor?termo=correio-braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 656j2g

Visão do Correio 3q4l35 O desafio da subalimentação
Editorial

Visão do Correio: O desafio da subalimentação 4p4v22

Cerca de 9 milhões de brasileiros estão na situação de insegurança alimentar em um país de clima tropical e boa parte do território com solo fértil 3r4h5k

A fome no mundo e todos os problemas subsequentes não deveriam ser mais uma questão a ser debatida. Nesta semana, estão reunidos em Assunção, no Paraguai, ministros e autoridades de desenvolvimento social do Mercosul com o objetivo de discutir políticas, programas e estratégias voltadas para o desenvolvimento social e o combate à pobreza.

O Mapa da Fome no mundo ainda é assustador, e, caso as estatísticas permaneçam, os países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguirão bater a meta, estabelecida em 2015, de zerar a fome até 2030. O relatório revela que 111 países enfrentam situação crônica de falta de alimentos, o que significa que o que essas populações consomem é insuficiente para manter uma vida ativa e saudável. Fazem parte desse grupo nações em que essa condição atinge mais de 2,5% de seus habitantes. 

No Brasil, em 2022, o número de pessoas que enfrentavam a insegurança alimentar e nutricional grave ou de 33 milhões, o correspondente a mais de 15% da população brasileira. É verdade que, no último ano, a situação melhorou, já que parte desse contingente — 24,4 milhões de pessoas — deixou o grupo da insegurança alimentar, uma queda relevante de 73%, e, aqui, estamos falando também de outros fatores, como renda, falta de o à água, degradação dos solos, crises econômicas e de governança. Ainda assim, cerca de 9 milhões de brasileiros estão nessa situação em um país de clima tropical, sem furacões, vulcões, tsunamis e com um solo fértil (na maior parte do território), em que é totalmente possível produzir o que se consome. 

Iniciativas como a da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que promove leilões eletrônicos esporadicamente para adquirir cestas de alimentos destinadas ao atendimento dos povos indígenas Yanomami de Roraima e do Amazonas, são sempre muito bem-vindas, mas só chegam a alimentar uma população inferior a 40 mil pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional — quantidade pequena dada a dimensão populacional do Brasil.  

Fato é que faltam apenas seis anos para 2030, cinco anos e meio para sermos mais exatos, e o Mapa da Fome completa 10 anos em 2025, com desafios ainda maiores se comparado à época de sua criação. Se antes os quadros de fome eram mais significativos em determinadas regiões, como no Nordeste, e em pequenos municípios, a verdade é que, na última década, chegou aos centros urbanos das outras regiões brasileiras. 

Especialistas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) falam, inclusive, não mais na fome de não comer, mas na fome de comer mal. Com a pandemia e o aumento do preço dos alimentos, consolidou-se a prática da substituição e, geralmente, de um alimento de qualidade por um de má qualidade nutricional. 

Para completar, não bastasse debatermos sobre insegurança alimentar no século 21, ainda assistimos a histórias nefastas envolvendo a fome, como a recente tragédia de um menininho privado de se alimentar  e, quando o fazia, comia ração de cachorro. Morreu pela atitude de um padrasto covarde e assassino que achou que a criança "merecia" esse castigo.

Mais Lidas 72595f