{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/08/6918136-visao-do-correio-brasileiras-vencedoras-e-desprotegidas.html", "name": "Visão do Correio: Brasileiras vencedoras e desprotegidas", "headline": "Visão do Correio: Brasileiras vencedoras e desprotegidas", "description": "", "alternateName": "Editorial", "alternativeHeadline": "Editorial", "datePublished": "2024-08-12T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O Brasil que viu as atletas conquistarem medalhas e orgulharem a nação nas Olimpíadas 2024 precisa se debruçar ainda mais sobre a questão da violência de gênero. O país que acompanhou Rebeca Andrade e suas colegas da ginástica, Beatriz Souza, Rafaela Silva, Duda, Ana Patrícia, Bia Ferreira, Larissa Pimenta, Tatiana Weston-Webb, Rayssa Leal e as jogadoras do futebol e do vôlei mostrarem força e competência para chegar ao pódio não oferece segurança para que meninas e mulheres vivam sem medo.</p> <p class="texto">O triunfo feminino em Paris comprova o que o cotidiano escancara em território nacional: o talento e a capacidade de superação das brasileiras em todas as atividades, incluindo o esporte de alta performance. Os discursos conscientes das nossas representantes nos Jogos, únicas a garantirem o ouro, precisam ser uma indicação a mais da necessidade premente de eliminar os ataques às mulheres.</p> <p class="texto">Em 2023, o Brasil registrou um crime de estupro a cada seis minutos. Com o total de 83.988 casos e aumento de 6,5% em relação a 2022, um triste recorde foi registrado. As mulheres são a maioria das vítimas e os agressores estão, na maior parte das vezes, dentro de casa. Esse é um recorte aterrorizante que faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no mês ado. O levantamento aponta também que o número de mulheres que sofreu algum tipo de violência doméstica foi de 258.941 no ano ado, o que representa um aumento de 9,8% em comparação com os 12 meses anteriores.</p> <p class="texto">O retrato do país que persegue o feminino é assustador, a despeito da Lei Maria da Penha, referência mundial no combate à violência doméstica contra meninas e mulheres. Na última quarta-feira, a legislação completou 18 anos, mas ainda com desafios para a sua aplicação. Se a lei é exemplar, é necessário discutir o aprimoramento das políticas públicas para o atendimento dessas vítimas.</p> <p class="texto">Apesar dos avanços, reconhecidos por especialistas, a opressão ao feminino ainda é um dos principais problemas sociais do país. A violência que mira a mulher aumenta e, muitas vezes, choca pelo nível de crueldade. A redução da desigualdade de gênero e a ampliação do debate em torno do tema têm de ser encaradas com determinação, mobilizando toda a sociedade.</p> <p class="texto">Nessa luta, a participação dos homens precisa ser mais efetiva. De muitas maneiras, eles devem repensar suas atuações diante da avalanche de casos de ataques às mulheres. Abuso, importunação sexual, perseguição, assédio e feminicídio — crimes que não dão trégua — precisam ser combatidos por toda população.</p> <p class="texto">Medidas e discussões a partir do masculino podem contribuir de forma significativa para a proteção das mulheres. Acabar com o machismo e a misoginia é uma missão que cabe a todos. No dia a dia, observar atitudes e comentários pode fazer a diferença. Não é possível aceitar que amigos, colegas de trabalho e parentes apresentem sinais de desrespeito às mulheres sem serem repreendidos. Essa é uma postura óbvia, mas normalmente negligenciada. O posicionamento de cada um diante das ocorrências é determinante para que elas recuem.</p> <p class="texto">A mobilização de mulheres e homens é o caminho para extirpar esse mal. E apenas o discurso masculino não basta. A luta contra a violência que aflige as mulheres tem de envolver desde os pequenos, com educação e conscientização, até os idosos. O Brasil precisa começar a se orgulhar também apresentando vitórias que garantam a total segurança às suas cidadãs.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/opiniao/2024/08/6918190-codigo-de-defesa-do-consumidor-e-a-defesa-dos-direitos-humanos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/11/direitos_humanos-39389471.jpg?20240811222731" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Código de Defesa do Consumidor e a defesa dos direitos humanos</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/08/6918169-uma-cidade-e-seus-inimigos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/11/26807176166_c01419f63e_o-39387884.jpg?20240811220322" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Uma cidade e seus inimigos</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/08/6918147-o-impacto-do-estatuto-da-seguranca-privada-para-a-populacao.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/09/pri_1208_opini-39371278.jpg?20240811174320" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>O impacto do Estatuto da Segurança Privada para a população</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/25/1200x801/1_violencia_mulher_capa_32224888-39107238.jpg?20240811171636?20240811171636", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/25/1000x1000/1_violencia_mulher_capa_32224888-39107238.jpg?20240811171636?20240811171636", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/25/800x600/1_violencia_mulher_capa_32224888-39107238.jpg?20240811171636?20240811171636" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense", "url": "/autor?termo=correio-braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 682w6o

Visão do Correio 3q4l35 Brasileiras vencedoras e desprotegidas
Editorial

Visão do Correio: Brasileiras vencedoras e desprotegidas 2g1k3w

O retrato do país que persegue o feminino é assustador, a despeito da Lei Maria da Penha 6342c

O Brasil que viu as atletas conquistarem medalhas e orgulharem a nação nas Olimpíadas 2024 precisa se debruçar ainda mais sobre a questão da violência de gênero. O país que acompanhou Rebeca Andrade e suas colegas da ginástica, Beatriz Souza, Rafaela Silva, Duda, Ana Patrícia, Bia Ferreira, Larissa Pimenta, Tatiana Weston-Webb, Rayssa Leal e as jogadoras do futebol e do vôlei mostrarem força e competência para chegar ao pódio não oferece segurança para que meninas e mulheres vivam sem medo.

O triunfo feminino em Paris comprova o que o cotidiano escancara em território nacional: o talento e a capacidade de superação das brasileiras em todas as atividades, incluindo o esporte de alta performance. Os discursos conscientes das nossas representantes nos Jogos, únicas a garantirem o ouro, precisam ser uma indicação a mais da necessidade premente de eliminar os ataques às mulheres.

Em 2023, o Brasil registrou um crime de estupro a cada seis minutos. Com o total de 83.988 casos e aumento de 6,5% em relação a 2022, um triste recorde foi registrado. As mulheres são a maioria das vítimas e os agressores estão, na maior parte das vezes, dentro de casa. Esse é um recorte aterrorizante que faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no mês ado. O levantamento aponta também que o número de mulheres que sofreu algum tipo de violência doméstica foi de 258.941 no ano ado, o que representa um aumento de 9,8% em comparação com os 12 meses anteriores.

O retrato do país que persegue o feminino é assustador, a despeito da Lei Maria da Penha, referência mundial no combate à violência doméstica contra meninas e mulheres. Na última quarta-feira, a legislação completou 18 anos, mas ainda com desafios para a sua aplicação. Se a lei é exemplar, é necessário discutir o aprimoramento das políticas públicas para o atendimento dessas vítimas.

Apesar dos avanços, reconhecidos por especialistas, a opressão ao feminino ainda é um dos principais problemas sociais do país. A violência que mira a mulher aumenta e, muitas vezes, choca pelo nível de crueldade. A redução da desigualdade de gênero e a ampliação do debate em torno do tema têm de ser encaradas com determinação, mobilizando toda a sociedade.

Nessa luta, a participação dos homens precisa ser mais efetiva. De muitas maneiras, eles devem repensar suas atuações diante da avalanche de casos de ataques às mulheres. Abuso, importunação sexual, perseguição, assédio e feminicídio — crimes que não dão trégua — precisam ser combatidos por toda população.

Medidas e discussões a partir do masculino podem contribuir de forma significativa para a proteção das mulheres. Acabar com o machismo e a misoginia é uma missão que cabe a todos. No dia a dia, observar atitudes e comentários pode fazer a diferença. Não é possível aceitar que amigos, colegas de trabalho e parentes apresentem sinais de desrespeito às mulheres sem serem repreendidos. Essa é uma postura óbvia, mas normalmente negligenciada. O posicionamento de cada um diante das ocorrências é determinante para que elas recuem.

A mobilização de mulheres e homens é o caminho para extirpar esse mal. E apenas o discurso masculino não basta. A luta contra a violência que aflige as mulheres tem de envolver desde os pequenos, com educação e conscientização, até os idosos. O Brasil precisa começar a se orgulhar também apresentando vitórias que garantam a total segurança às suas cidadãs.

Mais Lidas 72595f