{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/08/6929156-artigo-o-conselho-de-politica-externa-deve-refletir-nossa-diversidade.html", "name": "Artigo: O Conselho de Política Externa deve refletir nossa diversidade", "headline": "Artigo: O Conselho de Política Externa deve refletir nossa diversidade", "description": "", "alternateName": "Relações Internacionais", "alternativeHeadline": "Relações Internacionais", "datePublished": "2024-08-28T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto"><strong>Giorgio Romano Schutte*, Gilberto M. A. Rodrigues**</strong></p> <p class="texto">O Brasil reassume seu protagonismo global nas questões sociais, de governança global e meio ambiente, com a presidência brasileira do G20, em 2024, e do Brics e da COP-30, no ano que vem. Com esperança renovada, representantes da sociedade civil retomaram, nesse contexto, uma pauta de mais de 20 anos e formalizaram a proposta de criação de um Conselho de Política Externa (Conpeb) ao Itamaraty e à Presidência da República, recebendo reações positivas. Cabe agora ampliar ainda mais o debate por um Conselho que reflita a diversidade e a experiência internacional da sociedade brasileira.<br /></p> <p class="texto">A ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, afirmou recentemente em um evento paralelo ao G20, realizado pela sua pasta com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que o Estado do futuro deveria ser "extremamente participativo". De fato, o terceiro governo Lula retomou a organização dessa participação nas instâncias do Estado para possibilitar a participação social na construção, no monitoramento e na avaliação de políticas públicas. Foi criado, inclusive, um Sistema de Participação Social Interministerial.</p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/opiniao/2024/08/6928930-onde-estao-as-atas.html">Onde estão as atas?</a></strong></li> </ul> <p class="texto">Um argumento para não haver o Conpeb é que conselhos de participação são para políticas públicas, e política externa não seria uma política pública, mas uma política de Estado. Grande debate, mas, pelo menos em tese, já superado. Como diz o site da Secretaria Geral da Presidência, "a participação social é estratégia do governo federal para a construção de políticas públicas internas, e não é diferente na agenda internacional".</p> <p class="texto">Houve, em vários momentos, uma participação pontual expressiva e construtiva desde a conferência no Rio 1992 sobre meio ambiente e desenvolvimento e a de Durban contra o racismo e a discriminação racial, em 2001. Da mesma forma, houve uma mobilização expressiva contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e a participação no processo de integração regional com o Mercosul Social. Em todos esses casos, o debate ligava a política externa a seus impactos internos, tanto na geração de emprego e renda, como direitos humanos ou ambientais, trazendo pautas relevantes para o desenvolvimento do país. Por outro lado, também nunca faltou o aos negociadores e formuladores da política externa via balcão para interesses econômicos específicos, como os do agronegócio.</p> <ul> <li><strong>Leia também: </strong><a href="/opiniao/2024/08/6928336-riqueza-sonora.html"><strong>Riqueza sonora</strong> </a></li> </ul> <p class="texto">Na primeira Conferência Nacional sobre Política Externa, realizada na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, em 2013, um conjunto significativo de atores da sociedade civil entregou uma carta ao então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que se comprometeu a levar adiante a criação do Conpeb. Após aquele momento, o país começou a ar por turbulências políticas que levaram à derrubada da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e à ascensão de governos que suspenderam o ciclo virtuoso de participação social, democrático e transparente, e arquivaram as conversas já em fase avançada para a criação do conselho. Mesmo assim, a ideia permaneceu viva, em fóruns como o Grupo de Reflexão em Relações Internacionais (GR-RI) e a Rede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip), entre outros, que congregam diversas organizações e especialistas do campo. Cabe, agora, incorporar outros setores, como o empresarial.</p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/opiniao/2024/08/6928316-artigo-a-evolucao-do-paradesporto-e-a-agenda-esg-no-brasil.html">Artigo: A evolução do paradesporto e a agenda ESG no Brasil</a></strong></li> </ul> <p class="texto">Por tudo isso, há de se saudar a entrada na agenda do Palácio do Planalto da proposta de decretar a instalação de um Conselho de Política Externa Brasileira, que deve permitir um diálogo mais permanente e reconhecer as interfaces com as várias áreas nas quais já houve essas experiências de participação pontual. Não há dúvida de que, assim como aconteceu em outros setores, o Conpeb deve contribuir para que as políticas que orientam a inserção internacional do país reflitam cada vez mais a diversidade de visões e interesses da sociedade brasileira como ela é.</p> <p class="texto"><em>Professores de relações internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) e membros do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (OPEB)*</em></p> <p class="texto"><em><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/opiniao/2024/08/6929258-visao-do-correio-lideranca-ambiental-sem-ambiguidades.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/05/10/cbpfot140320110333-7941144.jpg?20240827200843" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Visão do Correio: Liderança ambiental sem ambiguidades</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/08/6929156-artigo-o-conselho-de-politica-externa-deve-refletir-nossa-diversidade.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/02/26/pri_2702_opiniao-7511135.jpg?20240827184020" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Artigo: O Conselho de Política Externa deve refletir nossa diversidade</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2024/08/6929090-artigo-o-genial-ministro-de-belindia.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/27/opiniao_2808-39643982.jpg?20240827203645" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Artigo: O genial ministro de Belíndia</span> </div> </a> </li> </ul> </div></em></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/02/26/1200x800/1_pri_2702_opiniao-7511135.jpg?20240827184020?20240827184020", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/02/26/1000x1000/1_pri_2702_opiniao-7511135.jpg?20240827184020?20240827184020", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/02/26/800x600/1_pri_2702_opiniao-7511135.jpg?20240827184020?20240827184020" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 2f4l6s

Artigo 1f6r O Conselho de Política Externa deve refletir nossa diversidade
Relações Internacionais

Artigo: O Conselho de Política Externa deve refletir nossa diversidade s5v26

Há de se saudar a entrada na agenda do Palácio do Planalto da instalação de um Conselho de Política Externa. Cabe ampliar o debate por um Conselho que reflita a diversidade e a experiência internacional da sociedade brasileira 2c6s4j

Giorgio Romano Schutte*, Gilberto M. A. Rodrigues**

O Brasil reassume seu protagonismo global nas questões sociais, de governança global e meio ambiente, com a presidência brasileira do G20, em 2024, e do Brics e da COP-30, no ano que vem. Com esperança renovada, representantes da sociedade civil retomaram, nesse contexto, uma pauta de mais de 20 anos e formalizaram a proposta de criação de um Conselho de Política Externa (Conpeb) ao Itamaraty e à Presidência da República, recebendo reações positivas. Cabe agora ampliar ainda mais o debate por um Conselho que reflita a diversidade e a experiência internacional da sociedade brasileira.

A ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, afirmou recentemente em um evento paralelo ao G20, realizado pela sua pasta com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que o Estado do futuro deveria ser "extremamente participativo". De fato, o terceiro governo Lula retomou a organização dessa participação nas instâncias do Estado para possibilitar a participação social na construção, no monitoramento e na avaliação de políticas públicas. Foi criado, inclusive, um Sistema de Participação Social Interministerial.

Um argumento para não haver o Conpeb é que conselhos de participação são para políticas públicas, e política externa não seria uma política pública, mas uma política de Estado. Grande debate, mas, pelo menos em tese, já superado. Como diz o site da Secretaria Geral da Presidência, "a participação social é estratégia do governo federal para a construção de políticas públicas internas, e não é diferente na agenda internacional".

Houve, em vários momentos, uma participação pontual expressiva e construtiva desde a conferência no Rio 1992 sobre meio ambiente e desenvolvimento e a de Durban contra o racismo e a discriminação racial, em 2001. Da mesma forma, houve uma mobilização expressiva contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e a participação no processo de integração regional com o Mercosul Social. Em todos esses casos, o debate ligava a política externa a seus impactos internos, tanto na geração de emprego e renda, como direitos humanos ou ambientais, trazendo pautas relevantes para o desenvolvimento do país. Por outro lado, também nunca faltou o aos negociadores e formuladores da política externa via balcão para interesses econômicos específicos, como os do agronegócio.

Na primeira Conferência Nacional sobre Política Externa, realizada na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, em 2013, um conjunto significativo de atores da sociedade civil entregou uma carta ao então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que se comprometeu a levar adiante a criação do Conpeb. Após aquele momento, o país começou a ar por turbulências políticas que levaram à derrubada da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e à ascensão de governos que suspenderam o ciclo virtuoso de participação social, democrático e transparente, e arquivaram as conversas já em fase avançada para a criação do conselho. Mesmo assim, a ideia permaneceu viva, em fóruns como o Grupo de Reflexão em Relações Internacionais (GR-RI) e a Rede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip), entre outros, que congregam diversas organizações e especialistas do campo. Cabe, agora, incorporar outros setores, como o empresarial.

Por tudo isso, há de se saudar a entrada na agenda do Palácio do Planalto da proposta de decretar a instalação de um Conselho de Política Externa Brasileira, que deve permitir um diálogo mais permanente e reconhecer as interfaces com as várias áreas nas quais já houve essas experiências de participação pontual. Não há dúvida de que, assim como aconteceu em outros setores, o Conpeb deve contribuir para que as políticas que orientam a inserção internacional do país reflitam cada vez mais a diversidade de visões e interesses da sociedade brasileira como ela é.

Professores de relações internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) e membros do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (OPEB)*

Mais Lidas 72595f