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O sombrio mundo atraente 3h12o
Artigo

O sombrio mundo atraente 3h12o

A morte da Sarah Raíssa, de 8 anos, após ser "desafiada" em uma brincadeira no Tik Tok e a desarticulação de uma quadrilha no Rio, que induzia crianças e adolescentes a assassinatos e suicídio, acende a luz de alerta: o lado obscuro da internet é mais do que real, é fatal 2g6w1b

O mundo das telas é extraordinário e encantador, mostra perspectivas tão atraentes que faz o real ficar menos incômodo e insosso. Mas é, sobretudo, um risco e uma ameaça constante. A morte da menina Sarah Raíssa, de 8 anos, em Brasília, que não sobreviveu ao inalar um desodorante, após ser desafiada numa brincadeira no Tik Tok, e a prisão de uma quadrilha, no Rio de Janeiro, que incentivava crianças e adolescentes a crimes de toda ordem em vários locais do país, trazem à tona o lado sombrio do desconhecido universo da internet.

Um planeta à parte que instiga, provoca e induz meninos e meninas às práticas mais controvertidas que se possa imaginar. Nada de julgar aqui os adultos que deveriam ser os "responsáveis". Não é essa a questão. A pergunta é outra. Que realidade é essa que se coloca no cotidiano das crianças e dos adolescentes que é tão pouco atraente que os fazem procurar o ânimo nas telas?

Nas escolas, são frequentes os relatos de meninos e meninas que se tornam fantoches desses grupos e desafios. Agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav-RJ) desarticularam um grupo que atuava em oito estados.

A rede criminosa usava o ambiente virtual para incentivar assassinatos, suicídios, automutilação, apologia ao nazismo, e ainda estimular maus-tratos a animais e divulgação de pornografia infantil. Mas não é apenas uma ação policial isolada que vai resolver o problema.

Especialistas defendem uma articulação conjunta de entidades públicas, civis e privadas no esforço de conter o avanço de uma doença ainda sem nome, mas, certamente, com a intensidade de uma pandemia que, quando não dizima as novas gerações, causa danos incalculáveis. São adolescentes obcecadas pela beleza inatingível, ora entregues a dores d'alma tão profundas, que acreditam que a única alternativa é pôr um fim na vida, seja como for. 

Aos 15 anos, T*, filha de classe média, moradora do Plano Piloto, teve seu lado sombrio recém-descoberto. A família encontrou no celular da estudante grupos de incentivos à bulimia, à anorexia e ao suicídio. Havia, ainda, sugestões de dieta baseadas em uma refeição de 300 calorias a cada dois dias. Detalhe: a garota é atleta, zero acima do peso. Perguntada sobre o porquê dessas conversas e onde queria chegar, a menina reagiu com um olhar vazio e ausência absoluta de explicações. "Não sei, só sei que podia ser bom."

Não é possível padronizar nem buscar receita de bolo. Cabe somente reagir e agir. Não se pode assistir a essa devassa feita pelas "forças ocultas", que se escondem covardemente atrás de perfis falsos, que destroem silenciosamente a vida de crianças e adolescentes, deixando um rastro de tristeza e incerteza. Ficam as famílias, os parentes e os amigos com a sensação de que algo poderia ser feito, sem saber exatamente o que nem como.

O Instituto DimiCuida alerta que de 2014 a 2025, pelo menos 56 crianças, com idades de 7 a 18 anos, morreram em desafios compartilhados nas redes sociais.

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