{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2025/04/7130258-seculo-21-escravidao-presente.html", "name": "Século 21: escravidão, presente", "headline": "Século 21: escravidão, presente", "description": "", "alternateName": "Opinião ", "alternativeHeadline": "Opinião ", "datePublished": "2025-04-30T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">Que país é este? —  indagação recorrente na realidade brasileira diante de tantos fatores, como violência e atitudes desagregadoras, que conspiram contra os brasileiros e seus direitos. Lamentável que o Brasil tenha de dar explicações à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação de Sônia Maria de Jesus, mulher negra, 51 anos, cega de um olho, surda e não alfabetizada, resgatada após 40 anos de trabalho análogo à escravidão na residência do "seu senhor", o desembargador Jorge Luiz Borba, em Florianópolis (SC).  </p> <p class="texto">Em junho de 2023, após uma denúncia anônima,  ela foi encontrada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que integra órgãos como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Federal (PF). Poucos meses depois do  flagrante, em 2023, Sônia foi devolvida, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para a residência dos seus "donos".  </p> <p class="texto">Desde a terceira década do século 16, quando os colonizadores avançaram no tráfico de africanos, os negros são sequestrados, explorados, violentados em seus direitos e massacrados pelas classes dominantes. Na contemporaneidade, os "gatos", empregados de abastados empresários, principalmente do meio rural, cumprem igual papel dos lacaios de colonizadores. Hoje, nos grandes centros urbanos, negros, brancos e migrantes também são explorados por empresas privadas, dos mais variados setores da economia.</p> <p class="texto">Daqui a 14 dias (13 de maio), a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel durante o período do império, completará 137 anos. No Brasil, há leis que pegam e outras que são ignoradas, engavetadas, sem qualquer impacto na realidade. Há de se reconhecer que a alardeada abolição da escravatura foi regra natimorta. </p> <p class="texto">A Constituição de 1988 deixou claro que todos são iguais perante as leis, independentemente de origem, raça, sexo, idade ou qualquer outra característica. Após a promulgação da Constituição Cidadã, o constituinte deputado Carlos Alberto Oliveira (RJ), o Caó, conseguiu aprovar a Lei nº 7.716/1989, que definiu os crimes de preconceito de raça ou cor, criminaliza o racismo, o preconceito e a injúria racial. Injúria que, há pouco tempo, ou a ser crime de racismo por entendimento do Supremo Tribunal Federal. </p> <p class="texto">No ano ado, foram registradas mais de 5,2 mil denúncias de racismo no país e mais de 2 mil trabalhadores foram libertados de condições análogas à escravidão, durante as 1.035 ações fiscais. O valor das multas aplicadas aos escravagistas chegou a R$ 7 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias. A Lista Suja do Ministério do Trabalho tem 745 nomes, sendo 18 por impor aos empregados condições análogas à escravidão. Quando o mundo do trabalho sairá do século 16 e alcançará os avanços civilizatórios do século 21", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/07/1200x801/1_sonia-34934395.jpg?20250127170610?20250127170610", "https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/02/07/1000x1000/1_sonia-34934395.jpg?20250127170610?20250127170610", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/07/800x600/1_sonia-34934395.jpg?20250127170610?20250127170610" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Rosane Garcia", "url": "/autor?termo=rosane-garcia" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } m686i

Século 21 4q233o escravidão, presente
Opinião

Século 21: escravidão, presente 2r5y44

Lamentável que o Brasil tenha de dar explicações à ONU sobre a situação de Sônia Maria de Jesus, mulher negra resgatada após 40 anos de trabalho análogo à escravidão em Florianópolis 3l4u4n

Que país é este? —  indagação recorrente na realidade brasileira diante de tantos fatores, como violência e atitudes desagregadoras, que conspiram contra os brasileiros e seus direitos. Lamentável que o Brasil tenha de dar explicações à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação de Sônia Maria de Jesus, mulher negra, 51 anos, cega de um olho, surda e não alfabetizada, resgatada após 40 anos de trabalho análogo à escravidão na residência do "seu senhor", o desembargador Jorge Luiz Borba, em Florianópolis (SC).  

Em junho de 2023, após uma denúncia anônima,  ela foi encontrada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que integra órgãos como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Federal (PF). Poucos meses depois do  flagrante, em 2023, Sônia foi devolvida, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para a residência dos seus "donos".  

Desde a terceira década do século 16, quando os colonizadores avançaram no tráfico de africanos, os negros são sequestrados, explorados, violentados em seus direitos e massacrados pelas classes dominantes. Na contemporaneidade, os "gatos", empregados de abastados empresários, principalmente do meio rural, cumprem igual papel dos lacaios de colonizadores. Hoje, nos grandes centros urbanos, negros, brancos e migrantes também são explorados por empresas privadas, dos mais variados setores da economia.

Daqui a 14 dias (13 de maio), a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel durante o período do império, completará 137 anos. No Brasil, há leis que pegam e outras que são ignoradas, engavetadas, sem qualquer impacto na realidade. Há de se reconhecer que a alardeada abolição da escravatura foi regra natimorta. 

A Constituição de 1988 deixou claro que todos são iguais perante as leis, independentemente de origem, raça, sexo, idade ou qualquer outra característica. Após a promulgação da Constituição Cidadã, o constituinte deputado Carlos Alberto Oliveira (RJ), o Caó, conseguiu aprovar a Lei nº 7.716/1989, que definiu os crimes de preconceito de raça ou cor, criminaliza o racismo, o preconceito e a injúria racial. Injúria que, há pouco tempo, ou a ser crime de racismo por entendimento do Supremo Tribunal Federal. 

No ano ado, foram registradas mais de 5,2 mil denúncias de racismo no país e mais de 2 mil trabalhadores foram libertados de condições análogas à escravidão, durante as 1.035 ações fiscais. O valor das multas aplicadas aos escravagistas chegou a R$ 7 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias. A Lista Suja do Ministério do Trabalho tem 745 nomes, sendo 18 por impor aos empregados condições análogas à escravidão. Quando o mundo do trabalho sairá do século 16 e alcançará os avanços civilizatórios do século 21?

Mais Lidas 72595f