8 de janeiro: câmeras do STF mostram recuo da Polícia Militar do DF

Durante o avanço dos invasores, policiais que estavam na contenção entraram no ônibus da PMDF - (crédito: STF/Divulgação)

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou, nesta quarta-feira (25/1), imagens captadas pelas câmeras de segurança da sede da Corte, na Praça dos Três Poderes, que mostram a ação de bolsonaristas extremistas que depredaram prédios públicos da capital federal, em 8 de janeiro. Nos registros, é possível perceber um recuo de agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no esforço de conter os golpistas.

Confira as gravações:  

Em um primeiro vídeo, captado pelas câmeras externas do STF, é possível ver uma contenção da PMDF para que os invasores não descessem a via que dá o à Praça dos Três Poderes e, por consequência, ao Supremo. O bloqueio é feito por um ônibus da PMDF e, posteriormente, de uma espécie de carro forte da corporação — há ainda grades que fechavam a parte da pista que os carros não cobriam.

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Há ainda duas viaturas e cerca de 22 policiais do lado de trás da barreira. Segundos depois, os dois veículos de grande porte se movem do bloqueio, inclusive um deles a por cima da grade que impedia o o. Com o caminho livre, os manifestantes começam a se movimentar, calmamente. Primeiro se ajoelham, depois começam a avançar.

Os agentes começam a entrar no ônibus e o carro forte avança mais um pouco na pista. Não há nenhum policial na linha de frente para conter ou ao menos repreender, verbalmente, os golpistas. A câmera mostra, também, cerca de 10 policiais parados, dentro de seis viaturas no estacionamento do STF, que observam a cena. 

Os extremistas avançam até onde estão os carros e, sem serem repreendidos, ultraam os veículos e descem a via rumo ao STF. Minutos depois, o prédio do Supremo já era depredado pelos golpistas.

A atuação da PMDF já havia sido classificada como falha e omissa pelo STF logo após os atos golpistas, o que resultou na exoneração do ex-comandante da corporação, Flavio Augusto Vieira, em 9 de janeiro, feita pelo interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Capelli. Um dia depois, em 10 de janeiro, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão de Augusto.

Em depoimento, o militar afirmou que recebeu informações da inteligência da PM que os atos seriam pacíficos e que cumpriu o plano de atuação estabelecido pelas forças de segurança do DF e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em frente ao STF, policiais abandonam formação e enfraquecem bloqueio

Outro vídeo gravado pelas câmeras do Supremo mostram o momento em que grande parte dos golpistas já desceram a via de o ao órgão. No local, há cerca de 26 policiais. 22 estavam posicionados em uma espécie de barreira humana.

Pouco depois, no entanto, os policiais deixam a posição de guarda e chegam a correr do local. Permanecem, então, apenas 11 agentes na barreira contra centenas de extremistas. Veja:

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