{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/politica/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/politica/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/politica/", "name": "Política", "description": "Governo Lula, Congresso, Judiciário: as notícias para ficar bem informado sobre os Três Poderes ", "url": "/politica/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/politica/2024/04/6839496-nas-entrelinhas-pauta-conservadora-avanca-no-congresso.html", "name": "Nas Entrelinhas: Pauta conservadora avança no Congresso", "headline": "Nas Entrelinhas: Pauta conservadora avança no Congresso", "description": "", "alternateName": "Análise", "alternativeHeadline": "Análise", "datePublished": "2024-04-17T03:55:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O governo sofreu dois grandes revezes, ontem, um no Senado e outro na Câmara, que aprovaram propostas da agenda conservadora da oposição. No Senado, foi aprovada uma emenda à Constituição que criminaliza o porte e a posse de drogas, independentemente da quantidade. Na Câmara, por ampla maioria, a oposição aprovou um pedido de urgência para votar um projeto de lei que criminaliza a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Em ambos os casos, o pano de fundo é a sucessão dos <a href="/politica/2024/04/6838222-divida-dos-estados-pacheco-se-reune-com-governadores-do-sudeste.html">presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)</a>, e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na qual a oposição atua em aliança com o Centrão para desestabilizar o bloco de apoio ao governo.</p> <p class="texto">Em relação ao projeto que endurece a repressão ao consumo de drogas, a proposta foi aprovada, em primeiro turno, por 53 x 9, e em segundo por 52 x 9. Há uma reação da maioria dos senadores ao Supremo Tribunal Federal (STF), cujo presidente, Luís Roberto Barroso, defende a descriminalização do porte de pequenas quantidades de maconha para uso pessoal. Cinco ministros votaram a favor da descriminalização, entretanto não chegaram a um entendimento comum para classificar o que seria "uso pessoal".</p> <p class="texto">Além de criminalizar o porte e a posse, a proposta a ser votada pela Câmara prevê inserir na Constituição uma distinção entre traficante e usuário, com penas alternativas à prisão para quem consome a substância ilícita. Na prática, "constitucionaliza" a Lei de Drogas, que vigora desde 2006, e impede que o Supremo estabeleça nova jurisprudência.</p> <p class="texto">Pacheco defende a prerrogativa de o Congresso definir o tráfico e o consumo, que terão, independentemente de outros critérios, consequências jurídicas. "Cabe ao Parlamento decidir se algo deve ser crime ou não", disse. Há controvérsias sobre o poder do Congresso de modificar o texto do artigo 5º da Constituição, que estabelece os termos da inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, que são cláusulas pétreas.</p> <p class="texto">Entre os criminalistas, é cada vez mais forte o entendimento de que a política antidrogas adotada pela maioria dos países não é eficaz para combater o tráfico. Pelo contrário: vem sendo um fator de fortalecimento do crime organizado e do desenvolvimento de drogas sintéticas muito mais poderosas.</p> <p class="texto">É o caso, por exemplo, do consumo da maconha, cuja posse aria a ser criminalizada, na contramão do que começa a ocorrer mundo afora. O endurecimento das penas é responsável pela elevação da população carcerária, muito acima da capacidade dos presídios e de a Justiça julgar os casos dos presos provisórios por porte de drogas.</p> <h3>Abril Vermelho</h3> <p class="texto">Na Câmara, os deputados ligados ao agronegócio e da oposição aram o rodo nos governistas na votação do pedido de urgência para votação do projeto de lei que criminaliza o MST, aprovada por 299 x 111, com uma abstenção. Foi uma reação ao Abril Vermelho, que neste mês já registrou 21 ocupações de propriedades rurais. A urgência do projeto foi articulada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprovou o chamado Pacote Anti-Invasão, para inviabilizar a atuação do MST.</p> <p class="texto">O primeiro projeto é o PL 8.262/17, de autoria do ex-deputado André Amaral (Pros-PB), que concede a proprietários rurais o direito de solicitarem o uso de força policial para a retirada de ocupantes de terra de áreas de sua propriedade, sem necessidade de ordem judicial — conforme determina a legislação atual. O segundo, o PL 4.183/23, de autoria do deputado Coronel Assis (União Brasil-MS), obriga movimentos populares a terem personalidade jurídica para poderem atuar politicamente, o que significa criminalizar os movimentos sociais espontâneos.</p> <p class="texto">Outra proposta que deve ser aprovada pela CCJ, e encaminhado para votação em regime de urgência, na base do rolo compressor, é o PL 709/23, do deputado Marcos Pollon (PL-MS). O texto estabelece impedimentos a ocupantes de terras rurais e urbanas, como a proibição de receber auxílios e benefícios de programas federais e o veto à ocupação de cargo ou função pública. O relator é o <a href="/politica/2024/01/6795737-salles-desiste-pela-2-vez-da-prefeitura-de-sp-apos-pl-apoiar-nunes.html">ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles (PL-SP)</a>.</p> <p class="texto">Ontem, para complicar ainda mais a vida do governo na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) anunciou que pretende instalar cinco das oito Is requeridas pela oposição. Uma delas trata do abuso de autoridade de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF. Lira está em guerra com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e faz uma demonstração de força para não perder o controle da própria sucessão. Para agradar a oposição, também abre espaço para a oposição contra o Supremo.<div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/politica/2024/04/6838782-senado-vota-pec-das-drogas-nesta-terca-entenda-a-proposta.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/16/plenario_senado___edilson_rodrigues-36249357.jpg?20240430235213" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Senado vota PEC das Drogas nesta terça; entenda a proposta</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/04/6838739-nas-entrelinhas-confronto-entre-ira-e-israel-escala-a-guerra-de-gaza.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/15/pri_1604_entrelinhas-36244501.jpg?20240416013931" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Nas entrelinhas: confronto entre Irã e Israel escala a guerra de Gaza</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/04/6838738-equipe-economica-recua-e-governo-revisa-meta-de-2025-para-deficit-zero.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/15/raf08459-36239877.jpg?20240416081429" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Equipe econômica recua e governo revisa meta de 2025 para deficit zero</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/04/6838737-proposta-de-salario-minimo-para-2025-e-rs-1.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/16/pnadcmensal_home_tonywinstonagenciabrasilia-35060160.jpg?20240527074611" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Proposta de salário mínimo para 2025 é R$ 1.502</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/15/1200x801/1_whatsapp_image_2024_04_15_at_08_12_44-36223281.jpeg?20240701215217?20240701215217", "https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/04/15/1000x1000/1_whatsapp_image_2024_04_15_at_08_12_44-36223281.jpeg?20240701215217?20240701215217", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/15/800x600/1_whatsapp_image_2024_04_15_at_08_12_44-36223281.jpeg?20240701215217?20240701215217" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Luiz Carlos Azedo", "url": "/autor?termo=luiz-carlos-azedo" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 16521s

Nas Entrelinhas 71p38 Pauta conservadora avança no Congresso
Análise

Nas Entrelinhas: Pauta conservadora avança no Congresso 1v1p5g

Pano de fundo é a sucessão dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira — na qual a oposição atua com o Centrão 2j6g5j

O governo sofreu dois grandes revezes, ontem, um no Senado e outro na Câmara, que aprovaram propostas da agenda conservadora da oposição. No Senado, foi aprovada uma emenda à Constituição que criminaliza o porte e a posse de drogas, independentemente da quantidade. Na Câmara, por ampla maioria, a oposição aprovou um pedido de urgência para votar um projeto de lei que criminaliza a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Em ambos os casos, o pano de fundo é a sucessão dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na qual a oposição atua em aliança com o Centrão para desestabilizar o bloco de apoio ao governo.

Em relação ao projeto que endurece a repressão ao consumo de drogas, a proposta foi aprovada, em primeiro turno, por 53 x 9, e em segundo por 52 x 9. Há uma reação da maioria dos senadores ao Supremo Tribunal Federal (STF), cujo presidente, Luís Roberto Barroso, defende a descriminalização do porte de pequenas quantidades de maconha para uso pessoal. Cinco ministros votaram a favor da descriminalização, entretanto não chegaram a um entendimento comum para classificar o que seria "uso pessoal".

Além de criminalizar o porte e a posse, a proposta a ser votada pela Câmara prevê inserir na Constituição uma distinção entre traficante e usuário, com penas alternativas à prisão para quem consome a substância ilícita. Na prática, "constitucionaliza" a Lei de Drogas, que vigora desde 2006, e impede que o Supremo estabeleça nova jurisprudência.

Pacheco defende a prerrogativa de o Congresso definir o tráfico e o consumo, que terão, independentemente de outros critérios, consequências jurídicas. "Cabe ao Parlamento decidir se algo deve ser crime ou não", disse. Há controvérsias sobre o poder do Congresso de modificar o texto do artigo 5º da Constituição, que estabelece os termos da inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, que são cláusulas pétreas.

Entre os criminalistas, é cada vez mais forte o entendimento de que a política antidrogas adotada pela maioria dos países não é eficaz para combater o tráfico. Pelo contrário: vem sendo um fator de fortalecimento do crime organizado e do desenvolvimento de drogas sintéticas muito mais poderosas.

É o caso, por exemplo, do consumo da maconha, cuja posse aria a ser criminalizada, na contramão do que começa a ocorrer mundo afora. O endurecimento das penas é responsável pela elevação da população carcerária, muito acima da capacidade dos presídios e de a Justiça julgar os casos dos presos provisórios por porte de drogas.

Abril Vermelho 3my6u

Na Câmara, os deputados ligados ao agronegócio e da oposição aram o rodo nos governistas na votação do pedido de urgência para votação do projeto de lei que criminaliza o MST, aprovada por 299 x 111, com uma abstenção. Foi uma reação ao Abril Vermelho, que neste mês já registrou 21 ocupações de propriedades rurais. A urgência do projeto foi articulada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprovou o chamado Pacote Anti-Invasão, para inviabilizar a atuação do MST.

O primeiro projeto é o PL 8.262/17, de autoria do ex-deputado André Amaral (Pros-PB), que concede a proprietários rurais o direito de solicitarem o uso de força policial para a retirada de ocupantes de terra de áreas de sua propriedade, sem necessidade de ordem judicial — conforme determina a legislação atual. O segundo, o PL 4.183/23, de autoria do deputado Coronel Assis (União Brasil-MS), obriga movimentos populares a terem personalidade jurídica para poderem atuar politicamente, o que significa criminalizar os movimentos sociais espontâneos.

Outra proposta que deve ser aprovada pela CCJ, e encaminhado para votação em regime de urgência, na base do rolo compressor, é o PL 709/23, do deputado Marcos Pollon (PL-MS). O texto estabelece impedimentos a ocupantes de terras rurais e urbanas, como a proibição de receber auxílios e benefícios de programas federais e o veto à ocupação de cargo ou função pública. O relator é o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles (PL-SP).

Ontem, para complicar ainda mais a vida do governo na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) anunciou que pretende instalar cinco das oito Is requeridas pela oposição. Uma delas trata do abuso de autoridade de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF. Lira está em guerra com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e faz uma demonstração de força para não perder o controle da própria sucessão. Para agradar a oposição, também abre espaço para a oposição contra o Supremo.

 

Mais Lidas 72595f