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Bolsonaro avança mais do que Lula na briga por votos nas eleições 2024 5atr
ELEIÇÕES 2024

Bolsonaro avança mais do que Lula na briga por votos nas eleições 2024 5o36t

Mesmo inelegível, ex-presidente emplaca mais aliados nas disputas pelas capitais. Rio e Recife ajudam chefe do Planalto, mas PT enfrenta dificuldades 1l6u3i

Se em 2022 Luiz Inácio Lula da Silva ganhou a disputa nas urnas contra Jair Bolsonaro, o ex-presidente levou a melhor nestas eleições municipais. O principal nome do PL emplacou mais aliados do que o adversário petista. O resultado reflete o engajamento dos dois, uma vez que Bolsonaro rodou o país em campanha, enquanto Lula ficou atarefado com os compromissos do cargo e cauteloso para as alianças regionais não provocarem danos à governabilidade.

Os dois aliados emplacados por Lula são Paes (PSD), no Rio de Janeiro, e João Campos (PSB), em Recife, reeleitos ontem. Para o segundo turno, estão no páreo cinco candidatos apoiados pelo petista: Lúdio Cabral (PT), Cuiabá; Evandro Leitão (PT), Fortaleza; Natália Bonavides (PT), Natal; Maria do Rosário, Porto Alegre; e Guilherme Boulos (Psol), São Paulo.

Bolsonaro, por sua vez, elegeu sete aliados: Arthur Henrique (MDB), Boa Vista; Tião Bocalom (PL), Rio Branco; Dr. Furlan (MDB), Macapá; Topázio Neto (PSD), Florianópolis;  Arthur Henrique (MDB), Boa Vista; João Henrique Caldas (PL), Maceió e Bruno Reis (União Brasil), Salvador.

Ele também levou adiante bem mais candidatos que Lula, com 14 postulantes: Emília Corrêa (PL), Aracaju; Éder Mauro (PL), Belém; Bruno Engler (PL), Belo Horizonte; Abílio Brunini (PL), Cuiabá; Eduardo Pimentel (PSD), Curitiba; André Fernandes (PL), Fortaleza; Fred Rodrigues (PL), Goiânia; Marcelo Queiroga (PL), João Pessoa; Capitão Alberto Neto (PL), Manaus; Paulinho Freire (União Brasil), Natal; Janad Valcari (PL), Palmas; Sebastião Melo (MDB), Porto Alegre; Mariana Carvalho (União Brasil), Porto Velho; e Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo.

A baixa participação de Lula nas campanhas frustrou aliados. Ele só subiu ao palanque em São Paulo, ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP). Mesmo assim, apenas em três eventos. Para as demais campanhas, ele se ateve a gravar vídeos e imagens para as propagandas eleitorais. Além da agenda cheia, há outros fatores para o afastamento do presidente. 

A primeira é a própria estratégia do PT para as eleições. A sigla apostou em alianças com partidos que compõem o atual governo. Dos 13 candidatos petistas, apenas quatro aram para o segundo turno, e nenhum se elegeu. Além disso, não querendo prejudicar a governabilidade, Lula orientou ministros a não entrarem em “bolas divididas”, ou seja, a não se engajarem em campanhas contra candidatos da base.

Revés no Rio 4h735v

Bolsonaro, por sua vez, esteve mais ativo. A maior parte dos comícios em que participou ocorreram em cidades do interior. Porém, durante o período de campanha, o ex-presidente foi a Natal, Fortaleza, Goiânia, Vitória, e Rio de Janeiro. Em São Paulo, porém, também manteve distância. 

O ex-presidente evitou se engajar na campanha de Ricardo Nunes — que segue para o segundo turno — até o crescimento do ex-coach Pablo Marçal, que tentou se aproximar de Bolsonaro e assustou seu entorno. Somente então o líder do PL ou a gravar materiais para a reeleição do atual prefeito. Coube a um dos aliados mais próximos do ex-presidente, o governador paulista, Tarcísio de Freitas, emprestar seu capital político para impulsionar Nunes.

Em seu berço eleitoral, o Rio de Janeiro, Bolsonaro teve desempenho aquém do esperado. Eduardo Paes foi reeleito no primeiro turno, com cerca de 60% dos votos. Já o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ) atraiu em torno de 30% dos eleitores, apesar do esforço feito pelo ex-presidente na última semana para tentar alçá-lo ao segundo turno. Sem cargo público, Bolsonaro se comprometeu completamente a apoiar o PL nos municípios, em sua meta para alcançar 1.500 prefeituras.

Alerta para 2026 71133s

Para o professor de Ciência Política da UDF André Rosa, o resultado acende um alerta para Lula em 2026, demonstrando a força do PL e, em geral, o avanço da centro-direita. “Tudo indica que foi um resultado péssimo em relação ao Lula. É um perigo para o PT em 2026, a centro-direita vem muito mais forte”, avaliou em conversa com o Correio.

A professora de Ciência Política da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Luciana Santana, por sua vez, aponta que não houve uma influência tão grande de Lula e Bolsonaro quanto se esperava, considerando o cenário polarizado das eleições presidenciais de 2018 e 2022. Entre os dois, porém, ela vê que o partido do ex-presidente teve um avanço importante na prefeitura, assim como as legendas do centrão.

“O PL se organizou melhor e teve um grande trunfo, mais exitoso. Saiu fortalecido e vem forte para 2026, provavelmente com grande força para fazer uma bancada maior”, afirmou. Para ela, o afastamento do presidente Lula das campanhas contribuiu para o resultado, mas ela ressalta que é uma posição delicada para o chefe do Executivo.

“Ocupando o cargo, ele se expõe muito, principalmente em casos de derrota política. Ele mostra fragilidade e, sendo chefe de Estado, é complicado estabelecer um diálogo com quem entra como oposição”, acrescentou. Já o advogado e cientista político Nauê Bernardo avalia que, embora haja grande influência do cenário nacional nas eleições municipais, o que vem crescendo nos últimos anos, ainda permanece a lógica local. “Preponderou bastante aquilo que o eleitor quer saber das questões locais”, comentou.

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