O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (22/1) que o Brasil clama por um sistema eleitoral semelhante ao da Venezuela. Para ele, o voto impresso permitiu ao mundo saber que a eleição de Nicolás Maduro foi fraudada.
“A Maria Corina (política de oposição a Maduro) arrastava multidões na Venezuela, semelhantemente (ao que ocorria) aqui no Brasil. E mesmo assim, ela se tornou inelegível. E mesmo tendo tornado inelegível os dois (referindo-se a Edmundo González, mas na verdade, só Maria Corina ficou inelegível), o Edmundo acabou ganhando e serviu para o mundo democrático ver o que estava acontecendo na Venezuela. E hoje nós clamamos aqui por um sistema eleitoral semelhante ao da Venezuela”, disse Bolsonaro ao canal de direita Fio Diário.
“Só o Brasil e mais dois países insignificantes têm isso daí”, referindo-se à urna eletrônica. Ele também afirmou que é perseguido pelo Judiciário e que não pode mais dizer que há ou que houve fraudes no sistema eleitoral brasileiro. “Se eu falar em fraude aqui, pode daqui a meia hora a Polícia Federal bater na minha porta”, pontuou.
Durante a entrevista, Bolsonaro também colocou parte da culpa de sua derrota nas eleições de 2022 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ter feito campanhas para incentivar a população mais jovem (de 16 e 17 anos) a tirar o título de eleitor.
“O Brasil estava decolando em 2022, e teve aquela campanha toda contra eu (sic), ‘ah, quer dar golpe’, ‘é ditador’, ‘fala palavrão’, ‘não gosta de mulher’, ‘não gosta de negro’, ‘não gosta de nordestino’, ‘não gosta de imigrante’, e o TSE trabalhando para que o jovem tirasse título de eleitor e essa faixa etária 3/4 votava no PT”, disse.
Esse tipo de campanha por parte do TSE, no entanto, é comum. Em anos eleitorais, o tribunal reforça suas ações de comunicação para coibir notícias falsas, para divulgar os testes públicos de segurança da urna eletrônica e para orientar os eleitores sobre seus direitos e deveres.
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